segunda-feira, 27 de março de 2017

A Vida de H.P. Lovecraft

Fotos do Livro.


Autor: S.T. Joshi.
Tradução: Bruno Gambarotto.
Editora: Hedra.
Ano: 2014.

" H.P. Lovecraft é o criador de um dos principais gêneros da literatura contemporânea, o terror metafísico, de que Edgar Allan Poe foi o precursor e Stephen King, o mais famoso continuador (para quem Lovecraft "permanece insuperado como o maior expoente do horror clássico").
   São de Lovecraft os grandes clássicos do gênero, como os contos 'O chamado de Cthulhu', 'Nas montanhas da loucura', 'A cor que caiu do espaço', 'A sombra de Innsmouth' e 'O caso de Charles Dexter Ward' (também publicado pela Hedra). Mas se Lovecraft vem exercendo 'uma influência incalculável sobre sucessivas gerações de escritores de terror' (Joyce Carol Oates), para além da própria literatura, 'ele é um nome adorado na cultura pop, e uma influência sobre 'todo mundo', do escritor argentino Jorge Luis Borges ao cineasta Guilherme del Toro, além de um número incontável de bandas de rock e designers de jogos' (Laura Muller, revista Salon). A obra de Lovecraft é, de fato, cada vez mais conhecida - e admirada - em todo o mundo; porém sua vida e sua estranha personalidade, nem tanto. Até agora."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Não é segredo pra ninguém que eu leio muitos livros de horror e ficção científica desde pequena. Me lembro bem ainda de quando achei um livro de alguns contos do Lovecraft, publicado numa edição bem vagabunda com uma capa horrível, em uma das estantes da escola. E confesso que só li porque na capa dizia "Nas Montanhas da Loucura e outros contos", achei o título medonho e levei esse livro pra casa pra ver se o conteúdo fazia ou não jus ao título. Quem era H.P. Lovecraft eu não fazia ideia, mas aquele conto me apavorou muito e me fez buscar mais coisas escritas por ele. Também confesso que como não gosto muito de ler biografias, nunca pesquisei a vida desse autor mais a fundo. E não teria lido esse livro se não tivesse lido e visto resenhas tão incríveis sobre ele e principalmente depois de saber determinadas curiosidades sobre Lovecraft que meio que me chocaram. De certo eu não esperava por nada desse tipo, mesmo que os contos me dissessem isso toda vez que eu os lia. 

   Pra quem assim como eu não sabia, H.P. Lovecraft foi um menino autodidata, que aprendeu boa parte de latim com o avó, que amava astronomia, mesmo sabendo que não podia seguir por esse caminho, já que era ruim em matemática, sendo essa a única matéria que ele sempre tirava as menores notas. Lovecraft perdeu o pai quando ainda era bem pequeno, por isso quem ocupou essa figura masculina na vida dele foi seu avó. Sua mãe sempre foi muito apegada a ele e sempre o manteve por perto, alegando em boa parte das vezes sua "saúde debilitada", afinal ela achava que o filho era muito frágil. H.P. Lovecraft cresceu cercado por mulheres, como sua mãe e suas tias. E ele sempre se considerou um cavaleiro. 

   H.P. Lovecraft foi uma criança solitária, que não gostava da companhia de outras crianças, sempre optava por conversar com adultos. E um dos fatos que eu não sabia é que ele nunca terminou a escola e nunca ingressou em uma universidade, apesar de ser muito inteligente. E que ele alegava que sofreu de colapsos nervosos, mas não se sabe qual a origem dos ataques. 

   H.P. Lovecraft trabalhou durante muitos anos, se não a vida toda, com publicações amadoras. Ele também era racista e xenófobo, o que é bem curioso já que a mulher dele era judia. Também foi conhecido por dar longas caminhadas, pela pobreza extrema que vivia, por sempre responder todas as pessoas que lhe mandavam cartas e pelos amigos que adquiriu durante a vida. 

   Ele não teve a alegria de ter um livro impresso com o seu nome, que era uma coisa que ele buscou muito durante sua vida. E é claro que esse livro traz mais fatos do que esses que eu citei aqui, o autor segue uma cronologia da vida de Lovecraft e comenta sobre seus ideais, seus problemas de saúde, hábitos, e sobre seus contos. Devo dizer que me doeu ler a opinião dele sobre contos que eu gosto muito? Doeu pra caramba. E também senti falta de fotografias nessa biografia, porque às vezes tem tantos dados e tantas datas que se torna meio monótono a leitura. Eu gostei mais do meio pro final do livro, mas isso vai variar de pessoa pra pessoa. Lembrem-se que eu não curto muito ler biografias. 

  Recomendo muito o livro, principalmente por causa dessas curiosidades sobre a vida dele que eu não fazia ideia. Lembrando que tem um diário de leitura aqui no Blog sobre alguns contos desse autor. 

As Vidas dos Bruxos Mayfair: Taltos + Projeto Literário: Lendo Anne Rice (Parte IV + Conclusão)

Fotos do Livro.


Autora: Anne Rice.
Tradução: Waldéa Barcellos.
Editora: Rocco.
Ano: 1996.

