sexta-feira, 30 de setembro de 2016

5 Maiores Problemas na Vida de um Leitor:

Foto: Cena do Seriado: Buffy, a caça vampiros.


5º Nunca tem o seu livro desejado na Biblioteca:

   Vamos concordar que o preço dos livros aqui no Brasil é bem alto. E com o pouco salário que ganhamos e os rios de contas para pagar, não nos sobra muito, não é mesmo? E qual é a nossa alternativa? A Biblioteca e os empréstimos. Geralmente temos uma semana para ler e devolver ou para ficar com o livro mais uma semana. Mas e quando chegamos lá com a nossa listinha e nenhum está disponível? Ou está emprestado ou não tem no acervo. Ou se tem, ele está numa condição lamentável e foi descartado. E o que fazemos? Nada a não ser chorar e esperar um milagre. 

4º  Os lançamentos internacionais que nunca chegam aqui:

   Essa é uma dor antiga, não é mesmo? Sempre lemos resenhas muito boas, principalmente de livros de fantasias. O problema é que nenhuma editora quer trazer pra cá, a não ser que o livro em questão esteja bombando como um dos mais vendidos. E depois que todo mundo leu e o spoiler já correu solto.

3º  Continuações que demoram mil anos para lançar:

   Isso não é uma indireta para as Crônicas de Gelo e Fogo, não, não é. Até porque minha vontade de continuar a ler essa série já passou. O problema é quando você leu o primeiro achando que era um livro único e no final, onde acontece aquela cena de arregalar os olhos, você percebe que terá continuação. Só que essa continuação não chega nunca e em canto nenhum. Até que a sua vontade de ler essa continuação acaba e você passa para um próximo livro. 

2º  Continuações totalmente desnecessárias:

   É triste dizer isso? É, claro, mas nossa parte crítica sempre surge nessa hora. Principalmente quando amamos alguns personagens que se "perdem" durante a trama. Ou mudam completamente de personalidade. Sabe como é triste perceber que você já não se interessa com o que acontece com aquele personagem maravilhoso que você amava?

1º  Quando as editoras decidem não lançar mais a continuação de alguma série e não avisam por meio de um comunicado os leitores:

   Esse é o pior de tudo, principalmente quando amamos uma série. É muito difícil as editoras nos informarem quando não vão mais lançar alguma série. Como aconteceu com os livros da série: "Crônicas de Sookie Stackhouse", que é uma série incrível. Já foi lançada por várias editoras aqui e sempre desistem. Ou porque não há saída no mercado ou por qualquer outro fator. Assim também acontece com o último livro da trilogia Languedoc da Kate Mosse, Citadel já saiu em vários países e aqui não tem previsão nenhuma. Outra série muito boa que é Mistérios de Harper Connelly da Charlaine Harris, nada de sair o livro 4 por aqui. 
   Se não podem mais lançar uma série, por qualquer motivo que seja, ao menos informe ao leitor o porquê. Para que ele não fique esperando por algo que nunca virá. 


5 Motivos para você ler: A Trilogia dos Espinhos - Mark Lawrence

Fotos da Trilogia.


"Nós somos feitos de nossas tristezas, não de alegrias. Elas são a corrente mais profunda, o refrão. A alegria é passageira."
Emperor of Thorns - Mark Lawrence.



5º Irmãos de Estrada:

   Preciso dizer que esta é a minha trilogia preferida? Não, não preciso. Primeiro porque foi a única que eu li e começou muito bem e terminou de uma maneira incrível e imprevista. Posso listar vários fatores que me fizeram amar esses livros como: guerras, um anti-herói como protagonista, uma irmandade feita nas estradas tendo como membros as piores pessoas, vingança por uma família perdida, amor impossível, necromancia, magos e castelos, "fantasmas", coragem e acima de tudo raiva e dor. Poderíamos começar essa história com uma família perfeita, mas o autor decidiu que conhecêssemos primeiro um rapaz de 14 anos, um príncipe, não como os outros, esse tem uma missão na vida. Uma missão de dor e sangue. E por isso ele vai contar com o seu grupo de desgarrados.

4º Passado e Presente:

   Os três volumes são separados por passado e presente em capítulos alternados. E são narrados pelo "irmão" Jorg de Ancrath, exceto algumas partes do terceiro volume que também traz a visão de Chella, uma necromante. Ou seja você não se sentirá perdido, vai querer ir virando as páginas uma atrás da outra sem parar para poder descobrir qual foi a merda que ele fez agora. E se você for como eu, vai ansiar mais pelas partes do passado dele do que do presente.


"Quando minhas mãos estão ociosas, elas encontram maldade de um jeito ou de outro."
Emperor of Thorns - Mark Lawrence.


3º  Magos e Sussurros:

   Uma das características mais marcantes nesses livros são os malditos magos. Eles aparecem e desaparecem num passe de mágica e são eles na verdade que são os conspiradores por traz dos tronos dos reis. Ou seriam os reis a parte cancerosa de todos os reinos existentes? Você vai amar os Magos? Não me parece, mas o mais incrível é a sensação que temos de que algo vai acontecer por causa dessas influências. 

2º  O Rei Morto:

   Esse "vilão" super badass vai assombrar todo mundo. Ele controla os mortos, ele age quando ninguém espera, comanda os necromantes e fará de tudo para conseguir o que quer. -Acredite que quando chegar no último livro vai se sentir um idiota por não ter visto o que estava na sua cara o tempo todo.

