quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A Tempestade + Projeto Literário: Penny Dreadful - Parte II

Fotos do Livro.


Autor: William Shakespeare.
Editora: L&PM POCKET.
Ano: 2014.
Tradução: Beatriz Viégas-Faria. 

" Última peça escrita por Shakespeare, A tempestade é uma história de vingança, é uma história de amor, é uma história de conspirações oportunistas, e é uma história que contrapõe a figura disforme, selvagem, pesada dos instintos animais que habitam o homem à figura etérea, incorpórea, espiritualizada de altas aspirações humanas, como o desejo de liberdade e a lealdade grata e servil. Uma Ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força, num ato de traição política. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se metamorfosear em ar, água ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se e, depois de criar um naufrágio, Próspero coloca na Ilha seus desafetos (no intuito de levá-los à insanidade mental) e um príncipe, noivo em potencial para a filha. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança de Próspero é bem-sucedida, se Caliban modifica-se quando conhece os poderes inebriantes do vinho numa cena cômica com outros dois bêbados, tudo isso Shakespeare nos revela no enredo desta que por muitos é considerada sua obra-prima - uma história de dor e reconciliação."
   Resumo no livro.



O que achei do Livro: 

   A história que eu mais gosto de Shakespeare ainda é "Sonhos de uma noite de verão", primeiramente preciso dizer isso. "A Tempestade" foi a que eu menos gostei, apesar de ter algumas cenas incríveis, como quando Caliban aparece pela primeira vez já esbravejando sua imensa raiva e desprezo por Próspero.  Ou quando Ariel, acredito que o "espírito" mais bondoso de toda essa trama, busca pela sua liberdade. E o sentimento mais humano quando nos descobrimos traídos e esmagados, que é a vingança. Vingança... um sentimento que destrói até o mais bondoso de todos os seres. É claro que temos aqui também aquele casal que se apaixona num passe de mágica. Traições políticas permeiam boa parte das páginas desse livrinho, além de isolamento, diversas magias, dor, mágoas e a arte de perdoar. 

   É uma boa história, só não foi minha favorita. Mas recomendo muito a leitura.


PROJETO LITERÁRIO: PENNY DREADFUL:

Fotos do Seriado: Penny Dreadful.


   Quem é Caliban no livro?

   Caliban é o filho de uma bruxa chamada Sicorax, uma bruxa muito poderosa e que fizera muitos malefícios na vida de dezenas de pessoas e seres. Expulsa da Argélia, acabou chegando na Ilha, grávida, e desse ser nasceu Caliban, uma criatura disforme. Caliban, na maior parte da história é sempre maltratado por Próspero, principalmente por causa de sua deformidade, é bastante comparado com peixes, principalmente o cheiro dele. E também é acusado na trama de tentar violentar Miranda, a filha de Próspero. Vive resmungando e jurando vingança, dizendo que ele era o verdadeiro Senhor da Ilha, mas quando trama uma cilada para Próspero, decide escalar outro homem para ser seu mestre. Sem contar que bêbado é um ser meio bobo. 



   Quem é Caliban no Seriado?

   Caliban no Seriado é o primogênito de Victor Frankenstein, a criatura sem nome, nasceu em dor e foi abandonado por ser imperfeito. Autodidata, aprendeu a amar poesia e a ansiar por amor. Mas é menosprezado por sua aparência, sendo espancado a troco de nada. Ao procurar seu criador, ele acaba conhecendo um senhor que trabalha em um teatro, um homem que não temeu encarar seu rosto e foi o primeiro a demonstrar bondade para com ele, oferecendo um emprego como "rato de teatro", um faz tudo. Ao perceber que o homem desfigurado a sua frente não tinha um nome, o chama de Caliban. E é por esse nome que a Criatura fica conhecida nos primeiros capítulos do seriado. 


  Acho que o nome se encaixou perfeitamente no personagem. E trouxe mais uma dose clássica para o seriado. 


domingo, 19 de fevereiro de 2017

Edgar Allan Poe + Filmes + Vincent Price

Foto do Livro + Meu Edgar e seu bichinho de estimação Nevermore by Leyla Buk.


Medo Clássico. (Vol. 01)

Editora: Darkside Books.
Ano: 2017.

" Edgar Allan Poe: Medo clássico - Volume 1

O mestre do terror ganha sua edição definitiva. Nunca mais houve um autor como Edgar Allan Poe. Nunca mais haverá uma edição como esta.

Edgar Allan Poe: Medo Clássico é uma homenagem ao mestre da literatura fantástica em todos os detalhes: da capa dura à tradução primorosa, além das belíssimas xilogravuras do artista gráfico Ramon Rodrigues.



Pela primeira vez, os contos de Poe estão divididos por temas que ajudam a visualizar a grandeza de sua obra: a morte, narradores homicidas, mulheres etéreas, aventuras, além das histórias completas do detetive Auguste Dupin, personagem que inspirou Sherlock Holmes.


Edgar Allan Poe: Medo Clássico apresenta ainda o poema "O Corvo" na sua versão original em inglês e nas traduções para o português de Machado Assis e de Fernando Pessoa, além do clássico ensaio sobre o poema, "A filosofia da composição". O livro traz ainda o prefácio do poeta francês Charles Baudelaire, admirador do autor e seu primeiro tradutor na França."
   Resumo do Livro em Sites de Compras. 