" O poderoso Ashlar Templeton julgava-se o último sobrevivente dos Taltos, raça ancestral que percorria, sob sua liderança, as planícies de uma Escócia pré-romana. Mas a aparição de um membro esquecido do clã faz com que o bem-sucedido homem de negócios busque de Nova Orleans que tem misteriosas ligações com o passado de sua espécie. Em uma jornada reveladora, Anne Rice traça o capítulo final da saga das bruxas Mayfair em uma prosa atmosférica que entrelaça eternidade e mortalidade, corrupção e inocência."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   O quarto e último volume. Nossa! O que dizer desse desfecho que me deixou com a sensação de uma história não acabada? O fim desse livro parece que vai ter uma continuação por causa de alguns personagens. Na minha opinião, apesar de saber da importância desse livro para se entender alguns aspectos da história que não estavam bem explicados nos últimos volumes, eu acho que esse livro não é necessário. Poderia ter pego algumas dessas explicações e já colocado no livro anterior: Lasher, porque Lasher tem cara de final de uma saga. Taltos não. Eu acho que isso se deve porque aprendemos a amar não só a Rowan e o Michael, mas também alguns familiares Mayfair, o Aaron, até mesmo o cigano Yuri que apareceu no volume anterior para ajudar Aaron a desvendar o poder dessa criatura Lasher. Anne Rice consegue construir tão bem os personagens que fica difícil se separar deles ou vê-los sofrer. E esse livro é bem fantasia, não tem o aspecto de livro de bruxas dos dois primeiros volumes da saga. Talvez seja por isso que não gostei desse final, acho que deveria ter terminado com Lasher.

   No volume anterior Rowan Mayfair acorda do coma quando a sua filha monstruosa lhe dá o seu leite rico em vitaminas. Mas ao acordar, Rowan não perde tempo e mata a própria filha. Traumatizada depois disso ela simplesmente para de falar e fica sentada sob a sombra de uma enorme árvore. Deixando Michael e a família mais infeliz ainda. Mona se sente culpada por ter dormido com Michael e por agora estar esperando um filho dele. Ela ainda quer que Rowan a ame, já que agora que a herdeira do legado é estéril, Mona passa a ser a herdeira no caso de morte da neurocirurgiã. E o pior, o nosso casal favorito (não se sei se concordam comigo) precisa aprender a conviver com todos os erros que eles cometeram e descobrir se ainda há amor suficiente para esquecer ou neutralizar o passado cheio de dor e sangue que eles têm. 

   A coisa mais triste nessa história é que A Talamasca está muito estranha, eles passaram de receptivos à ativos e estão matando todas as pessoas que tiveram contato com a criatura Lasher. O porque disso ninguém sabe. O pior foi que resolveram silenciar o nosso querido Aaron e agora Michael, Rowan e o cigano Yuri precisam descobrir o que aconteceu dentro da Ordem para estarem agindo assim. Eles só não contavam em conhecer um Taltos, (a mesma raça que Lasher era), Ashlar quer saber quem são esses bruxos e porque eles conseguiram fazer um ser antigo nascer nesse século. O que aconteceu para matá-lo? E claro que quando Ashlar contar sua história, magia e religião estarão unidas. 

CONCLUSÃO DO PROJETO: LENDO ANNE RICE:

   Eu quis fazer esse projeto com vocês para que conhecessem essa mulher incrível que é a Anne Rice. Ela tem o poder de dar vida aos mais variáveis mundos e séculos que quiser. Recriou o mito do vampiro ao escrever As Crônicas Vampirescas e deu vida as bruxas e suas magias quando criou o legado da Família Mayfair. Gosto dessa escritora desde meus doze anos de idade e sempre que posso leio as histórias dela, mesmo com esse final que eu não curti muito da saga das bruxas. Acho que ela soube fechar bem essa história, apesar de ter ficado longa demais e com personagens demais, ela cobriu todos os furos que nem eu tinha percebido. Ela criou um espírito muito esperto e vingativo. Um ser que destruiria todas as pessoas só para viver. 

  Por que eu não escolhi As Crônicas Vampirescas para um projeto desses? Porque a saga do Vampiro Lestat é muito longa, eu mesma ainda não terminei de ler e os livros dessa saga aqui no Brasil é muito caros. E alguns difíceis de achar. Sem contar que ela acabou de publicar mais um volume dessa saga e ninguém sabe quando a Editora Rocco o lançará aqui no Brasil. 

   Espero que vocês tenham acompanhado essa saga, e espero que vocês leiam. Talvez vocês amem os quatro livros inteiros. Eu sei que amei os dois primeiros e gostei dos dois últimos. Deem uma chance para essa escritora maravilhosa e vocês não se arrependeram. Lembrando que conforme leio As Crônicas Vampirescas, as resenhas serão postadas aqui. 


As Bruxas Mayfair: Lasher + Projeto Literário: Lendo Anne Rice (Parte III)

Fotos do Livro.


Autora: Anne Rice.
Tradução: Waldéa Barcellos.
Editora: Rocco.
Ano: 1996.

" Quem leu A Hora das Bruxas conheceu a incestuosa família Mayfair e, em especial, Rowan, a dublê de cirurgiã e feiticeira, que dando à luz um filho terrível, de aspecto humano e alma demoníaca, traça para si mesma um destino de conflitos. Ele é Lasher, rosto de Cristo pintado por Durer e o hábito secular de usar as bruxas Mayfair para suas sucessivas encarnações. Esta é a história de Rowan, seu filho tirano, e as tentativas desesperadas e infrutíferas que ela enceta, para libertar-se dele.
   Este é um romance com a maestria de Anne Rice, capaz de manter o leitor em transe do início ao fim da vívida tapeçaria que ela desenrola à sua frente, desafiando todos os preceitos de tempo, espaço e moral."
   Resumo no Livro:



O que achei do Livro:

   Devo confessar aqui que depois que terminei de ler esses quatro volumes (aqui no Brasil a primeira parte foi dividida em duas) fiquei com a sensação de um vazio. Principalmente porque o terceiro e o quarto volume me irritaram um pouco, talvez porque meus personagens favoritos estavam sofrendo. Não sei. Só sei que eu ainda prefiro os dois primeiro volumes dessa história, principalmente porque eles tem "cara de livros de bruxas", boa parte por causa dos poderes dessa mulheres e do espírito Lasher. Quando Lasher passa a ser de carne e osso, o enredo perde um pouco a magia dessa história e acaba virando um livro de fantasia. Esse terceiro volume ainda é muito bom, principalmente porque aqui teremos a história de Julien, e eu o acho fascinante e bem diabólico. Já o quarto volume eu vou falar mais sobre ele na próxima resenha desse projeto. 