1º  O Rei da Porra Toda - Jorg de Ancrath:

   Digo rei, mas acredite em mim, ele pode ser o que ele quiser. Jorg é determinado, vingativo, audacioso, brutal e dono de um humor sarcástico único dele. - Não me venha com: "Mas Ana, ele é uma pessoa má!" Não me interessa. Eu amo esse personagem e sim, uma parte diabólica minha sempre torceu por ele. Assim como eu sempre torci pelo Ragnar dos Vikings. 



P.S.: Não chore, a Darkside Books está lançando uma trilogia spin-off desse universo. E acredite em mim, o personagem principal da outra é tão bom como Jorg. Nunca melhor, porque Jorg tem todo o meu amor. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Labirinto

Fotos do Livro.


Jim Henson.
Novelização: A.C.H. Smith.
Editora: Darkside Books.
Ano: 2016.


"Trinta anos sem perder a magia

Tudo começou em um pequeno labirinto real na cabeça de James Maury, mais conhecido pelo nome de Jim Henson. O cartunista, músico, roteirista, designer e diretor sabia acessar como ninguém o coração das pessoas e o seu maior dom foi dar vida a seres inanimados. A nova geração pode não lembrar do seu nome, mas com certeza tem seus personagens gravados na memória: Os Muppets, Vila Sésamo, Muppets Babies e até a inesquecível Família Dinossauro.

Além deste, Henson também criou fábulas como Labirinto, em parceria com George Lucas, filme que encantou toda uma geração quando foi lançado, há 30 anos, com David Bowie como Jareth, o Rei dos Duendes, e também responsável pela trilha sonora, e uma jovem Jennifer Connelly no papel de Sarah, a protagonista que deseja que os duendes levem Toby, seu meio irmão e - para seu espanto - é atendida. Arrependida, ela é desafiada pelo Rei dos Duendes a atravessar o sombrio Labirinto, repleto de perigos e seres mágicos. 

A novelização de Labirinto finalmente é publicada em português, em uma edição à altura do mestre. Escrita por A.C.H. Smith em parceria com Henson, a edição apresenta pela primeira vez as ilustrações dos duendes feitas por Brian Froud, que trabalhou no filme, além de trechos inéditos e nunca vistos com 50 páginas do seu diário, detalhando a concepção inicial de suas ideias para Labirinto, comemorando os 30 anos do filme em grande estilo."
   Resumo do Livro.



O que achei do Livro:

   Se você já assistiu o filme e amou, com o livro não será diferente. É uma história cheia de magia, com toques de contos de fadas - mórbidos mas fofinhos. Além de conter uma série de ilustrações maravilhosas e com todo o belo acabamento do livro. E gente, o marcador é uma foto do longa quando o Rei dos Duendes dança com a Sarah. É muito amor? Sim e queremos sempre mais. Se você tem uma criança na sua família meio egocêntrica e arrogante, por favor dê esse livro de presente para ela. Acredito que lendo essa aventura da Sarah pelo labirinto e percebendo as confusões que ela se mete por achar que consegue fazer tudo sozinha, essa criança vai aprender o poder da verdadeira amizade. 



   Sarah é uma jovem sonhadora, meio irritante às vezes e que simplesmente não gosta de perder seu tempo cuidando do seu meio irmão Toby, a criança chorona. Afinal, por que ele podia ter tudo o que ela nunca teve? E por que chorava tanto? Ela queria que o Rei dos Duendes viesse e levasse o bebê. E quando isso acontece ela fica chocada, afinal ela não queria mesmo que isso ocorresse... queria? E por que ele não queria mais devolvê-lo? Ela havia se arrependido! Jareth, o Rei dos Duendes, propõe um trato com a garota: se ela conseguisse atravessar o labirinto e chegasse até o castelo dele, o bebê seria devolvido. Mas ela tinha somente 13 horas para conseguir essa proeza ou Toby viraria um duende também. 



   Com medo e com muita raiva por não conseguir uma maneira fácil e simples de completar a tarefa, Sarah irá se meter em muitas encrencas, muitos perigos e fazer amigos improváveis. Como aquele fofucho do Ludo, que eu particularmente amo de paixão. 



   Embarque nessa aventura e se você for como eu, ouvirá o David Bowie cantando as músicas do filme na sua cabeça. Somos loucos? Não, não mesmo.  A única coisa que eu não gosto muito nos livros da Dark é que essas capas marcam conforme você segura para ler e mesmo que depois da leitura passe uma flanela não saí. 

5 Motivos para você amar e ler: Sandman - Volume 1 (Edição Definitiva)

Fotos da HQ.


Neil Gaiman.

5º A obsessão humana para vencer a morte:

   Quem disser que não tem medo de morrer está mentindo e descaradamente. A Morte sempre será algo apavorante para nós, pelo simples fato de ser a única certeza que temos de que algo desconhecido nos acontecerá de uma forma ou de outra. O medo da dor ou de um futuro vazio pós-morte sempre estará presente em nossos corações. E é por isso, sem contar o poder que teria no mundo, que uma seita decide capturar a Morte - um dos Perpétuos. Algo durante o ritual não dá certo e em vez deles capturar e domar a Morte, eles capturam o Sandman, o senhor dos Sonhos.

4º A busca de Sandman pelos objetos perdidos:

   Acho que essa parte das busca foi uma das coisas mais legais da história inteira. Ao ser capturado Sandman tem seus instrumentos roubados: a algibeira, o elmo e um rubi; e ao escapar do enclausuramento ele começa a procurá-los. O que não será fácil. A melhor parte na minha opinião é quando ele vai ao Inferno encontrar e conversar com Estrela da Manhã.



3º Contos na Areia:

   Há bastante gente que não curtiu muito essa parte, mas eu achei bem tocante. Aqui nos é apresentado uma tradição oral passada de avô/pai para filho/neto em uma antiga tribo. Eles vão para o meio do deserto para que o ancião conte uma história para o jovem rapaz sobre um amor impossível.

