domingo, 30 de abril de 2017

O Retrato de Dorian Gray (Edição Anotada e Sem Censura) + Dica de Filme + Projeto Literário: Penny Dreadful - Parte IV

Fotos do Livro.


Autor: Oscar Wilde.
Organizador: Nicholas Frankel. 
Tradução: Jorio Dauster. 
Editora: Globo / Biblioteca Azul.
Ano: 2013.

" O retrato de Dorian Gray (1891) é um anúncio do século XX e da modernidade, pelo qual Oscar Wilde pagou um preço caro - além de sofrer censura, viu sua obra-prima usada como "prova" contra si no processo de "flagrante indecência" que o levou a prisão.
    Nesta edição, Nicholas Frankel, organizador e autor das introduções e das notas, reconstitui o romance a partir do original datilografado - ou seja, eliminando todas as modificações que o livro sofreu até que chegasse ao público, e constrói pela primeira vez a versão que Wilde gostaria que estivéssemos lendo hoje.
   Essa espécie de mito de Fausto tornou-se um clássico da literatura mundial pelo refinamento da escrita e pela universalidade do tema. Com uma destreza de estilo ímpar, Wilde cria frases lapidares com um humor ácido e um olhar astuto, criticando ferrenhamente a hipocrisia de uma sociedade que passava por transformações muito rápidas."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro: 

   A primeira vez que eu li "O Retrato de Dorian Gray" foi numa edição da Abril, se não me engano, que a capa era toda verde e com um imenso pavão desenhado. Lembro-me que fiquei curiosa por causa do pavão e acabei levando pra casa para ler sobre o que diabos era aquele livro. Não me arrependi de ter lido e confesso que na época gostei mais dele do que do "Drácula de Bram Stoker". Ainda gosto dessa história, e achei bem diferente do que eu me lembrava de ter lido naquela época.
  
   Dorian Gray é descrito no livro como alguém muito lindo, ele era dotado de uma beleza e um poder de encantamento incomparável. É claro que também era muito ingênuo e deixava-se levar pelas ideias dos outros facilmente, principalmente de um homem com um humor peculiar que ele conhece mais para frente. Acontece que Dorian estava servindo de modelo para Basil, um pintor muito talentoso e que sofria de um amor platônico por ele. Quando Dorian voltou para a casa / ateliê de Basil para terminar a pintura do quadro, ele conhece Henry, um amigo do pintor. Henry que ficou encantado pela beleza do jovem rapaz, decide ser uma espécie de "tutor" para ele. Ou seja ele lhe ensinaria tudo o que sabia sobre a vida de verdade, algo com muitos excessos.  Basil alerta Dorian sobre as ideias exageradas de seu amigo, e lhe diz, com um toque de ciúmes, que era melhor ele se manter longe daquela má influência. Só que o nosso rapaz dourado não lhe dá ouvidos. E ao ver a sua imagem imortalizada naquela juventude e frescor, que permaneceria para sempre bela, fica horrorizado com a velhice que de uma forma ou de outra o encontrará. Nesse momento, enquanto encara firmemente o retrato ele deseja que sua alma envelheça na pintura enquanto ele permanece belo para sempre. (Vejam bem, ele apenas exprime esse desejo, ele não faz um ritual para o demônio ou qualquer coisa do tipo). 



   Dorian acaba aproximando-se muito de Henry, esquecendo sua amizade com o pintor. Ele começa a seguir os conselhos de Henry sobre praticamente tudo. Até que um dia o nosso jovem rapaz apaixona-se por um atriz de teatro. Um teatro de subúrbio. Quando Dorian conta para o amigo seu desejo de casar-se com Sybil  Vane, uma jovem mulher talentosa que conhecera e por quem se apaixonou perdidamente, Henry decidi estragar a alegria do rapaz com seus comentários desnecessários. Ao levar Basil e Henry ao teatro para ver a atuação da bela Sybil, Dorian não imaginava que passaria tamanha vergonha. O talento da jovem acabou quando ela se apaixonou por ele. E sem o talento para atuar de Sybil, o "amor" que ele sentia acabou. Depois de ouvir os gracejos dos amigos e de ver as pessoas indo embora por causa da péssima atuação de Vane, Dorian acaba com o romance entre o dois de forma cruel, deixando a pobre garota chorando e com o coração partido. Ao voltar para casa percebe que o seu retrato se modificara e que agora seu duplo exibia uma face cruel. 