   Como já sabemos o segundo livro termina com o Michael voltando da morte pela segunda vez, apesar que dessa vez ele perde o poder que tinha nas mãos. E com Rowan fugindo com a criatura Lasher. Ela fica fascinada com ele, com as suas descobertas e quer mantê-lo seguro. Acho que de início ela nunca pensou que ele pudesse fazer mal ou que Michael estava fadado a sofrer do coração. Michael fica isolado dentro do casarão que ele amava desde menino, mesmo que os parentes de Rowan o entupissem com inúmeras visitas e reuniões. Ele espera pela volta da mulher, afinal ela sumiu em Dezembro e eles já estavam em Fevereiro sem que soubessem do seu paradeiro. 

   Rowan por sua vez está sendo vítima de cárcere privado por Lasher, depois que ele aprendeu tudo o que queria com ela e achava que sua presença não era mais tão necessária, ele a mantém presa em um lugar secreto, escolhido por ela mesma, acreditem se quiserem. Rowan queria tanto manter essa descoberta dessa nova criatura a salvo, que esqueceu de sua própria segurança; já que a bruxa que consegue matar somente com o poder da mente não tem poder suficiente para matar aquele ser híbrido. Tudo o que ela sabe é que ele quer procriar com ela, ele quer que uma raça de gigante nasça para que eles possam fazer seu próprio santuário na Terra. É claro que para isso os humanos deverão deixar de existir. 

   Nesse livro também conhecemos Mona Mayfair, uma menina de 13 anos de idade e muito, muito inteligente e insaciável. Tanto que ela decide ter o Michael para ela já que Rowan não tinha previsão de voltar para casa. Essa é uma das personagens que eu não gostei logo de cara quando fizeram menção à ela no primeiro livro, ela é muito egocêntrica e parece que tem uma vitrola na boca. Achei engraçado que uma família deixasse uma menina fazer o que bem entendesse sem se preocupar se ela poderia ou não se machucar ou machucar alguém. 

   Conhecemos também outras mulheres bruxas dessa enorme família, e os homens também, mas os poderes neles são muito fracos, o primeiro e único que realmente teve poder e foi um dos bruxos de Lasher foi Julien. É claro que esse livro é enorme e traz inúmeros personagens secundários que servem para o desenrolar da trama. Afinal será que Lasher conseguirá procriar com Rowan e destruir os humanos? E quem seria esse espírito tornado carne agora? Poderia ser uma alma desencarnada que está louca para voltar a vida e se apropriar do que não é seu? Anne Rice consegue surpreender nesse ponto ao nos relatar o que é esse ser malévolo. É claro que no fim tudo tem uma pitada de religião. 

   Recomendo apesar de não ser meu favorito. Eu ainda prefiro os primeiros livros da saga. 

quarta-feira, 22 de março de 2017

A Hora das Bruxas vol. II (As Bruxas Mayfair) + Projeto Literário: Lendo Anne Rice

Fotos do Livro.


Autora: Anne Rice.
Tradução: Waldéa Barcellos.
Editora: Rocco.
Ano: 1994.

" A Talamasca, um grupo com poderes extra-sensoriais voltados para o bem, durante séculos pesquisou a vida da família Mayfair, uma dinastia de bruxas que começou no século XVII, na Escócia, transplantou-se para o Haiti e de lá para a fantasmagórica Nova Orleans. É através dos seus volumosos arquivos que vamos descobrir essa saga de seres decadentes e mórbidos, convivendo pacificamente com o incesto e as tempestades e um espírito, meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher. 
   Cabe agora a Rowan, brilhante neurocirurgiã californiana e herdeira do clã, decidir-se entre o amor de Michael Curry e a sedução de um ser poderoso que quer ficar nesse mundo para sempre.
   Anne Rice mais uma vez prova por que é a mestra do gótico contemporâneo, dominando, ao mesmo tempo, as rédeas do drama, da inspirada sexualidade e do fantástico."
  Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

  Acho que esse volume dá mais tensão do que o primeiro. Quando embarcamos nessa nova parte da história das bruxas, é difícil largar o livro para fazer outras coisas. Precisamos saber o que vai acontecer com esse improvável casal, e precisamos continuar a história desse enorme clã de bruxos. Sem contar em todos os relatos envolvendo a Talamasca. Ao terminar esse livro você vai querer ter o terceiro volume imediatamente em mãos, então faça um favor a si mesmo e já o deixe reservado na estante. 

   Michael Curry ao virar amigo de Aaron Lightner, e também por causa do seu envolvimento amoroso com Rowan Mayfair, tem aceso ao arquivo completo sobre as Bruxas. Isso porque Aaron tem medo do que pode acontecer com Michael ao se envolver desse jeito com Rowan, a mais poderosa bruxa que nasceu nesse clã. O problema é que ela mesma não sabe o quanto é poderosa, e cabe a ele fazer esse arquivo da Talamasca chegar as mãos dela. Rowan precisava saber no que estava se metendo ao vir ao enterro de Deirdre Mayfair, sua mãe biológica. Ele precisava lhe contar o perigo que era sucumbir ao charme e encanto do espírito Lasher. 