2º Casa das Bonecas:

    Esse é o melhor arco dessa edição. Aqui nos é apresentado mais um dos Perpétuos: Desejo. E seu objetivo é desestabilizar seu irmão do sonho através de um Vórtice. Não faltará ação: pesadelos fora do Sonhar, um vórtice na forma humana, um corvo falante e mais uma porção de coisas.



1º A conversa entre a Morte e o Sandman:

   Quem tem irmãos sabe a treta que é. Eles nunca pouparão palavras se achar que está sendo tolo o bastante. E é exatamente isso que a Morte, a irmã mais velha de Sandman, faz ao encontrá-lo deprimido. Ela não só demonstra a sua opinião como também mostra para ele como cada um dos Perpétuos é importante para a humanidade.


P.S.: Você pode adquirir este volume pelo site da Aamazon, ainda está em estoque.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

5 Motivos para você assistir "A Bruxa":


Foto: Cena do Filme: A Bruxa.


Diretor: Robert Eggers.
Ano: 2016.

5º Você vai descobrir até onde uma família irá para ter o direito a "viver" a sua fé:

   Começamos o filme observando um julgamento. De início não entendemos muito bem o que está acontecendo, afinal chegamos no meio, a única coisa que fica bem nítida é que a garota loira está apavorada. - E sim, ela é sensacional durante o filme. - Conforme o discurso continua e principalmente pela atitude enérgica do pai das crianças que estão ali na linha de frente, entendemos o choque entre duas religiões distintas. Uma considerada correta na comunidade e outra imprópria para os habitantes. O pai tinha duas opções: 1) ele ficava na "comunidade" com a sua família e abdicava da própria crença cristã ou 2) Todos eles seriam expulsos de lá. E o que acontece? O óbvio né? Todos são condenados ao exílio por não crerem em algo em que não acreditam. Essa família é inteiramente religiosa e todas as coisas que vão acontecer vai ter uma ligação direta com isso.

4º Heresias e Castigos Divinos:

   Essa família é composta pelo pai, pela mãe e por cinco filhos, sendo um recém-nascido. Depois de serem expulsos de sua própria casa, essa família passa a viver numa área isolada próxima de uma floresta, que diga-se de passagem é bem sinistra. Eles vivem precariamente, não tem muitas roupas ou objetos pessoais, possuem poucos animais e a falta de comida é um fator grave. A filha mais velha está com a fé bem abalada, é uma garota jovem de uns 16 anos que não entende muito bem como todas as coisas se sucederam, não tem a fé que os pais dela têm, não encara como pecado certas coisas, mas sempre teme o que a família vai pensar dela. Ao brincar com o bebê de frente para a floresta, Thomasin, a filha mais velha, ao fechar os olhos durante não mais do que dois segundos, percebe que a criança que estava deitada numa manta sumiu. Sem mais, nem menos, não houve ruídos, nem choros, coisa alguma. Essa é a causa da maior instabilidade na família: a mãe não para de chorar e rezar a Deus, porque ela acha que o filho que não era batizado foi para o inferno; o pai e os irmãos não sabem muito bem o que fazer, se culpam a garota ou se colocam a culpa em um lobo; e a Thomasin pensa que tudo isso que está acontecendo é Deus a castigando. Ou seja, meus amigos, a culpa e a punição virá por todos os lados.

3º O medo e a dor por causa do isolamento:

   Uma das coisas que fará você amar ou não o filme é a questão do medo. Quem assiste muitos filmes de terror, sabe que as pessoas adoram uma criatura sinistra e deformada ou uma entidade má quem sabe, e isso não ocorre no filme. O medo vai mudando de acordo com cada personagem. Haveria alguma coisa na floresta ou a maldade estaria dentro da casa? Deus os estaria punindo pelos pecados que eles tinham desde o nascimento? Algum dos filhos estaria fazendo feitiçarias? O pecado era dele mesmo como pai e chefe de família? A solidão e a fome os enlouqueceriam? O medo é bem relativo nesse filme.

2º A atuação brilhante de Anya Taylor-Joy:

   Ela é a Thomasin no filme e a personagem principal, então veremos bastante coisas com ela no centro de tudo. Observaremos sua dor, seu sentimento de proteção pela família, seu sentimento de culpa e raiva por todos sempre descontarem tudo nela. A atriz soube muito bem dar vida à essa personagem forte e isso é uma das coisas mais incríveis no filme.

1º Black Phillip: o Bode:

   Pelo amor! Vocês precisam assistir só por causa desse bode preto que surge do além. Se tem um elemento bem sinistro nesse longa é esse animal. Principalmente quando as crianças dizem que ele fala com elas. E se vocês derem uma chance e assistirem verão do que esse bicho é capaz.

sábado, 17 de setembro de 2016

O Muro

Fotos da HQ.


Fraipont & Bailly.
Editora: Nemo.
Ano: 2016.

"O Muro é uma história poética, forte e pungente, desfiada por um desenho frio como o toque de um bisturi, que arrasta o leitor pelos caminhos, obscuros de uma adolescência problemática ao som do punk rock. Estamos em 1988. Numa monótona cidadezinha do interior belga, Rosie, uma menina de 13 anos, se vê entregue à própria sorte: sua mãe fugiu com outro homem numa aventura amorosa, e seu pai vive mergulhado no trabalho. Roída por uma rotina morna e vazia, Rosie fica completamente desorientada. Assiste, impotente, à transformação de sua personalidade, ora apavorada, ora determinada, diante da melancolia que a invade e traça os contornos de sua nova vida."
  Resumo na HQ.