   Esse é o primeiro de muitos desvios de caráter que Dorian Gray terá, ele arruinará pessoas e corações para sempre, buscará viver nos excessos da vida e sempre compartilhará tudo o que é, ou quase tudo, com seu amigo Henry. 

   O que fica bem claro nessa obra, ao menos pra mim, é como Henry sempre busca desvirtuar Dorian, ele faz com que o jovem tome atitudes que ele mesmo, Henry, nunca tomaria. Não sabemos se por ciúmes ou por maldade, mas é como se ele quisesse transformar o inocente rapaz que conheceu no estúdio de Basil num monstro, porque assim Dorian seria só dele. Além de que as piores frases machistas nesse livro são todas de Henry, ele deprecia a mulher o tempo todo, dizendo que o corpo era sempre o mais importante e que elas não serviam para assuntos intelectuais, entre outras coisas. Foi o personagem que eu mais odiei nos últimos meses.



   Nessa versão sem censura fica mais claro as partes homoeróticas do livro, sabemos quando eles tiveram um caso ou um amor platônico, como no caso de Basil. Conhecemos alguns dos amantes de Dorian Gray, tanto homens quanto mulheres. E é claro conhecemos a devassidão da alma desse jovem rapaz. 

   Recomendo muito essa história, principalmente essa versão, porque tem bastante notas introdutórias importantes para nos situar em tempo e espaço quando ela foi escrita e lançada. Além de notas comentadas sobre muitos assuntos ligadas ao texto. E acreditem em mim, são muitas notas. A edição é em capa dura, com uma ótima diagramação e também ilustrada. Vale a pena. 


DICA DE FILME:

Foto: Cena do Filme.


Filme: O Retrato de Dorian Gray.
Direção: Oliver Parker.
Ano: 2011.

   Esse filme é aquele que tem o Ben Barnes, para quem quer saber qual das versões estou citando. Vou indicar esse filme para vocês por causa do personagem Henry, aqui nesse filme, nós conseguimos captar a influência que ele tem sobre Dorian. Acredito que ele foi o melhor no filme. Apesar de gostar muito do Ben Barnes, esse não foi seu melhor trabalho. 


PROJETO LITERÁRIO: PENNY DREADFUL:


Fotos da Série: Penny Dreadful.


   Não tem como não citar a série Penny Dreadful sem lembrar de Dorian Gray. De todos os filmes que eu assisti sobre esse personagem, foi nessa série que eu consegui olhar pro ator e dizer: Sim, esse é perfeito para o papel. Não por ser lindo demais, mas pelo charme inconfundível. Pelo ar de mistério que ele emite, pela atuação formidável dele. É claro que aqui não temos Henry, nem Basil, esse é o passado de Dorian, estamos no presente dele, na sua vida em Londres, onde ele sabe o poder que aquele quadro diabólico exerce na sua vida. Onde ele absorve toda e qualquer vida que puder. Sem contar que a série conseguiu captar aquela sensação de "presente-futuro" nesse personagem, ele é aquele ser sempre a frente de seu tempo. 



   Temos que entender que Dorian Gray é um homem que chama a atenção de qualquer pessoa por onde passar. Ele seduz e destrói quando quiser e da forma que quiser. O jovem e belo Gray gosta de desafios e de mistérios, isso fica bem evidente na série, principalmente quando ele conhece Vanessa Ives numa festa. E quem assistiu essa série sabe que não há mistério maior em Londres do que essa mulher.



   É claro que Dorian Gray mantém seu segredo escondido de todos e flerta descaradamente com quem lhe despertar o interesse. Uma das melhores personagens da série: Angelique, uma personagem trans, apaixona-se pelo jovem rapaz. E eles têm um dos melhores romances da série na minha opinião. É claro que nada acaba bem para quem se envolve com ele. Apenas ele foi feito para durar. 


P.S.: Essa série também capta todo o lado exótico dele também, como sua apreciação de flores exóticas, anéis e festas. 

Irmão Lobo

Fotos do Livro.


