segunda-feira, 5 de junho de 2017

Realidades Adaptadas

Foto do Livro.


Autor: Philip K. Dick.
Tradução: Ludimila Hashimoto.
Editora: Aleph.
Ano: 2012.

" Cinema e literatura sempre andaram de mãos dadas. 
   E quando o assunto é ficção científica, nenhum autor contemporâneo foi mais roteirizado do que Philip K. Dick, nem mesmo mestres do gênero, como Isaac Asimov e Arthur C. Clarke.
   Pouco conhecido no Brasil por sua obra literárias, Dick é um sucesso entre as plateias de cinema, que vai muito além de Blade Runner - O caçador de Androides, ícone cult dos anos 1980 inspirado em um de seus romances.
   A fim de prestar o devido reconhecimento a esse extraordinário autor, Realidades Adaptadas reúne, em uma edição inédita no mundo, os contos de Philip K. Dick que foram adaptados para a sétima arte, levando ao grande público os textos originais que inspiraram roteiristas e diretores a fazer seus filmes. 
   Um convite à leitura, ao entretenimento e a novas descobertas."
   Resumo no Livro.

O que achei do Livro:

   Confesso que não pensava que ia gostar tanto da escrita do Philip K. Dick. Como muitas pessoas comentavam que era rápida e direta, eu achava que seriam textos sem alma, mas não. São excelentes, sem enrolação e com enredos completamente diferentes entre si. Deu até vontade de assistir aos filmes baseados nesses contos. Mas isso vai levar um tempo, não tenho nenhum deles aqui comigo.

   O conto que eu mais gostei foi "Lembramos para você a preço de atacado", um homem com uma vida monótona e simples sonha em ir para Marte. Essa é a meta da vida dele. Ele quer conhecer, quer visitar e quer todas as bugigangas que puder ter desde que venha desse Planeta. Como ele não tem dinheiro para ir pra lá, ele pensa em "comprar" uma lembrança dessa viagem. Ou seja, ele ia sofrer uma operação, mas ao acordar ele realmente ia acreditar que esteve sim em Marte, e teria várias pequenas coisas para corroborar essa lembrança. Isso tudo graças aos serviços da Rekordar S.A., uma empresa especialista nisso. Mas um fato estranho acontece, quando vão implantar essa memória nele, sob o efeito do sedativo narkidrina, o paciente diz que ele esteve em Marte em uma missão ao governo. Isso antes de sequer mexerem na memória dele. Ou seja, o cara realmente havia ido à Marte, mas por algum motivo essa memória foi apagada da mente dele. E desde esse instante tudo o que era para ser um serviço simples foi virando uma montanha russa gigante.

   "Segunda Variedade" é um ótimo conto também. Quando duas potências mundiais estão há anos em guerra e já destruíram mais da metade do mundo, tudo o que resta a fazer é descobrir alguma forma de acabar com isso, e logo. Mesmo que um dos lados tenha que criar uma nova "arma", uma nova forma de aniquilar os inimigos e reconstruir o que der. E não seria melhor se essa "arma" conseguir se arrumar sozinha? 
  P.S.: Não queria viver nesse mundo aí do conto não. 

   E tem mais uma porrada de contos, envolvendo visões do futuro, relatórios minoritários, previsões, mutações, e mais coisas que só a mente desse autor poderia criar. Gostei de todos, alguns mais do que de outros. Recomendo. 

P.S.: Um dia desses estava olhando as pessoas ao meu redor só pra observar se alguém tinha sofrido algum tipo de ajuste. Vai saber, não é mesmo?

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