O que achei da HQ:

   Simplesmente amei muito essa história. É tocante e muito triste. Há alguns quadros sem falas, mas que só de observar os desenhos entendemos o sentimento que ela está passando. Existe todo um amadurecimento da personagem principal. Uma preocupação em passar o que ela está fazendo e o porque está fazendo; porque se sentia daquele jeito e o que ela podia fazer para melhorar. 

   Rosie é uma garota incrível, mas que está passando por uma fase complicada: sua mãe resolveu fugir numa aventura amorosa e sequer pensou na filha de 13 anos que tinha. Uma garota que precisava dela, principalmente nessa fase de pré-adolescência para a adolescência, que já é difícil e que precisa de uma orientação. E além de perder a mãe, ela tem um pai ausente. Ele viaja sempre e a deixa sozinha em casa. Ou seja, Rosie não come direito, fuma, começa a beber, não tem amigos e infelizmente começa a ficar muito deprimida. É bem perceptível essa tristeza nela. A dor que ela sente é muito forte. E é nesse momento de fragilidade que ela conhece o Jô, o que vai rechear a trama de punk rock. 

   Recomendo muito. ^~

Evangelho de Sangue

Fotos do Livro.


Autor: Clive Barker.
Editora: Darkside Books.
Ano: 2016.

"Por aproximadamente trinta anos o Sacerdote do Inferno conhecido por todos nós pela sugestiva alcunha de Pinhead, tem sido um dos mais ilustres e famosos personagens do universo do terror de todos os tempos. O aclamado escritor Clive Barker, seu criador, apresenta agora o capítulo final desta saga, que teve início com Hellraiser: Renascido do Inferno. Publicado pela primeira vez no Brasil pela DarkSide® Books em 2015, o clássico de Barker se tornou um verdadeiro sucesso e liderou a lista dos mais vendidos da Amazon Brasil. Além disso, a edição chamou a atenção do próprio Barker que considerou-a a mais bela já feita para a sua novela. E agora não será diferente. Você vai entender tudo sobre o universo dos Cenobitas.

Evangelho de Sangue reconduz os leitores ao tempo marcado por dois de seus mais icônicos personagens: Harry D´Amour e Pinhead, que conduzem a história em uma batalha entre o bem e o mal tão antiga quanto o tempo, onde o autor conecta a mitologia de Hellraiser ao Inferno bíblico. Segundo o escritor inglês Michael Marshall Smith, 'o embate entre Harry D´Amour e Pinhead é meticulosamente construído, infinitamente criativo e tem muito bom humor'."
   Resumo do Livro.



O que achei do Livro:

   Sensacional, brutal, cheio de doses de bom-humor, cruel e sofrido. As cenas são sempre bem detalhadas, ou seja, se você, meu amigo, tem o estômago fraco, esse livro não é para você. Primeiro que a edição é linda, parece aqueles livros antigos e proibidos escondidos em cantos obscuros de bibliotecas. Sem contar que cada entrada da história têm um título bem marcante. O livro é em capa dura, com fitinha vermelha de cetim para marcar páginas e um marcador espelhado. 



   Já no comecinho do livro temos uma cena chocante de necromancia, Os últimos magos de uma poderosa seita, "ressuscita" o seu líder: Joseph Ragowski, porque estão sendo caçados e não sabem o que fazer para parar o demônio que está por trás disso. E eles acham que o líder que fora morto pelo mesmo demônio pode dizer alguma coisa que possa salvá-los. E quem seria esse demônio que está dizimando todos os tipos de seita pelo mundo inteiro? O nosso Sacerdote do Inferno: o cenobita Pinhead. - Só não o chamem assim, porque ele odeia. E o risco de você, meu amigo, sofrer torturas horríveis por ganchos seria enorme.



   Já Harry D´Amour, que é um detetive paranormal, porque todo mundo é testemunha que ou o Inferno o atrai, ou ele atrai o Inferno. Onde ele está sempre tem confusão. E dessa vez não foi diferente. Norma, a melhor amiga dele, uma senhora de uns oitenta anos e que vê, fala, ouve e auxília mortos, o chama para uma "missão". Um espírito está angustiado porque ele possuiu uma casa que está cheia de coisas obscuras e sexuais e da qual ninguém sabe a existência, muito menos sua adorada família, e ele precisa que alguém destrua tudo o que está ali dentro antes que descubram a existência da casa. Harry não está feliz e nem animado quando vai até essa residência macabra, cheia de magia negra, livros antigos de feitiços e um monte de objetos de cunho sexual. E enquanto faz essa busca pela casa, o detetive descobre sem querer a caixa de Lemarchand, o objeto que pode abrir uma "porta" para o Inferno. Só que o problema é que a caixa uma vez tocada, ela vai se solucionando sozinha. E esse é a pior coisa que podia acontecer com Harry, porque além de ser curioso e sentir necessidade de ver o final de tudo, o que vai acontecer, ele se depara com um mago bizarro e o próprio Pinhead a espera dele. - Problemas? Sim, muitos. 

   Poderia contar mais, mas ficaria um resumo e isso eu não acho legal. O que vocês podem ter em mente é que o Inferno pode sim ter uma hierarquia e caos na medida certa. E talvez o próprio Lúcifer esteja lá. Vale muito a pena ler e embarcar nessa. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O Último Adeus + Setembro Amarelo

Fotos do Livro.


Autora: Cynthia Hand.
Editora: Darkside Books.
Ano: 2016.

" 'Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio' - Tyler

O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante.

O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes."
   Resumo do Livro.