Crônicas das Trevas Antigas.

Autora: Michelle Paver.
Tradução: Domingos Demasi.
Editora: Rocco.
Ano: 2007.

" O ferimento no braço arde e, a cada movimento para respirar, as costelas machucadas doem loucamente, mas ele não se atreve a parar.
   A floresta está cheia de olhos.
   Os pés de bétula sussurram à sua passagem. 
   Ele lhes implora que não contem ao urso. Torak está sozinho... ferido, amedrontado e fugindo. Um proscrito como o pai, vem evitando qualquer contato com os clãs. Até este momento. Agora o pai está morto, massacrado por um demônio em forma de urso. De algum modo, ele precisa continuar em frente.
   Seu único aliado é um filhote órfão de lobo.
   Sua única chance de sobrevivência é a habilidade como caçador. Mas a fome não é a única coisa a se temer na floresta.
   Através dos sussurrantes abetos-do-norte surge um mal mais terrível do que qualquer clã é capaz de imaginar, quanto mais derrotar. A Lua de Salgueiro Vermelho aproxima-se rapidamente.
   Em breve Torak - e apenas ele - precisará enfrentar um inimigo do qual não pode escapar nem superar, um inimigo que o espreita tão silenciosamente quanto o simples ato de respirar."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Bom, primeiro que essa saga do Torak é feita para jovens leitores, então se seu filho quiser ler, ele vai entender boa parte sem problema algum. É uma trama muito bem construída, no começo pode parecer complicado por causa da limitação do conhecimento de Torak sobre ele próprio e sobre suas origens. Torak e seu pai viviam só, não sabemos se eles foram expulsos do seu clã de origem: os Lobos, ou se ele decidiu seguir com o garotinho pelas florestas. O que sabemos realmente é que um enorme urso-demônio feriu mortalmente o pai dele e agora com a sua morte, o jovem rapaz deverá achar um lugar chamado Montanha do Espírito do Mundo e nesse lugar ele encontrará algo ou alguém para ajudá-lo a matar esse "urso". Se ele não conseguir matar esse ser maligno, o mundo e todas as coisas vivas morreram. 

   Quando Torak, machucado e com fome, busca um abrigo para pernoitar, ele encontrar um jovem lobinho que havia acabado de perder toda a sua família. Por algum motivo esse lobo acha que Torak é um semelhante, só que sem rabo e sem andar direito. E como sabemos o que o lobo pensa dessa criança? Simplesmente porque Lobo é uma das vozes durante a trama. E ele é o único capaz de mostrar o caminho verdadeiro para o menino. 

   O que poderia ser simples, tendo somente os dois como companhia, torna-se complicado quando ambos são capturados por um dos clãs da floresta. Agora para viver e honrar as almas de seu pai, Torak e Lobo vão precisar convencer essas pessoas que eles têm uma grande missão para cumprir. 


   O que eu mais gostei nesse livrinho é sobre o ritual da morte das pessoas desses clãs. Eu sei, muito mórbida essa informação, mas no livro todo mundo acredita que cada pessoa possui várias almas e que elas precisam passar por um ritual antes da morte, para que as almas não se percam e acabem vagando pela terra eternamente. E eles não podem citar o nome da pessoa que morreu durante cinco anos. Sem contar que eles não comem animais que são verdadeiros caçadores, achei isso fascinante. 

   Recomendo o livro para todo mundo. 

sábado, 29 de abril de 2017

Filmes ou Séries que marcaram minha infância: (Parte I)

Filme: Anastasia.
Direção: Don Bluth e Gary Goldman.
Ano: 1997

Foto: Cena da Animação.


  Eu amo essa animação, na boa. Além de ser um dos primeiros filmes que eu me lembro de ter assistido, também foi o primeiro livro que eu consegui ler sozinha. Lembro que minha professora me emprestou o livro baseado no filme, com ilustrações maravilhosas por sinal, escondido. Parece absurdo? Mas, quando eu estava no Ensino Fundamental I (da primeira à quarta série) nós não tínhamos permissão pra utilizar a biblioteca, ela vivia trancada como se fosse um segredo que precisava ser preservado de todas as crianças. A Biblioteca foi aberta logo após descobrirem que eu vivia fuçando nela às escondidas. E depois me dizem que eu nunca fui uma heroína! Absurdo total! 
   Gosto dessa animação principalmente por causa da avó da Anastasia, acho a atitude final dela com a neta no filme muito fofinha. E é claro as canções! Eu as amo muito.


