quarta-feira, 14 de junho de 2017

O Médico e o Monstro: O estranho caso do dr. Jekyll e sr. Hyde + Projeto Literário: Penny Dreadful - Parte V

Foto do Livro.


Autor: Robert Louis Stevenson.
Tradução: Jorio Dauster.
Prefácio: Luiz Alfredo Garcia-Roza.
Introdução e Notas: Robert Mighall.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2015.

" Poucos clássicos da literatura são tão conhecidos e cultuados como O médico e o monstro. Escrito por Robert Louis Stevenson em 1885, o romance foi um sucesso imediato de público e inseriu o autor, à época com 35 anos, entre os grandes nomes da literatura universal.
   Ao narrar as experiências de um médico que, numa 'noite maldita', toma uma poção fumegante e de coloração avermelhada e descobre 'a dualidade absoluta e primordial do homem', o autor escocês criou uma história de suspense e horror, cujo perigo iminente está no lado obscuro da alma.
   Além de uma introdução de Robert Mighall, ph. D. em ficção gótica e ciência médico-legal vitoriana pela Universidade de Wales, esta edição conta com um prefácio do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza, que define a obra como 'um dos mais perfeitos e provavelmente o mais famoso romance de mistério da literatura de língua inglesa'. 
   Resumo no Livro.

O que eu achei do livro:

   Não é a primeira vez que tento ler esse livro, já tentei duas vezes e desisti. Algo nessa história nunca me desceu, mas não sei o que é. Talvez seja porque eu não consegui me importar com nenhum personagem. E mesmo eu tendo amado essa edição da Penguin, e conseguido ler a história toda, continuo não me importando com os personagens. Gosto de outras histórias desse autor, essa história eu não amei. E confesso que até hoje eu não consegui assistir a um filme sobre essa obra e gostar. 

   Primeiro: todos os extras presentes nessa edição são maravilhosos, e foi isso que me ajudou a prosseguir com a leitura. Já que eu resolvi tentar ler essa obra novamente por causa do Projeto Penny Dreadful, achei melhor comprar uma edição que tivesse notas de apoio. E funcionou. Dessa vez a história fluiu melhor pra mim. 

    Acompanhamos nessa história mais o advogado Utterson, do que os verdadeiros protagonistas. E isso faz com que toda essa narrativa estranha envolvendo dois homens diferentes seja mais plausível.  Torna-se verossímil, já que acompanhamos uma pessoa que busca a verdade sobre um caso impossível de ser resolvido se for visto de um ângulo só. O dr. Jekyll tem toda uma reputação inabalável, amigos, uma vida estável e tranquila, já o sr. Hyde é cruel, com uma aparência grotesca e com a raiva em ponto de ebulição. Mas o que o dr. Utterson não entende é porque seu amigo Jekyll refez seu testamento deixando tudo para esse asqueroso do sr. Hyde, em caso de morte ou de seu sumiço. E tudo se complica quando Hyde é acusado de cometer um homicídio e de pisotear uma criança. Jekyll estaria sofrendo de uma chantagem por esse homem cruel? Isso o advogado está empenhado em descobrir. 


PROJETO LITERÁRIO: PENNY DREADFUL:  

Foto: Cena do Seriado.


   No seriado Penny Dreadful só aparece o Dr. Jekyll na terceira temporada, e isso porque ele vai à Londres para encontrar um velho amigo da  universidade: Victor Frankenstein. E para exercer sua profissão numa espécie de "sanatório". Só que o "problema" de seu amigo, torna-se seu quando ambos buscam encontrar um jeito de tornar as pessoas insanas e más, em pessoas normais e relativamente boas. Sem contar que na série Jekyll é mestiço e sofre muito com o preconceito; isso não ocorre no livro de Stevenson. 

Foto: Cena do Seriado.


   O problema da série foi que não tivemos tempo em conhecer e entender essa pessoa dupla, que é o Dr. Jekyll. Não conhecemos o Hyde, no final há uma referência ao título, mas não a transformação marcante de um ser bondoso para uma pessoa cruel que existe na história. Jekyll sofre alguns acessos de raiva quando discute com o seu amigo Frankenstein, mas em nenhum momento acontece a "transformação" com direito a poção e tudo. Talvez isso fosse abordado em uma quarta temporada, mas com o cancelamento da série, nunca saberemos disso. 


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