O que achei do Livro:

   Acima de qualquer coisa, eu achei muito tocante. Daquelas obras que a gente lê e dá um aperto no coração, lágrima aos olhos e um sentimento amargo na garganta. Se quando uma amizade se rompe e cada um vai por um determinado caminho, sentimos um amargor na alma, uma saudade de conversas perdidas, conforto no silêncio e abraços sinceros, imagina se não decidimos deixar uma pessoa ir livremente. Imagine se algo nos é tirado sem nenhum aviso prévio. Imagine a dor, a confusão, a saudade violenta e um desespero em entender o porquê. É exatamente isso o que vai acontecer em "O Último Adeus". 



   É claro que o fato de parecer que estamos lendo um diário é desconfortável. Não parece certo. Que direitos afinal temos em descobrir o que uma pessoa não quer compartilhar livremente? Parece errado. Ficamos curiosos sobre essa garota chamada Lex, uma garota que está com algum tipo de problema e que está em terapia por causa disso. Percebemos como ela se sente desconfortável em escrever um "diário" para aliviar as emoções que estava prendendo. E assim descobrimos que existe um buraco dentro dela e esse buraco é Ty. Seu irmão mais novo. Ty cometera suicídio na garagem de casa. Lex queria entender o porque dele ter tomado essa decisão tão drástica. Por que ele fizera isso se ela e a mãe o amava tanto? Por que não dissera que algo estava errado? Essas perguntas permeiam a mente dela. Não a deixam nunca. A dor da culpa formava um nó na sua garganta e isso a estava destruindo. 

   Alexis, Lex para os amigos, tinha uma vida normal e relativamente feliz. Era excepcional em matemática, tinha duas melhores amigas sensacionais, um namorado nerd lindo e que a compreendia em tudo, uma mãe fantástica e um irmão sem igual. O maior trauma da vida dela fora a separação entre seus pais. Seu pai simplesmente resolvera sair de casa e começar uma vida nova com uma mulher mais nova. Não se importava com o que acontecia com ela, nem com seu irmão, uma pessoa que sentia essa separação de um jeito muito forte. De repente, numa determinada noite, toda aquela vida boa desmorona em sua cabeça ao saber do suicídio de Tyler. Saíra de casa de manhã para ir à escola e o deixará lá, normal e sereno como sempre, e a noite recebia a notícia da morte. Era como se fossem duas pessoas totalmente diferentes. A que deixara em casa ao sair e a que encontrou ao voltar. 

   E agora estava ali, se tratando e escrevendo em um diário, porque estava oca por dentro. Não sentia dor, nem raiva, não chorava, mas às vezes parecia que um buraco abria-se dentro dela e ameaçava engoli-la. Já não tinha mais amigos, sua nota em matemática caíra e seu namoro terminou. Voltava pra uma casa praticamente vazia, com uma mãe chorosa que bebia e um pai totalmente ausente. E aliado a isso tudo a sensação de que Ty ainda estava na casa. Que queria alguma coisa e que ela precisava fazer tudo o que podia para que ele ficasse em paz. 

   O que mais me chocou nessa história foi a descrição da vida do Tyler; do garoto jogador de basquete e popular na escola, que estava apaixonado e amava muito a mãe e a irmã, para uma pessoa arrasada, que sentia demais e que não conseguiu lidar com isso. Acredite em mim, não faltarão momentos de você sentir necessidade de parar o livro e deixar toda aquela emoção lhe invadir. É uma história triste, profunda e cheia de amor. A única parte em que não senti a menor empatia foi em saber que ela era um gênio em matemática. Porque sinceramente eu sou uma negação. 



Vamos falar sobre o Setembro Amarelo?

   Esse mês temos uma Campanha de Conscientização sobre a Prevenção do Suicídio, que é uma forma de alertar as pessoas do mundo inteiro sobre a importância de entender a depressão como uma doença. A importância de saber conviver e aprender formas de ajudar essas pessoas. Nem que seja as escutando. Temos um péssimo hábito de achar que Depressão é frescura, que uma pessoa comete suicídio porque é fraca e porque não teve compaixão pela sua família. O que é engraçado já que empatia é uma estrada de mão dupla nesse contexto. A família pode se colocar no lugar desse parente e ele pode fazer o mesmo, mas visando a família. Por que sentimos essa necessidade de acusar um outro ser humano de acordo com as nossas necessidades? Por que não consideramos a tristeza excessiva como uma doença, mas como frescura? É um tabu e as pessoas não gostam de debater sobre isso.

   Quando pensamos em depressão, imaginamos uma pessoa silenciosa, que não se arruma, que não quer fazer nada e que não quer sair dessa situação. Nunca imaginamos uma pessoa popular, que aparenta felicidade e que tem um poder de discussão impressionante. E sabe o por que desse nosso pensamento? Porque nos limitamos a aparência. Jamais passa por nossas cabeças que aquela pessoa sorridente na foto esteja fingindo sorrir, fingindo encaixar-se na sociedade, fingindo ser "normal". Temos pavor da dor. E por isso fingimos não ver todos os sinais que estavam estampados na nossa cara, seja com um parente, com um amigo ou um conhecido. Perdemos a chance de apenas sentar e escutar o que essa pessoa tem a dizer. A dor do outro sempre parece menor do que a nossa. Sempre parece sem importância. O que temos que começar a fazer é a sentir empatia. Pensar: "Posso tentar me imaginar no lugar dele e tentar entender o porque desse comportamento." Sem julgamentos. Podemos ajudar apenas entendendo o outro lado, dando a chance de que essa pessoa diga o que a incomoda, o que a faz chorar e sofrer em silêncio. Podemos dizer: "Você pode me contar qualquer coisa, prometo ouvir. Eu estou aqui e ficarei aqui quando você precisar." 