Série: Sabrina: A Aprendiz de Feiticeira.
Criador: Nell Scovell.
Ano: 1996.

Foto: Cena da Série.


   Eu amo muito essa série. Gente, eu achava muito engraçado e sim, fui uma criança que acreditava que quando fosse adolescente teria meus próprios poderes mágicos e um gato preto chamado Salem. Que por sinal é o melhor gato que existe no mundo e o melhor quesito da série.


Série: O Corvo
Direção: Alan Simmonds, James Head e Karen Skogland.
Ano: 1998.

Foto: Cena da Série.


   Quando eu digo que essa série existiu todo mundo acha que estou inventado. Mas é real e eu me lembro de sair da escola e correr pra casa para dar tempo de assistir o episódio desde o começo que passava na Record. Por que pegar o episódio no meio ninguém merece, né? Eu amo muito o primeiro filme, mas amo também essa série e recomendo pra todo mundo. 

Série: Clube do Terror.
Direção: David Winning, D.J. MacHale, Ron Oliver.
Ano: 1990.

Foto: Cena da Série.


   Quem nunca quis contar histórias de terror envolta de uma fogueira para os amigos? Poxa, sensacional. Amo muito e antes de morrer ainda vou realizar isso, e não me importo se não sou mais adolescente. 

Filme: A Nova Onda do Imperador.
Direção: Mark Dindal.
Ano: 2000.

Foto: Cena da Animação.


   Vou assistir hoje, bateu uma saudade! Gente, o Kuzco parece eu acordando de manhã só reclamando. Uma das cenas mais divertidas do filme é quando ele acorda e percebe que é uma lhama. Uma lhama, gente! Quando ele começa a choramingar, eu não aguento! Melhor filme.


Filme: O Demônio da Garrafa.
Direção: Randall William Cook.
Ano: 1996.

Foto: Cena do Filme.


   Eu vou confessar que tive um medinho desse filme quando era garotinha. O que mais me dava medo era aquela cabeça-tampa que saia andando. Se eu estivesse nesse filme, pode ter certeza de que sairia correndo e esqueceria tudo o que estava procurando.

Filme: Meu amigo bicho papão.
Direção: Kenneth Johnson.
Ano: 1999.

Foto: Cena do Filme.


   E vocês ainda me perguntam por que eu detesto filmes que tem alguém embaixo da cama? Quem assistiu esse filme sabe o quão maravilhoso e aterrorizante, pelo menos quando eu era criança, esse filme é. Principalmente quando saia aquela névoa roxa de debaixo da cama.


Série: Arquivo X.
Criado por: Chris Carter.
Ano: 1993.

Foto: Divulgação da Série.


   Essa eu acho que é a série mais nostálgica da minha vida, principalmente porque eu sempre assistia junto com a minha tia favorita. Reassisti todas as temporadas há alguns meses e o sentimento de amor por essa série é o mesmo. Lembrando que eu prefiro as cinco primeiras temporadas e ainda não tive tempo de assistir a 10ª temporada. 
 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Só Garotos

Fotos do livro.


Autora: Patti Smith.
Tradução: Alexandre Barbosa de Souza.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2010.

" Antes de se tornar famosa, a poeta e performer Patti Smith dividiu a cama, a comida e o sonho de ser artista com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, a quem prometeu escrever este livro, pouco antes que ele morresse.
   Nestas memórias afetivas, Patti alinhava fotos, bilhetes e histórias extraordinárias para narrar os anos de aprendizado do casal que atravessou os altos e baixos da efervescente Nova York dos anos 60 e 70 e se tornou ícone de muitas gerações."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro: 

   Patti sabe escrever e contar uma história como ninguém. É o dom dela. Conforme passeamos por sua vida acabamos emocionados em várias partes desse livro, em cada situação de dificuldade que ela passou e em cada momento de íntima felicidade. Descobrimos sua infância difícil, seus empregos fabris, seu amor pelo rock, suas poesias, canções, seus amores, principalmente um amor: Robert. Patti o conheceu por acaso durante uma busca por seus amigos quando mudou-se para Nova York, mas não foi por acaso que eles se amaram. E tiveram uma cumplicidade e um carinho que dificilmente as pessoas conseguem ter. 