   Lasher é um espírito muito antigo, ele mesmo não sabe há quanto tempo existe. Ele sabe que se reuniu quando Suzanne Mayfair, uma jovem tola que queria brincar com o desconhecido, o invocou naquele antigo círculo de pedras na Escócia. Ele a convenceu de seu amor e submissão aos seus mais profundos desejos, afinal quem ele era a não ser seu mais sincero escravo? O poder de Lasher aumenta conforme o passar dos anos, ele "aprende" as coisas através dos desejos das suas bruxas. O que ele pede em troca é que a bruxa que ele serve deve ter uma filha que possa senti-lo e vê-lo. Ela deve passá-lo somente a herdeira de sua escolha e nunca a um filho homem. E em troca disso ela terá o que quiser: amor, dinheiro, jóias, prazer e a aniquilação de qualquer inimigo que se oponha à ela. Um espírito fiel a família Mayfair.

   Rowan Mayfair está se sentindo terrivelmente deslocada ali naquele calor de Nova Orleans. Há uma semana ela era sozinha, uma pessoa sem família nenhuma. E agora... tinha um batalhão de familiares a sua inteira disposição. E alguns tão velhos! Por que todos a conheciam? Por que Ellie nunca lhe contara nada? Rowan sentia-se traída e ao mesmo tempo feliz com aquele carinho todo para com ela. E onde estaria Michael? Porque ele mandara esse velho vir falar com ela? Ela precisava dele ali. Por que ela seria a herdeira do legado e daquele casarão velho que ele amava desde menino? O que jogou Michael no seu caminho? 

  Eu não vou resumir aqui a história das Bruxas, porque é legal ler essa parte matriarcal do clã sem saber de nada. Sendo tudo uma surpresa. E o final desse livro, meus amigos, dá uma aflição enorme, por isso vocês têm que ter o terceiro volume já em mãos, pra saber o que aconteceu com os nossos personagens favoritos. 

A Hora das Bruxas vol. I (As Bruxas Mayfair) + Projeto Literário: Lendo Anne Rice

Fotos do Livro.


Autora: Anne Rice.
Tradução: Waldéa Barcellos.
Editora: Rocco.
Ano:1994.

" A Talamasca, um grupo com poderes extrassensoriais voltados para o bem, durante séculos pesquisou a vida da família Mayfair, uma dinastia de bruxas que começou no século XVII, na Escócia, transplantou-se para o Haiti e de lá para a fantasmagórica Nova Orleans. É através dos seus volumosos arquivos que vamos descobrir essa saga de seres decadentes e mórbidos, convivendo pacificamente com o incesto e as tempestades e um espírito, meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher. 
  Anne Rice mais uma vez prova por que é a mestra do gótico contemporâneo, dominando, ao mesmo tempo, as rédeas do drama, da inspirada sexualidade e do fantástico."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Essa é a melhor história sobre bruxas que eu já li, principalmente por se tratar de uma família imensa, com um enorme poder aquisitivo e inúmeros segredos e mistérios os envolvendo. Essa foi a terceira vez que eu li a primeira parte e hoje estarei falando um pouco sobre essa história para vocês. Não pense em mulheres asquerosas e cheia de rituais estranhos, as bruxas Mayfair são mortalmente belas e de pulso forte. Vocês não iam querer se aproximar dessa família por livre e espontânea vontade. A não ser que queira conhecer o poder imenso de um espírito conhecido como "o homem", ou na família como Lasher. 

   Começamos essa história conhecendo como A Talamasca consegue os relatos para inserir no arquivo das Bruxas Mayfair. Um médico está apavorado porque acha que viu coisas demais dentro daquela imensa casa em ruínas na First Street, quando foi examinar a inválida Deirdre Mayfair. Uma mulher que há anos fica sentada na varanda daquela imensa casa, morando com aquelas tias estranhas e muito velhas, sem falar, sem andar, com os olhos fixos em algum ponto do jardim. Ela teria ficado assim quando teve que dar sua única filha para ser criada por um prima distante? Ou enlouqueceu como as velhas diziam? E quem era aquele homem lindo, vestido sempre elegantemente, sempre a confortá-la, com uma expressão triste? E por que esse homem não parece ser natural? Ele não queria ser indiscreto, mas precisava contar tudo o que viu para aquele senhor idoso britânico, Aaron, afinal ele coletava relatos de assombrações. Essa é a principal função da Talamasca, coletar dados, observar o objeto de estudo, mas nunca se envolver com eles de maneira direta. 