   O pouco que podemos fazer, às vezes, pode ser muito para o outro. Pesquisem sobre essa causa. Pensem com carinho sobre isso. 

Fábrica de Vespas

Fotos do Livro.


Autor: Ian Banks.
Editora: Darkside Books.
Ano: 2016.

"Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Frank, a estreia literária do autor escocês Ian Banks polarizou a crítica e os leitores quando foi publicada, em 1984. Considerado um dos grandes romances do século XX, o livro evoca tanto O senhor das Moscas (1954) como Precisamos falar sobre Kevin (2003). Fábrica de Vespas consegue produzir um olhar ao mesmo tempo bizarro, imaginativo, perturbador e repleto de humor negro sobre o que se passa dentro da mente em formação de um psicopata."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro.

   Não você dizer que foi um livro fácil de ler, foi intenso e com uma reviravolta final que me embrulhou o estômago. Mas em nenhum momento pensei em fechar o livro e escolher outra coisa para ler. A história é cheia de mistérios e tramas intercalas e por causa disso fica impossível abandonar a leitura. Queremos saber o que aconteceu e o que está acontecendo com aquela família bizarra, cheia de problemas e loucuras impregnadas em cada membro deles. E é claro que há partes em que você se sentirá enojado e precisará fechar o livro para poder digerir a cena relatada em questão. E se souber o que é melhor pra você, meu amigo, não leia este livro durante alguma refeição. O risco de indigestão é enorme.



   Estar dentro da mente de Frank não é uma coisa fácil e suave de lidar. Já no início o encontramos colocando cabeças de animais nas Estacas Sacrificiais, como ele chama. Esse é o meio dele de avisar possíveis invasores de que se entrar no seu território está por própria conta e risco. E para reforçar essa tese Frank ainda mija pelo local, numa clara forma animal de demarcar o seu território. Ele mora com o pai numa casa isolada do resto da comunidade e no dia em questão, onde ele está conferindo as cabeças, percebe que algo está para acontecer. E esse acontecimento futuro está ligado diretamente com seu irmão louco. Tudo o que ele precisa é voltar para casa e deixar que seu pai lhe informasse o que ele já sabia. 

   Eric fugiu da instituição psiquiatra na qual estava trancafiado e a polícia acredita que ele vá procurar a sua família, ou seja Frank e o pai. Angus, o pai, fica transtornado com essa situação, o filho mais velho havia enlouquecido e ele temia de certa forma como a população local reagiria se o louco que queimava cachorros e forçava as crianças a comer minhocas voltasse. O mais estranho sobre Angus é a mania que ele tem com medidas, ou seja, ele sabe o tamanho, comprimento, ângulo, tudo referente a cada móvel, cada parte de sua casa. E ele não só tem essa mania como também força o filho mais novo a aprender e decorar também. Há várias cenas em que o pai corta a conversa do filho para perguntar qual é a medida da mesa, o comprimento do fio do telefone e coisas do tipo. Frank é muito bom em guardar informações sobre o que lhe convém: ele sabe a mania que o pai tem e sabe como contorná-la; ele sabe atuar muito bem aparentando se importar ou ser o mais normal que conseguir - e confesso que acho que isso é porque ele realmente acredita que o único louco da família seja Eric, o irmão mais velho. - e além de tudo isso, Frank sabe consertar e construir coisas, sabe como fazer bombas e mais um monte de coisas loucas. Uma delas é a Fábrica, que você saberá exatamente o que é quando ler.

   Uma coisa importante e que marcou muito o garoto, Frank, é que ele têm uma determinada deficiência e por isso sente-se impotente. Ele odeia as mulheres por achá-las tolas e tem uma opinião formada sobre diversos assuntos relacionados à sua família. Ao saber sobre a fuga do irmão, vai tentar descobrir de todas as formas o que Eric queria. O que ele estaria tramando para voltar para casa agora?, essa pergunta não saí de sua cabeça. Frank é um ser complexo. Realmente ele acha natural tudo o que faz. Ele gosta de se sentir no poder. Ele gosta de matar as coisas por nenhuma razão aparente. Ele faz porque pode e porque teve oportunidade. 

   Nunca li nada parecido antes, é único. O jeito como a narrativa corre e como nos sentimos é impressionante. Vamos ler sobre uma família problemática. Sobre uma pessoa que não tem uma limitação moral, faz o que quer e não se culpa por isso. Vamos percorrer sobre os caminhos da loucura, desespero e devassidão de uma alma humana.

   Recomendo.

sábado, 3 de setembro de 2016

5 Motivos para você assistir: Clube de Compras Dallas

Foto: Cena do Filme.


Ano: 2014.
Direção: Jean-Marc Vallée.

5º A atuação brilhante de Matthew McConaughey e Jared Leto.

   Não tem como não se impressionar com esses atores. Eles não só sofreram uma modificação extrema para dar vida a esses personagens, como também conseguiram passar toda uma série de mensagens durante o longa de mais de 2hrs. Sofremos, choramos, rimos junto com eles; não tem como não acabar se emocionando. 

4º  Observamos como uma sociedade preconceituosa se comporta diante de uma doença pouco conhecida na época: o HIV.