   O talento e a criatividade que esses dois descobriram juntos foi enorme. As pessoas que eles conheceram: Hendrix, Janis Joples, Jim Morrison, e muitos outros. Um hotel cheio de artistas onde eles moraram. Ah, gente, tudo nesse livro é muito tocante. Ela soube nos contar, através dessa narrativa, o quanto eles se amaram e se respeitaram. E acredito que vocês irão gostar dessa experiência de leitura tmb.


O Ladrão de Casaca: as primeiras aventuras de Arsène Lupin

Fotos do Livro.


Autor: Maurice Leblanc.
Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda.
Editora: Zahar.
Ano: 2016.

" Brilhante, audacioso, sedutor, mestre do disfarce e o jiu-jítsu, Arsène Lupin é a irônica resposta francesa a Sherlock Holmes: um ladrão refinado e anarquista, espécie de Robin Hood da Belle Époque.
   Nas nove histórias que compõem estas primeiras aventuras, o irresistível anti-herói atormenta seus oponentes, zomba das convenções estabelecidas, ridiculariza a burguesia e ajuda os mais fracos. E ainda enfrenta um grande detetive inglês, não por acaso chamado Herlock Sholmes.
   Um dos maiores clássicos da literatura policial e de aventura - com texto integral em excelente tradução, apresentação, posfácio de Maurice Leblanc e cronologia de vida e obra do autor."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Sim, eu julguei e escolhi o livro pela capa! Vocês terão que entender que ele me chamava toda vez que eu o via. E o melhor... o conteúdo é mais do que bom, é ótimo e muito divertido. Fazia muito tempo que eu não ria tanto com essas histórias de detetive-ladrão. E convenhamos... Lupin é muito hilário, ele tem umas tiradas muito boas e o cara realmente é bom em roubar. E o que eu mais gostei: eu acertei quem ele era nos contos várias vezes. A sensação de acertar nesses livros pra mim é quase nula, e eu consegui. hahaha. 



  Recomendo muito esse livrinho de bolso, super gostoso de ler, quando percebemos o passar do tempo, o livro já acabou. O personagem principal é maravilhoso, super divertido, e vocês irão gostar muito. Assim, espero.

Rebecca: A Mulher Inesquecível (Livro + Filme)

Fotos do Livro.


Autora: Daphne du Maurier.
Tradução: Mariluce Pessoa.
Editora: Amarilys.
Ano: 2012.

" A heroína de Rebecca - A mulher inesquecível é uma jovem insegura de si. Ao pedi-la em casamento, Max de Winter, um belo e misterioso viúvo rico, altera para sempre o seu destino.
   O que seria o final feliz é apenas o início de uma trama de enganos assombrada pela memória de Rebecca, a falecida esposa de Max, e pela senhora Danvers, a soturna governanta devotada à antiga patroa.
   O delicioso romance de Daphne du Maurier tornou-se um clássico da sétima arte ao ser adaptado por Alfred Hitchcock numa produção vencedora do Oscar de Melhor Filme estrelada por Joan Fontaine e Laurence Olivier."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Bom, eu quis ler esse livro porque em todo livro que eu lia os personagens discutiam sobre o filme ou o livro chamado Rebecca. Era Rebecca isso, Rebecca aquilo. E eu, que nunca tinha lido nada dessa autora, fiquei boiando. Por que eles amavam tanto essa obra? Por que a "casa" é tão importante nessa história para que esse personagem, desse outro livro que estou lendo, amá-la tanto? De tanto que houve referências, eu tive que comprar e ler. Afinal, que livro é esse pra ser tão falado? E que história é essa sobre plágio? 