   Logo depois conhecemos Michael Curry, que está isolado em casa desde que se afogara. Michael foi resgatado por alguém numa lancha, mas esse alguém está sendo impossível de localizar. Seus médicos querem fazer mais exames e não concordam em lhe dar o endereço e o nome da pessoa que o salvara. É claro que ele estava bastante bêbado e há dias não comia direito, mas ele não conseguia se lembrar do que viu do outro lado, da missão que ele aceitara antes de voltar para o próprio corpo, e isso o estava matando lentamente. E como se tudo isso não bastasse, Michael voltou com um estranho poder: ao tocar em qualquer coisa (objeto, pessoa, etc) automaticamente ele via imagens vinculadas a isso. A mídia estava a sua procura, afinal alguém que não era uma fraude era uma imensa novidade. Agora suas mãos estavam vestidas em grossas luvas de couro, porque senão as imagens o deixaria louco de verdade. E tudo o que ele queria era engatinhar, com as mãos nuas, pelo convés da lancha que o havia salvado, porque quem sabe assim ele não conseguisse relembrar as pessoas maravilhosamente boas que estiveram com ele quando estava tecnicamente morto. Ele só não entendia o porque estava com tanta ânsia para voltar para Nova Orleans, era lá que ele tinha que estar. Na sua terra Natal. Era lá sua missão. E estranhamente vinha-lhe na cabeça a imagem daquele homem vestido antiquadamente, parado junto a uma árvore, a olhá-lo com carinho. Por que estava lembrando-se disso agora? De algo relacionado a sua infância?

   E nos deparamos também com Rowan Mayfair, uma incrível neurocirurgiã, filha adotiva de Ellie Mayfair e Graham, a única família que ela conhecia e amava. Rowan consegue fazer milagres nos centros cirúrgicos, e sabe que um lado seu pode ser cruel e mortal também. Um lado fatal. Agora ela estava sozinha em uma casa imensa, com seu barco: o Sweet Christine, estacionado nas margens da casa. Seus pais estavam mortos, Ellie nunca lhe falara sobre a sua família, só a fizera prometer que nunca iria à Nova Orleans. Nunca. Ela nunca poderia querer saber quem era sua mãe, ficaria para sempre ali, naquela casa imensa e mergulhada no trabalho. Eventualmente poderia levar os seus homens para a cabine no barco, seus homens fortes e verdadeiros. O único problema era que estava obcecada pelo afogado Michael Curry, o homem que ela havia salvado. Aquele homem lindo e que estava enlouquecido por causa das mãos. Rowan sabia que nada dentro dele estava errado, aquele seu sentido especial captara isso quando ele voltou. E ela não sabia porque concordara em encontrá-lo para deixar que ele visse o barco. O tocasse. O que afinal ela queria realmente dele? 

   Caminhos estão entrelaçados e Michael ficará surpreso ao embarcar nessa missão da vida dele. Algo relacionado as bruxas Mayfair. E ele ainda precisava voltar para a sua Rowan. O que ela faria quando descobrisse o segredo imenso que era sua verdadeira família?


   Esse livro é maravilhoso, muito bem construído, com personagens fortes e cativantes. E com uma história incrível sobre bruxas, incesto, riquezas, magias, inquisição e por que não Amor? Leiam, recomendo muito mesmo.


terça-feira, 21 de março de 2017

Entrevista com o Vampiro: A história de Cláudia

Fotos da HQ.


História por: Anne Rice. 
Arte e Adaptação por: Ashley Marie Witter.
Tradução: Daniel Ribas. 
Editora: Rocco.
Ano: 2015.

" Ela é a vampira que nunca deveria ter sido. Sua própria existência é tida como uma abominação entre as criaturas da noite. Com a luxúria de uma predadora aprisionada no corpo de uma criança, ela se move através das sombras de um mundo sempre fora de seu alcance. Órfã, filha, vítima e mosntro...

   Extraída das páginas de Entrevista com o Vampiro, o primeiro e mais celebrado romance de Anne Rice, esta graphic novel revela detalhes da história original através dos olhos da personagem-título, oferecendo um ponto de vista surpreendente para a trama do livro inicial das Crônicas Vampirescas. Ricamente ilustrado pela estreante Ashley Marie Witter, A história de Cláudia é um capítulo valioso na mitologia moderna de Anne Rice."
   Resumo na HQ.



O que eu achei da HQ:

   Entrevista com o Vampiro é um dos meus livros favoritos desde que eu tinha 12 anos de idade. E quando eu vi que tinha uma adaptação para HQ, contando a história pelos olhos da Cláudia, a criança vampiro, decidi que precisava ler. 



   Esteticamente é lindo demais, com tons de sépia, somente colorindo o sangue. É claro que a história começa já com a criança sendo transformada e termina com o final do livro para ela. Mas não tem nada de mais. Não se aprofunda nos sentimentos e pensamentos verdadeiros dela. Principalmente para quem já leu "Merrick", vai sentir falta de algumas coisas referente a essa personagem. Se você for ler na ordem, sugiro que leia primeiro o livro e depois essa HQ. Caso você não tenha lido nenhum dos livros das Crônicas, não tem problema nenhum começar por esse.



   Recomendo. 

Contato

Fotos do Livro.


Autor: Carl Sagan.
Tradutor: Donaldson M. Garschagen.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2008.

" Contato com extraterrestres não é sinônimo de homenzinhos verdes desembarcando de um disco voador. É muito mais: sinais captados num radio-telescópio podem conter mensagens capazes de nos fazer repensar toda a nossa concepção da vida e do universo. 
   Esse é o ponto de partida de Carl Sagan, que aliando as tensões da melhor literatura ao conhecimento científico mais avançado, compõe um romance que pode provocar em nós todas as reações - menos a indiferença. Em Contato, o que está em jogo é o mundo tal como o conhecemos. Como quem faz uma aposta, Sagan nos convida a uma viagem assustadoramente fascinante pelo buraco negro que é a inteligência humana."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Sempre ouvi falar muito bem dos livros escritos por Carl Sagan, mas toda vez que ia comprar livros, o esquecia completamente. E só comprei dessa vez, porque na hora de fazer uma busca por livros de ficção científica, "Contato" estava em primeiro lugar. Pensei: "Por que não? Já estou enrolando para ler faz tempo." E comprei. Quando li, percebi a importância desse livro não só pra mim, mas para outras mulheres, principalmente mulheres que amam "ciência" e que querem seguir com a carreira profissional nesse setor. A importância de lermos um livro deste tipo tendo como protagonista uma mulher que conseguiu chegar tão longe profissionalmente, como a Ellie chegou, é um incentivo para jovens mulheres tentar conquistar seus próprios sonhos. Além de alertar sobre o machismo nesse tipo de ambiente e nos mostrar que quando acreditamos em algo, podemos sim conseguir conquistar qualquer coisa se formos fiéis a nós mesmos. 