   O filme se passa no ano de 1986 no Texas. Acompanhamos a vida de Ron Woodroof, um eletricista machista, preconceituoso, um apostador em rodeios, que tem vício em drogas e daí ladeira abaixo. Ao levar um choque no serviço e ir parar no hospital, Ron descobre que é portador do vírus HIV e só tem 30 dias de vida. Ele se revolta com esse diagnóstico, principalmente porque nessa época quem tinha essa doença eram considerados gays. Ele nunca levou em consideração que poderia ser contaminado por drogas injetáveis ou sexo sem proteção. Ao contar para um colega de serviço sobre esse diagnóstico "errado" que o médico dera-lhe, Ron tem sua vida completamente mudada. As pessoas pensam que ele é gay e por isso tem a doença. Que se tiver qualquer tipo de contato com ele pode ser contaminado também. Que ele não pode nem trabalhar com eles, e muito menos viver entre eles. Ou seja: ele perde o emprego, os "amigos", a casa, tudo. Não tem estimativa de vida e não tem condições de inscrever-se num suposto tratamento para ter sua saúde de volta.

3º O não conformismo com a morte iminente.

   O médico que atendeu Ron, diz para ele resolver todas as suas pendências porque ele tinha um mês de vida e tinha que se preparar para morrer. Ou seja, ele não dera estimativa nenhuma de tratamento, nem chance do paciente digerir a notícia. Quem não se conforma com isso é o Ron, então ele passa a pesquisar sobre a doença, sobre os sintomas, sobre o contágio e o possível tratamento. Ele nunca se deu por vencido. Quando lhe disseram que existia um tratamento experimental ele contrabandeia os medicamentos. E quando percebe que não funciona e que o hospital realmente não pode ajudá-lo, ele procura um outro médico em território mexicano para um novo tipo de tratamento. Quando percebe que esse novo tratamento está funcionando, e que o antigo o estava destruindo por dentro, Ron decide contrabandear esse medicamento para o território americano e vender em comunidades gays. Ou seja, ele sempre está tentando alguma coisa, nunca passa pela cabeça dele desistir e simplesmente morrer. É lutar ou lutar.

2º O amadurecimento de um personagem preconceituoso.

   Ron era muito preconceituoso. Muito, muito mesmo. Ele é briguento, com vocabulário pra lá de escroto, homofóbico, machista, se acha o rei de qualquer situação. Ele não tem respeito por ninguém, só por si mesmo. Quando conhece Rayon, um travesti, no hospital quando foi internado, ele o trata muito mal, não o cumprimenta, não quer que o outro o toque, nem qualquer tipo de relação. Ele só muda de ideia quando Rayon pergunta se ele quer jogar cartas valendo uma grana. E mesmo assim, não é lá essas coisas. Já quando ele se torna contrabandista de medicamentos e precisa que Rayon o ajude, porque ele não consegue vender as drogas, Ron não se comporta melhor, ele aceita o outro por pura necessidade, mas não perde a oportunidade de ofendê-lo. Está ali por necessidade, não por companheirismo com pessoas com a mesma doença que ele. Essa ligação de negócios só melhora conforme eles convivem durante um certo tempo. E é aos poucos. Acredite, quando você chegar no final do filme, vai se surpreender com o amadurecimento dessa pessoa. Ele vai crescendo durante o longa, vai mudando de opinião e isso é uma das coisas mais legais que eu vi.

1º A luta por uma vida melhor.

   Acho que essa é uma das melhores mensagens do filme. A quebra de preconceitos e mais uma explosão de sensações: a dor, a rejeição, o amor, o companheirismo, os defeitos, os vícios, a morte. Sem contar que a parte mais difícil da vida não é apenas sentar, esperar e morrer. A parte mais difícil da vida é viver. É lutar por aquilo que você acredita, mesmo que não seja um caminho feliz e fácil. 



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Os homens que não amavam as mulheres

Fotos do Livro.


Millennium 1.
Autor: Stieg Larsson.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2015.

" O jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a rês meses de prisão por difamar um poderoso financista. Recebe, então, uma proposta intrigante: o grande industrial Henrik Vanger quer contratá-lo para escrever a biografia de sua conturbada família. Mas, sobretudo, Vanger quer que Mikael investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Henrik também se dispõe a salvar a Millennium, revista capitaneada por Mikael e que se encontra em risco de falência. De início contrariado, o jornalista acaba aceitando a tarefa. 
   Harriet desapareceu quando sua família se reunia para um encontro em uma ilha. Inteligente e sensível, a moça era a favorita de Henrik. Suspeitos não faltam, pois, se todas as famílias têm esqueletos no armário, o clã Vanger parece dispor de um cemitério inteiro. Em sua busca febril, Mikael recebe a ajuda de uma jovem e genial hacker, Lisbeth Salander, cuja magreza anoréxica só é comparável à fúria silenciosa que nutre contra a sociedade. Mas, como Mikael logo compreende, se alguém oculta um segredo torpe, é certo que Lisbeth irá descobri-lo. E, de fato, pouco a pouco, o jornalista e sua improvável parceira desvendam um verdadeiro circo de horrores."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Essa foi uma releitura então eu já sabia o que ia acontecer e também já assisti os filmes da franquia. Mas mesmo assim é um dos livros que eu mais gosto. Não só pela investigação que o jornalista Mikael começa primeiro como uma forma de passar o tempo, depois com provas novas e uma curiosidade enorme o corroendo, querendo saber sobre o que ocorrera com Harriet naquele dia durante o acidente na ponte. Se ela estivesse mesmo morta, onde estava o corpo? Por que ninguém a vira? Se ela não saiu da Ilha por causa do acidente que ocorrera na ponte, onde teriam escondido seu corpo? E o principal: quem fora o assassino? Alguém da família?

   Além de ter várias tramas interligadas, a forma como essa história aborda temas pesados como: nazismo, violência contra mulheres, preconceito, assassinatos, corrupção e muita outras camadas desagradáveis da sociedade é chocante. 