   Pra quem não sabe, a Daphne foi acusada de plagiar um livro nacional chamado "A Sucessora" de Carolina Nabuco, já que as duas obras apresentavam muitos quesitos em comum, sendo "Rebecca" lançado bem depois. Mas essa acusação, por algum motivo, não deu em nada. Eu estou tentando conseguir um exemplar de "A Sucessora" para dar minha opinião sobre esse assunto. O que posso dizer é que muitas pessoas que leram as duas obras, concordam que elas são parecidas, mas as narrativas ocorrem de maneira diferente. Hoje falarei sobre Rebecca, e assim que eu ler o livro da Carolina, falo sobre ele aqui no blog. 

   O que mais me surpreendeu nesse livro foi a passividade e a submissão da narradora. Toda a força que Rebecca, a ex-mulher, tem durante a trama é justamente por causa desse comportamento dela. Durante a leitura sabemos que acompanhamos uma jovem mulher que trabalha para uma senhora "rica" e bem esnobe, que desfaz dela a maior parte do tempo, enquanto a ensina a se comportar na sociedade e a exercer melhor a sua função de "dama de companhia". Essa personagem não nos lhe dirá seu nome, porque em sua cabeça isso não é importante, não é relativo o bastante para sabermos. Ela relata seus dias com essa senhora que só a envergonha por querer meter o nariz na vida dos outros hospedes nesse hotel em que estão hospedadas. Em um dia acontece de aparecer alguém importante, importante demais para a senhora Van Hopper deixar em paz: um viúvo chamado Max de Winter. Essa senhora quer saber o porque dele estar ali, o que estava fazendo e com quem, e para saber disso não se importará de colocar a jovem tímida para oferecer-lhe um álibi. E é assim que a nossa tímida narradora conhece esse homem envolto em mistérios. 

   Max de Winter e ela passam tardes juntos quando a senhora Van Hopper adoece. Desde o começo desse relacionamento entre eles temos a sensação que ela gosta muito mais dele do que ele dela.  Ela o idealiza quando se apaixona, imagina inúmeras coisas românticas e doces entre eles. E quando sua patroa diz que elas devem partir para Nova York, ela fica desesperada por causa desse amor que ela sente por esse viúvo e acaba recorrendo a ele. Max  oferecê-lhe casamento e uma mansão muito conhecida. De uma garota pobre, sem família e muito reservada, ela passaria a ser a senhora de Manderley, rica e invejada por todos. Mas é claro que ele não faz essa oferta com sentimento e romanticamente, é uma proposta: ou ela vai para Nova York e trabalha para a velha ou vai com ele viver esse sonho. E adivinhem quem ela escolhe? Claro, Max; mas tenham em mente que ela decide isso não pela mansão, mas por amor. 

   O grande problema de nossa narradora começa realmente quando ela se casa com esse viúvo rico e vai viver nessa mansão dos sonhos. Primeiro porque os empregados não a encaram como Dona da Casa, já que ela se comporta como um deles, não como a Antiga e Majestosa, além de Caridosa Sra. de Winter, Rebecca. Segundo problema: a Sra. Danvers, a governanta da mansão, que vai fazer da vida da nossa mocinha um inferno. Sem contar as inúmeras vezes em que a comparam com a Bela Rebecca, a que dava verdadeiras festas e que contagiava todo mundo com o seu sorriso. Por que Max se contentaria com ela, se teve uma mulher perfeita a seu lado?

   Enquanto nossa narradora sofre inúmeras injustiças e comparações maldosas, um mistério permanece no ar. Que mistério é esse? Vocês terão que ler para saber qual é. Mas devo dizer que gostei muito desse livro, me surpreendi em algumas partes, e é claro fiquei com muita raiva pela nossa narradora estar vivenciando um relacionamento abusivo, camuflado como "amor entranhado". Diria muito mais sobre isso, mas acabaria contando o que eu não posso. Iria estragar a experiência de leitura de vocês. Recomendo o livro e talvez o filme. 

O que achei do Filme:

Foto: Cena do Filme.


Filme: Rebecca.
Direção: Alfred Hitchcock.
Ano: 1940.

 Assisti esse filme para fazer uma resenha comparada com o livro, e gente, tirando algumas cenas, esse foi o primeiro filme do Hitchcock que eu assisti e não gostei nem um pouco. Livro mil vezes melhor. Talvez seja o fato que eu não gostei muito da atuação de um dos atores principais, me irritava muito. Mas tirem suas próprias conclusões ao assistirem. 

domingo, 16 de abril de 2017

Dicas ou não de filmes e séries: últimos assistidos

Filme: Aliados.
Direção: Robert Zemeckis.
Ano: 2016.