   O começo da narrativa vai nos mostrar quem é Ellie Arroway através de vários vislumbres da vida dela desde a infância. Suas primeiras paixões, seu amor pelas estrelas, o fato dela gostar de consertar coisas, e principalmente seu amor pela matemática. Ellie se torna uma profissional reconhecida e sua maior curiosidade era saber se realmente existia alguma vida inteligente naquele universo imenso. Ela não tem medo de falar o que acha, de demostrar seus ideais e de correr atrás de qualquer projeto que lhe interessar. Mas o legal é que o autor não nos mostrou uma pessoa perfeita, Ellie tem defeitos e isso também fica evidente durante a história. Ela tem uma mãe doente que ela nunca visita, e outras coisas que ela mesma fala sobre si, mas isso é perto do final da história. E isso tudo faz Ellie ser além de brilhante, humana. 

   Um sinal é captado vindo do sistema de Vega, uma longa sequência de números primos começa a ser transmitida para o Planeta Terra. Ellie é designada para descobrir qual é a mensagem e de onde ela está sendo emitida. E esse é a pequena ponta de um iceberg na vida da doutora. Inúmeros profissionais trabalhando juntos, uma série de discussões religiosas, países formando alianças, uma suposta máquina para ser construída e várias informações científicas. Onde tudo isso irá levá-la? 

   O que eu mais gostei nesse livro é que nada ocorre de um dia para o outro, tudo é muito discutido, personagens acertam e erram na mesma proporção, a carga científica do livro é um pouco densa no começo, mas depois você vai tirar de letra. E depois desse livro você nunca mais vai pensar em "alienígenas" da mesma forma.

   Recomendo a leitura. 

segunda-feira, 6 de março de 2017

Drácula (Edição Comentada) + Dicas de Filmes + Projeto Literário: Penny Dreadful - Parte III

Clássicos Zahar.

Fotos do Livro.


Autor: Bram Stoker.
Tradução, apresentação e notas: Alexandre Barbosa de Souza.
Editora: Zahar.
Ano: 2015.

" Vampiro mais famoso da literatura, marco fundador de um gênero, inspiração para um universo, infinito de artistas das mais diversas áreas. Drácula é o maior ícone do imaginário do terror. Há mais de um século, leitores são seduzidos pelo pavoroso combate entre o Bem e o Mal travado neste clássico, obra máxima de Bram Stoker. De um lado o conde Drácula e sua legião crescente de mortos-vivos. De outro, um grupo unido e decidido a caçá-lo: Jonathan e Mina Harker, o médico holandês Van Helsing e seus amigos. Romance epistolar ágil e bem-construído, Drácula é uma dramática corrida contra o tempo - e você é a próxima vítima. 

   Essa edição traz o texto integral de Bram Stoker, mais de 200 notas, apresentação e cronologia de vida e obra do autor - tudo isso no padrão de qualidade dos Clássicos Zahar."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Eu me surpreendi e muito. A primeira vez que li Drácula eu estava no Ensino Fundamental e achei terrivelmente massante, longo demais e estranho. E essa primeira impressão me acompanhou durante anos, eu gostava da ideia "Drácula", mas não da obra. E depois de adulta, nunca quis reler para ver se agora eu gostava. E aí eu assisti o seriado "Penny Dreadful" e por causa da literatura de horror contida na trama, eu quis fazer um projeto para o blog, e para o projeto dar certo, Drácula precisava estar na minha lista. Pesquisei várias edições e a que mais chamou a minha atenção, e confesso que a capa me lembrou muito uma cena do filme com o Bela Lugosi, foi a da editora Zahar. Era a mais cara? Era. Mas ela tinha o que as outras não tinham: notas. As abençoadas notas de rodapé. Além do acabamento de luxo. Ou seja, ou eu gostava, ou esquecia de vez essa história. E agora, aos 25 anos de idade, posso falar que eu li aquelas inúmeras cartas que compõe a trama e amei a história. E amei ainda mais o filme baseado nessa obra dirigido por Francis Coppola. Finalmente entendi a ameaça que era Drácula. 



   É claro que ainda havia as inúmeras cartas, entradas de diários, recortes, memorando e coisas do tipo, mas dessa vez eu estava preparada e acredito que a tradução desse livro ajudou muito. Cada personagem tem a sua vez de falar sobre os infortúnios que os estavam acometendo desde que Jonathan Harker foi tratar de negócios com o Conde Drácula. Um mal envelhecido e obscuro estava solto Londres. E como espantar uma ameaça há tantas vidas se eles sequer sabem do que estão tentando se proteger? Jonathan estava preso em um castelo em ruínas, com três belas mulheres famintas e imortais, seu único consolo era escrever em seu diário todo o relato de sua viagem e seu encontro com o conde, para que se não pudesse se salvar, Mina, sua noiva, saberia que ele a amou até o último dia de vida.



