sábado, 28 de janeiro de 2017

Cujo

Fotos do Livro.


(Biblioteca Stephen King)

Autor: Stephen King.
Editora: Suma de Letras.
Ano: 2016.

" Nos arredores de uma pacífica cidade do Maine, um monstro está à espreita. 
   Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. 
    Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites.
   Nos limites da cidade, Cujo - um são-bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber - se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde acaba sendo mordido por um morcego raivoso.
   A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesadelo de Tad Trenton e de sua mãe, e como destrói a vida de todos à sua volta, é o que faz deste livro um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Apesar de um monte de pessoas que conheço terem detestado esse livro, o que me deixou com os dois pés atrás, eu gostei bastante da história. Achei o começo maçante demais, mas gostei do desenrolar da história e de alguns personagens. Incluindo aquele são-bernardo enorme. Mas também detestei algumas partes por ser totalmente desnecessárias à história. E isso eu explico abaixo.
  


   No começo do livro somos apresentados a muitas pessoas, muitas mesmo. Tanto que às vezes temos que voltar a página para saber qual a diferença entre "esse" e "aquele" personagem. Primeiro temos a lenda macabra de Frank Dodd, um policial maluco que na verdade era um serial killer. Castle Rock agora está livre desta ameaça, mas para que os filhos se comportem, os pais vira e mexe usa esse ser horrível como se ele fosse o novo "bicho papão". Logo depois nos deparamos pela primeira vez com Tad, um garotinho de seus quatro anos de idade, que acha que existe um monstro dentro do closet. O autor relaciona esse medo do garoto ao Frank Dodd, e algumas coisas peculiares acontece, como: a porta do closet que se abre sozinha, cheiro estranho e coisas do tipo. (Essa parte que cita esse serial killer eu achei totalmente desnecessária, mesmo, se tirassem não faria a menor diferença na narrativa, ficaria até melhor. Se o espírito assassino de Frank realmente estivesse 100% presente na narrativa, aí era outra coisa, mas não é. Ele aparece bastante no começo, mas depois some completamente.)

   Depois conhecemos tia Evvie, a mais velha da cidade, George, o carteiro mau humorado, a família Camber, essa sim necessária a história, principalmente por ser a dona do Cujo. Roger, o sócio de Vic Trenton que é pai do Tad e marido da Donna. Tem o escroto e nojento Gary, que vive pouco se fodendo para qualquer pessoa, menos o seu amigo Joe Camber. E vai aparecendo mais alguns personagens pelo caminho. Incluindo o que mais odiei na história inteira, o Steven. 

   Donna Trenton e Steven tinha um caso, até o dia em que ela decidiu terminar e ele bancou o machão que não aceita um rompimento. Não por amá-la, mas por se sentir rejeitado. E nessa rejeição ele decide contar tudo sobre eles para o marido dela, o Vic. Esse que já estava com problemas na empresa e desconfiado de alguma coisa acontecendo com a sua esposa. Sem contar no pequeno Tad, que sente um pavor enorme só de olhar para o closet e saber que há um monstro lá. Essa é a nossa família principal nessa história, cheia de dramas menores, como: infidelidade, infelicidade, amor, e mais algumas coisas.  (E vão por mim, vocês odiarão o Steven, o ego dele é tão grande que se ferido pode massacrar uma pessoa sem pensar duas vezes.)

   Temos também a família Camber: Joe, um mecânico que vive bêbado e maltrata a mulher Charity e o filho Brett. Por ser sempre oprimida no casamento Charity ao ganhar 5.000 doláres na loteria, decide fazer um trato com o marido para que ela e o filho fossem visitar sua irmã mais nova e seu cunhado em outra cidade. Ela queria dar a chance ao filho Brett, para que ele visse que existia outra forma de viver, não só aquele que ele presenciava diariamente. E claro temos Cujo, um enorme são-bernardo, que durante uma perseguição a um coelho, acaba sendo mordido por um morcego, e depois disso contrai raiva. Brett percebe que Cujo está doente, mas sua mãe, por medo de Joe cancelar a viagem, pede que o filho não conte nada ao pai. (O legal do Stephen King nesse livro é que ele nos descreve como esse cachorro se sente, o que ele quer fazer e coisas do tipo. Acompanhamos a incubação da doença nele. E o que ele encara como ameaça quando acha que aquelas pessoas que ele vê são as causadoras de sua doença. Do seu sofrimento.

   Poderia contar mais pra vocês? Poderia, mas como esse livro tem um ritmo lento, o legal é ir acompanhando o desenrolar dos eventos aos poucos. E o mais legal, existe uma adaptação cinematográfica para esse livro. Só que tudo é muito mais angustiante e claustrofóbico. Eu já assisti várias vezes, gosto muito desse filme e recomendo pra vocês. A atuação da mulher que faz a Donna e o garotinho que faz o Tad é incrível. Eu nunca vi uma criança pequena atuar tão bem, eu olhava pra ele e sabia que ele estava em pânico, era visível. 



   Então espero que vocês tenham uma ótima leitura e um bom filme.  ^~ Dê uma chance ao livro, pode ser que você seja como eu e goste realmente dele. Não espere sentir medo, não sentirá. O livro tem uma entrevista com o Stephen King no final.

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