Foto: Cena do Filme.


   O que dizer desse filme que eu achei melhor o final do que o começo? Eu fiquei entre gostei e não gostei. Aqui temos dois personagens principais que terão que trabalhar juntos para eliminar um embaixador nazista. E o pior eles terão que conviver como se fossem um casal, mesmo que nunca tenham se visto. O que acontece depois desse atentado que eles tramam, é que ambos acabam se apaixonando e indo viver juntos em um outro país. Mas até onde todo aquele amor e fidelidade é verdadeiro? 

Filme: A Cela.
Direção: Tarsem Singh.
Ano: 2000.

Foto: Cena do Filme.


  Esse filme é muito bom, gostei demais. O que ocorre nele é que temos um serial killers que captura e mata cruelmente jovens mulheres há algum tempo, o FBI consegue localizá-lo, mas acaba o encontrando desacordado no chão da cozinha. O assassino sofre um forte ataque e acaba entrando em coma. O pior é que ele deixou sua última vítima numa "cela", ela tem mais 40 horas para permanecer viva. Como eles não podem interrogar o criminoso, eles pedem a ajuda da Dra. Catherine, para que ela entre na mente dele e retire essa informação. Valendo lembrar que nesse filme existe toda uma tecnologia capaz disso. Só que a mente perturbada desse homem está muito fragmentada, e ela terá que estabelecer uma ligação com o garotinho que ele foi para salvar a mulher que está confinada. Sabendo que a qualquer momento ela poderá encontrar o assassino que ele se tornou ali. 
   Gente, a cena que ela conhece a imagem que ele deu para esse "assassino" é sensacional. Assistam. 

Filme: Amantes Eternos.
Direção: Jim Jarmusch.
Ano: 2013.

Foto: Cena do Filme.


   Esse filme não é para todo mundo. Muita gente não gostou, e muita gente gostou bastante. E principalmente porque ele é um filme parado. Ele vai nos trazer um casal de vampiros que vivem separados fisicamente, não emocionalmente. Eve é muito tranquila e ama literatura, já Adam ama música e é muito deprimido, tanto que no começo do filme sabemos que ele pretende matar-se. Acontece que a irmã de Eve está pra chegar e eles estão assustados demais com essa aproximação. Eu amei esse filme, apesar de ter achado arrastado, mas levei em consideração que eles são eternos e quando há "eternidade" envolvida na história sabemos que tudo fica meio monótono depois de alguns anos. 

Filme: O mestre dos gênios.
Direção: Michael Grandage.
Ano:2016.

Foto: Cena do Filme.


   Eu gostei desse filme, mas não amei não. Ele vai abordar muito o trabalho de um editor e como ele se relacionava com os escritores, e gente, alguns bem babacas. Mostra também o convívio familiar desse editor e como ele trabalhava a partir de uma obra escolhida. E o mais legal desse filme é quando aparece os "grandes escritores" e como eles trabalhavam e conviviam juntos socialmente. 

Filme: The Discovery.
Direção: Charlie McDowell.
Ano: 2017.

Foto do Filme.


   Se você acha que não entendeu "Donnie Darko", você vai sofrer quando for assistir esse filme aqui. Principalmente porque ele é muito louco, sabe aqueles filmes que a gente gosta, mas na real não entendemos quase nada? Esse mesmo. 
   A primeira coisa que você tem que saber é que, nesse filme, um cientista provou que existi sim vida após a morte. E que após essa descoberta começou uma onda de suicídios em grande escala. As pessoas achavam melhor morrer e passar logo para um outro plano do que enfrentar algum tipo de problema que por acaso elas tivessem. Esse cientista se isola e a impressa não consegue mais falar com ele, depois que um dos caras da equipe se suicidou durante a entrevista. O filho mais velho desse cientista decide ir ver seu pai, para tentar convencê-lo a parar com aquela ideia ridícula e para que juntos fizessem as pessoas perceberem que a vida é mais importante do que qualquer ideia absurda. Só que ao chegar lá ele percebe que seu pai agora quer imagens do "outro lado" e ele vai tentar fazer essa parte da sua pesquisa funcionar.
   Recomendação: não tentem entender esse filme, só assistam.