   Claro que também temos o Conde Drácula, alguém isolado, que queria mudar de território, conquistar novos lugares, um ser tão antigo que não tinha mais limites morais. Temos Mina e Lucy, duas grandes amigas, que vivem enviando cartas uma à outra. Mina esperando o retorno do adorado noivo e Lucy indecisa entre três amores. Temos o Dr. Seward, perdido de amor por Lucy, e obcecado com o seu paciente mais psicótico chamado Renfield, o comedor de moscas e aranhas. É claro que também temos Van Helsing, o comandante de todos ali contra o mau que o conde representava para a vida, não só deles, mas de todos. E mais outros personagens que aparecem em papéis secundários. 

   O livro é tão bem embasado, que se não contassem que é ficcional, poderíamos achar que realmente ocorreu tudo aquilo. Nada acontece de um dia para a noite, há o tempo certo para tudo. Mas é claro que também há algumas coisas que me incomodaram bastante, como: quando qualquer personagem elogia Mina, ele acrescenta que ela tem o cérebro de um homem, afinal como poderia haver uma mulher inteligente? Ou quando Mina tem as melhores ideias para capturar o Conde, e assim que eles embarcam nesse plano, logo a jogam de escanteio dizendo que os homens fortes a protegeriam. Era tudo horrível demais para uma mulher vivenciar e por isso a estavam poupando. Ou ainda o melhor, o erotismo disfarçado de doçura de Lucy, a bela mulher que está morrendo, mas continua elogiando seus salvadores. Temos mulheres fortes e marcantes nesse livro? Temos, mas a maior parte do tempo são jogadas de escanteio. Sei que é uma ideia da época em que o livro foi escrito, mas isso não justifica que irei gostar de tudo o que eu ler. O conjunto da obra é maravilhoso e eu recomendo a leitura. Mas nunca aceite tudo o que joguem na sua frente sem pensar por si próprio.

DICAS DE FILMES E SERIADOS:

Filme: Drácula de Bram Stoker.
Direção: Francis Ford Coppola.
Ano: 1992.

Foto: Cena do Filme: Drácula de Bram Stoker.


   Considero esse a adaptação mais fiel a obra. É um filme maravilhoso e cheio de bons atores. Não tem como não pensar em filmes sobre o Conde Drácula e não lembrar de Gary Oldman, no papel do conde. É claro que florearam boa parte com um romance imortal, mas adoramos mesmo assim. Principalmente que a história de amor que o filme conta sobre a Mina e Drácula ficou muito crível. (Valendo lembrar aqui, que não há esse tipo de romance no livro). Recomendo muito. 

Filme: Drácula: A História Nunca Contada.
Direção: Gary Shore.
Ano: 2014.

Foto: Cena do Filme: Drácula - A História Nunca Contada.


   Eu gostei bastante desse filme, mas não amei não. Ele vai nos mostrar como o Príncipe Vlad se tornou o Conde Drácula. Bem legal, recomendo.

Seriado: Drácula.
Criado por: Cole Haddon, Tony Krantz.
Ano: 2013.

Foto: Cena do Seriado: Drácula.


   Eu gostei muito desse seriado. Achei muito legal a ideia do Conde Drácula em Londres com o objetivo de se vingar de quem o transformou no que ele era agora. E é claro que é lá que ele reencontra o grande amor de sua vida: Mina. 

PROJETO LITERÁRIO: PENNY DREADFUL:

Fotos: Seriado: Penny Dreadful.


   Quem assim como eu amou o seriado, que acabou precocemente na terceira e última temporada, pode se consolar lendo os livros nos quais ele foi baseado. Dessa vez o nosso livro resenhado foi Drácula e está na hora de o relacionarmos ao seriado. 

   De início já sabemos que Mina Harker corre perigo por estar ao lado do "mestre". Vanessa Ives e Sir Malcolm, amiga e pai de Mina respectivamente, estão desesperado para encontrá-la e salvá-la, mesmo que morressem durante esse processo. Algo obscuro está em Londres e eles precisam descobrir o que é e onde está esse mestre. Preste atenção que desde o início não sabemos quem é esse mestre, é tudo muito subliminar. E não há uma Lucy, Lucy é a Vanessa Ives, amiga e confidente desde a infância de Mina. 


  
   Sir Malcolm e Vanessa estão ligados pela busca e não por laços, não de início. Há ressentimentos demais envolvendo as duas famílias. E claro há a Mina, que misteriosamente está enviando sinais para Vanessa, para que ela a encontre e a livre do mal. Mas é claro que o que eles encontram é criaturas, que se parecem muito, vejam só! Com o vampiro Nosferatu, aquele filme antigo alemão. O mais legal é que essas criaturas não falam e lembram muito aquele filme, é claro que com um toque mais mórbido, e também há as muitas mulheres vampiras que acompanham essas criaturas. Jonathan Harker também é citado algumas vezes, mas nunca aparece na trama. 



   Outra característica que lembra bastante o livro é a presença de animais noturnos, como os lobos. Podemos relacionar o personagem Ethan Chandler com o texano Quincey Morris presente no livro. Temos também o Dr. Van Helsing, apesar dele ser secundário ao Victor Frankenstein. O Conde só irá realmente aparecer na terceira temporada, existiu todo esse relacionamento com a Mina, mas não aquela ideia de "amor imortal" que aparecia em dezenas de filmes anteriores ao seriado. E claro temos quem? O comedor de insetos, Renfield. Todos juntos, numa nova versão dessa obra grandiosa. 


Frio do Além

Fotos do Livro.


Harper Connelly Mysteries (Livro 3)

Autora: Charlaine Harris.
Tradução: Cassius Medauar.
Editora: Lua de Papel.
Ano: 2012.