   E a melhor personagem da trama toda, a nossa hacker: Lisbeth Salander. Uma mulher problemática, sob a tutela do estado. Super inteligente e com um raciocínio rápido. Com um visual bem underground e uma língua afiada. Lisbeth no começo do livro quase não fala, mas conforme a história vai se desenrolando percebemos os ideais que essa moça tem. E meu amigo, quando ela decide dar sua opinião é pra deixar todo mundo de queixo caído.

   Recomendo muito. Assim como os filmes.

Flavia de Luce e o Enigma da Cigana

Fotos do Livro.


Volume 03.
Autor: Alan Bradley.
Editora: Saraiva / Benvirá.
Ano: 2011.

   "Curiosa como ela só, Flavia de Luce procura uma cigana para saber do seu futuro e, por que não?, também do seu passado. Mas, durante a consulta, deixa cair, sem querer, uma vela acesa, e a barraca da adivinha fica em chamas. Na tentativa de se desculpar, a menina decide ajudar a senhora e permite que ela se estabeleça por algum tempo com seu carroção em Buckshaw, a terra da família De Luce. Mas, ao visitar a cigana, pouco depois, Flavia a encontra desmaiada, com muito sangue por todos os lados.
   A polícia toma a frente do caso, mas é claro que Flavia não consegue controlar seu instinto investigativo e tenta descobrir antes de todos o que está por trás desse mistério. Como quem procura acha - e, no caso de uma jovem detetive para lá de teimosa, às vezes acha até demais - , enquanto busca as respostas para o crime, Flavia se depara com um corpo pendurado em uma das mais belas fontes dos jardins de Buckshaw. A partir de então, os dias passam a ser muito turbulentos, recheados de perigosos segredos, descobertas estarrecedoras e mais crimes assustadores."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Quando eu digo que eu amo essa garotinha mórbida, ninguém acredita. Quase não escuto as pessoas indicarem essa coleção, que não só servirá para suas crianças, como também será um bálsamo para sua alma. Acredite, você nunca gostou tanto de química como vai gostar agora depois desse livro. Flavia é apaixonada por criação de venenos. Ela sabe vários tipos de soluções possíveis e encara as dificuldades do seu caminho com um humor muito peculiar. Nunca tente dizer que ela não pode ou não deve fazer alguma coisa, porque ela vai fazer o que precisar até ter sua curiosidade saciada. Mesmo se você for da polícia. 

   Se eu contar pra vocês que essa garotinha sempre acaba tropeçando num corpo, acreditariam? Pois é, ela não só acha corpos pela propriedade, como também sabe de mais pistas do que a própria polícia. O que é motivo de irritação para o inspetor, mesmo que ele sinta muita admiração pela inteligência precoce de Flavia. Não pensem que nesse livro o teor é infantilizado, pois não é, Flavia sabe dar sua opinião, sabe expressar-se muito bem e sabe que se quiser alguma coisa tem que correr atrás.

   Nessa trama cheia de intrigas, assassinatos, roubos, mistérios, o que não vai faltar é reviravoltas e muita emoção. Principalmente envolvendo Harriet, a mãe de Flavia.

   Dê uma chance para esses livros. A leitura é super gostosa e as capas são lindas demais.  E se algum dia eu adotar uma criança, quero que seja igualzinha essa garotinha esperta e com conhecimento em venenos. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

5 Motivos para você assistir: Hardcore: Missão Extrema

Foto: Pôster do Filme.


Ano: 2016.
Direção: Ilya Naishuller.

5º Você vai se sentir em casa, porque não sabe o que está acontecendo e nem o personagem principal.

  Como o longa foi filmado em primeira pessoa, vemos somente o que o Henry - o ciborgue - vê e sabemos o que ele sabe. Ou seja: como ele foi ressuscitado quando o transformaram em um ciborgue, Henry teve perda de memória. Ele acorda em uma instalação hospitalar estranha, com uma médica que diz ser sua esposa e que precisa de ajuda para fugir de um determinado psicopata. Ou seja ele não sabe quem ele é, ele sabe o que dizem que ele é. E vai lutar de acordo com isso.

4º Você vai pensar que está jogando um game.

   Quando o Henry começa suas tentativas de encontrar sua esposa e o psicopata que a raptou, ele vai encontrando dezenas de dificuldades pelo caminho, assim como acontece quando se joga video-game. O filme todo é como se você fosse o personagem principal e estivesse passando de fases. O que torna tudo muito louco.

3º O psicopata desse filme tem poderes.

   Como se já não bastasse perseguir um cara realmente ruim e estranho pra caramba, Henry tem que descobrir alguma forma de conseguir atacar Akan. Por quê? Simples. Ele tem poderes telecinéticos. Ou seja ele pode atingir qualquer um, mas ninguém consegue tocar um dedo nele. Tirando que esse tirano vive cercado de mercenários. 

2º Quando um inusitado companheiro nessa luta surge, você terá muitos momentos engraçados, descontraídos e incríveis.

   Primeiro que se você reagir como eu, quando Jimmy surgir nessa aventura louca, não entenderá porra nenhuma do que está acontecendo. Até o Henry ficou confuso, eu senti isso. Por quê? Você não verá uma face do Jimmy, verá várias. E isso só mostra como o ator foi sensacional nesse filme. E ele é divertido pra caramba.

1º O Henry é foda.

   Só por isso você deveria ver. A forma como ele luta, como persegue os mercenários, como tem um lado romântico com a médica, e ainda mostra que tem honra e uma amizade enorme pelo Jimmy já são motivos suficientes. Dê uma chance pra esse longa. É muito diferente e o final é sensacional.

Bônus: E como se não bastasse tudo isso citado acima, a trilha sonora é sensacional e matadora. O filme está disponível na Netflix. Então tá esperando o quê?