Filme: O cérebro que não queria morrer.
Direção: Joseph Green.
Ano: 1962.

Foto: Cena do Filme.


   Um filme preto e branco para quem gosta de cientista loucos. Aqui temos um cientista que acredita que pode superar a morte e transplantar partes de corpos. Ele vem trabalhando nisso só que em segredo num casarão num local distante. Tudo ia "bem" na vida dele, até que ele e a noiva sofrem um acidente de carro e a mulher acaba sendo decapitada. O que ele faz? Ele decide preservar o cérebro e achar um corpo compatível para ela, já que aquela é a mulher da sua vida. Vejam só! Ele só não contava que a sua noiva não era mais a complacente criatura que ele "amava". Amei esse filme. 

Filme: Rebecca.
Direção: Alfred Hitchcock.
Ano: 1940.

Foto: Cena do Filme.


   Assisti esse filme para fazer uma resenha comparada com o livro, e gente, tirando algumas cenas, esse foi o primeiro filme do Hitchcock que eu assisti e não gostei nem um pouco. Livro mil vezes melhor. Talvez seja o fato que eu não gostei muito da atuação de um dos atores principais, me irritava muito. Mas tirem suas próprias conclusões ao assistirem. 

Filmes: Trilogia: Matrix.
Direção: Irmãs Wachowski.
Ano: Filme 1: 1999. Filme 2: 2003. Filme 3: 2003. 

Foto: Cena do Filme.


   Não tem o que falar sobre essa trilogia, só sentir. Amo demais e reassisto sempre. Faça um favor à si mesmo: veja esses filmes e apenas ame.


Filme: The Bye Bye Man.
Direção: Stacy Title.
Ano: 2017.  

Foto: Cena do Filme.


   O que falar sobre o pior filme que eu vi nos últimos anos? Gente, que desnecessário. Achei que seria foda e eu ia adorar, mas o que começou muito bem, foi ladeira abaixo. O que foi essa "releitura" do barqueiro? O do que há de pior no mundo. Estou tão decepcionada que nem tenho palavras. Não assistam, não percam tempo. 


   Seriados que desisti:

Foto: Cena da Série: Wynnona Earp.


   Bom, se um seriado não consegue chamar minha atenção, eu paro, não me pressiono para continuar não. Não quero, não vejo. E eu vou falar um pouco sobre o "porquê" eu não curti essas séries.

01) 13 Reasons why: não curti, não sei porque. Não passei do segundo episódio e nem senti um pingo de curiosidade sobre as pessoas que eram os "motivos" da garota ter se suicidado. Os dois personagens principais mais me irritavam do que eu gostava. Sei o que é bullying, sofri isso na escola durante anos, mas não consegui me conectar com a série. Mas recomendo que vejam, porque a maioria das pessoas gostaram disso.

02) Bates Motel: não me xinguem. Gente, não gostei dessa série, mas deve ser porque eu não gosto do filme original. Gosto muito da atriz principal, e foi com tristeza que desisti disso. 

03) Wynnona Earp: quem me conhece sabe que eu gosto de filme de faroeste. Isso porque meu pai assistia quando eu era pequena e eu sempre acabava vendo junto. Hoje ele só assisti filmes de ação. E foi por esse motivo que eu quis dar uma chance para Wynnona, mas não rolou. Não gostei desses "bandidos" voltando, e sinceramente... achei algumas coisas clichês. E por mais que o Dolls seja durão, eu o achava muito engraçado. 

   Seriados que continuei:

Foto: Sherlock BBC.


   Sherlock! Confesso que estava com medo dessa quarta temporada, principalmente porque odiei a terceira, mas a série fechou muito bem. Apesar de ter muitas cenas sem sentido e morte desnecessária. Eu ainda não acredito no que vi. Amo muito esse seriado e assim que sair um box bem maravilhoso vou comprar pra poder rever sempre que eu quiser.

   E eu reassisti pela terceira vez a primeira temporada da série Penny Dreadful. Porque amo mesmo e confesso. Eva Green tá maravilhosa demais. Só tem ator maravilhoso nessa série, apesar daquele final de merda.