" Harper Conelly era uma garota comum até ser atingida por um raio e desenvolver um estranho dom... ela pode sentir os mortos. Harper se torna especialista em encontrar cadáveres e, desde que aprendeu a controlar seus novos instintos, ela e seu meio irmão, Tolliver, partem em busca de trabalhos para solucionar casos macabros em diversas cidades nos EUA. 

Em Frio do Além, terceiro volume de Mistérios de Harper Connelly, a ida a Doraville seria apenas mais uma viagem a trabalho para Harper e seu meio irmão. Contratada pelos moradores daquela pequena comunidade na Carolina do Norte, Harper chega à cidade para encontrar o corpo de um adolescente, pegar o dinheiro e partir para o próximo destino. Pelo menos era o que ela tinha em mente, até encontrar oito cadáveres de uma só vez. Desta vez, teria de lidar com algo inédito para ela: um assassino em série, que torturava e abusava de suas vítimas. Disposta a deixar a cidade o quanto antes, Harper é atacada por um estranho e se vê forçada a permanecer por mais alguns dias em Doraville. Mais envolvida do que gostaria nessa enigmática investigação, sua vida agora está em risco, e uma tempestade de neve se aproxima da cidade deixando as coisas bem mais complicadas e frias do que ela poderia imaginar."
   Resumo do Livro em sites de vendas.



O que achei do Livro:

   Se existe alguém que se mete mais em confusão do que a Sookie, é a Harper e consequentemente o Tolliver. Ao achar o local de desova de um serial killer, Harper começa a sentir que existe mais de uma maçã podre no meio daquele pequena cidadezinha adorável. E o pior... no Inverno. Já foi difícil achar tantos corpos e sentir tudo o que eles sentiram no final da vida, mas ainda pioraria e muito quando ela acha que foi atacada pela pessoa responsável pelos assassinatos. Machucada e sem poder sair daquele lugar hostil, Harper e Tolliver ficam na pior enrascada em que se meteram desde que começaram a viajar a trabalho.

  E claro que nesse livro finalmente os sentimentos deles afloram, já que estavam sob pressão há muito tempo. A única coisa ruim nesse livro é o papel que a editora decidiu usar, as páginas dos livros mancham muito fácil e rápido. Por maior cuidado que você tenha, o papel mancha do nada, e fica como se fosse um livro velho. Mas eu adorei as artes de todas as capas lançadas, elas são lindas e combinam com o conteúdo da história. 


Surpresa do Além

Fotos do Livro.


Harper Connelly Mysteries (Livro 2)

Autora: Charlaine Harris.
Tradução: Cassius Medauar.
Editora: Lua de Papel.
Ano: 2011.

" Convidados pelo professor de antropologia Clyde Nunley, Harper Connelly e seu meio-irmão Tolliver viajam até Memphis para demonstrar, num antigo cemitério, seu estranho talento: localizar o corpo de pessoas mortas e descobrir a causa do falecimento.
   No entanto, Nunley se mantém cético, mesmo depois de Harper encontrar e anunciar dois corpos num mesmo túmulo bem abaixo de seus pés. O primeiro, de um homem morto há séculos. O outro, de uma jovem falecida há pouco tempo.
   Assim, o que seria uma simples demonstração do trabalho de Harper revela outro mistério: o corpo encontrado era da filha desaparecida de uma mulher que meses antes contratara seus serviços paranormais. 
   Parecia uma nova oportunidade de concluir um de seus raros casos sem solução, mas a investigação sobre o crime guardava mais uma surpresa: na manhã seguinte, um terceiro corpo é descoberto - na mesma cova..."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Essa foi uma releitura e como eu ainda me lembrava bem do desenrolar dos fatos, não tive nenhuma surpresa. Quis reler os três primeiros livros dessa série - já que são os únicos publicados aqui no Brasil, e acho que não os publicarão mais - para fazer uma pequena resenha aqui no blog, já que aqui só tem resenha do livro um. E também porque eu amo o jeito como a Charlaine escreve, gosto muitos das protagonistas delas, que por sinal são sempre muito divertidas, inteligentes e independentes. 

   Harper foi atingida por um raio quando tinha 15 anos, e depois disso ela tem o poder de encontrar pessoas mortas e de informar como elas morreram, mesmo não podendo ver o "assassino" em casos de homicídios. Esse é o trabalho dela, e como não podia deixar de ser, as pessoas que a contratam não acreditam nela necessariamente. Alguns inclusive não gostam dela e do seu "irmão" logo de cara. O que ela mais quer na vida é encontrar a irmã mais velha, Cameron, que está desaparecida há oito anos, mas enquanto esse dia não chega, ela vai viajando junto com Tolliver, seu "irmão", já que ela foi criada junto com ele na mesma casa, por causa do seu trabalho. Acontece que o que era para ser simples, como no caso dela relatar ao Professor Nunley e seus alunos excêntricos, quais eram as pessoas mortas naquele velho cemitério e a causa das mortes de cada uma, acaba em confusão. Harper acaba encontrando um corpo recente em uma velha sepultura. O pior era que esse corpo era de uma garotinha que ela tinha falhado ao encontrar meses atrás. Seria coincidência demais esse corpo aparecer agora e ali onde eles estavam?

   E como não podia deixar de ser: um trabalho simples vira uma bola de neve e acaba arrastando Harper e Tolliver em um espiral de corpos e mistérios. E o que seria essa tensão crescente entre os dois supostos irmãos? 

   Amo muito esses livros. Por favor, leiam.