O que eu achei do Livro: 



   Leio os contos escritos pelo Edgar há nos, desde que eu tinha apenas doze anos de idade. E o engraçado é que eu nunca enjoei de lê-los ou perdi o interesse pelo autor da obra. Esta edição não traz todos os contos ou poemas do autor, traz um conjunto deles separados por tema, por exemplo: há contos sobre narradores homicidas, mulheres etéreas, Detetive Dupin, entre outros, incluindo o poema O Corvo no original e mais duas traduções dele para o português. Essa edição também contém xilogravuras para cada conto, uma introdução pela própria editora, um texto sobre o autor por Charles Baudelaire e fotos no final do livro mostrando a casa onde Edgar residiu. Provavelmente a editora Darkside Books vai publicar um ou mais volumes para compôr a obra completa dele aqui no Brasil. 



   Como eu já conhecia os contos, nenhum foi uma surpresa para mim. Mas adorei revisitar tudo, só não vou fazer mini resenha aqui sobre eles porque são curtinhos a maioria e o legal é ler cada um deles de uma vez, sem saber do que se trata, esperando por surpresas a cada linha lida. Recomendo muito o livro, eu vou tentar comprar alguns livros sobre a obra do Edgar publicados por outras editoras para indicar para vocês aqui também.



Indicações de Filmes baseados na obra do Mestre:

  Filme: Os Assassinos da Rua Morgue.
  Direção: Jeannot Szwarc.
  Ano: 1986.

Foto: Cena do Filme.


   Esse filme não é muito fácil de se achar, mas quem encontrar é uma boa pedida. Ele foi baseado no conto "Os assassinatos na Rua Morgue", que nos relata uma investigação feita pelo detetive Dupin, um homem com a capacidade para o raciocínio acima da média. É claro que esse filme difere um pouco da obra em que foi baseado, já que Dupin, no filme, é um investigador aposentado rabugento, com uma filha que está noiva de um sujeito detestável, e com um sobrinho que o idolatra. Os crimes e a investigação feita por Dupin e seu "ajudante" é bem próxima do que foi relatado no conto e é bem legal assistir isso. Imaginar "aquele" assassino específico fica bem mais real no filme. Recomendo. 

   Filme: O Corvo.
   Direção: James McTeigue.
   Ano: 2012.

Foto: Cena do Filme.


   Esse filme nos traz Edgar Allan Poe, com vício em bebida e muito apaixonado por uma mulher, que é impossível para ele. Edgar está com dificuldade de publicar seus contos nos jornais e a coisa piora quando um assassino comete crimes inspirado pelos seus contos. O que parecia loucura fica ainda pior quando o assassino rapta a mulher por quem ele tem adoração. 
   Achei esse filme bem legal e recomendo muito.

   Vincent Price: 

   Filme: O Corvo.
   Direção: Roger Corman.
   Ano: 1963.

Foto: Cena do Filme.


   É claro que eu não podia deixar de citar aqui algum filme baseado numa obra do mestre sem falar em Vincent Price. Vincent é famoso por ter interpretado inúmeros filmes de horror / terror, boa parte inspirado nas obras de Edgar Allan Poe. É claro que esse filme em questão aqui é aquela típica comédia de horror baseado no poema "O Corvo". Só que esse bichinho, que bate no umbral da janela, é capaz de falar mais do que "Nunca Mais", e é um conhecido do Dr. Erasmus, Vincent Price, que acabou sendo transformado em um corvo. E tudo isso só piora quando Erasmus decide combater o inimigo, Dr. Scarabus, principalmente por ter roubado sua amada Lenore. 

   É claro que esse é só um dos filmes que eu gosto e que teve a atuação do Vincent Price, tem outros filmes baseados na obra de Edgar. 

   Espero que vocês tenham gostado e que leiam, assistam e curtam muito essas indicações. Ler os contos de Edgar Allan Poe sempre vale a pena. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Frankenstein + Filmes + Projeto Literário: Penny Dreadful

Fotos do Livro.


Medo Clássico. 

Autora: Mary Shelley.
Editora: Darkside Books.
Ano: 2017.

"   Duzentos anos após sua criação, Frankenstein continua vivo – e mais atual do que nunca. Conheça a história original, com toda a sensibilidade e o terror que o cinema nunca conseguiu mostrar. 
   Um cientista obcecado que desafia as leis da natureza e põe em risco a vida daqueles que ama. Uma criatura quase humana que deseja ser um de nós, mas só encontra medo, ódio e morte pelo caminho.      A obra-prima de Mary Shelley que deu origem ao terror moderno está de volta, numa edição monstruosa como só a DarkSide Books poderia lançar: capa dura, tradução primorosa, ilustrações inéditas do artista brasileiro Pedro Franz, além de quatro contos extras que versam sobre o mesmo tema do romance. Impresso em duas cores: preto e sangue. 
   Um livro que todos deveriam ler e reler ao longo da vida. A edição definitiva para se guardar para sempre."
Resumo do livro em sites de vendas.




O que achei do Livro:

   Não tem como falar em Frankenstein e não vir imediatamente a nossa mente a imagem de uma criatura desfigurada e amargurada, um ser que não teve uma dose de amor e que ousou confiar na humanidade. E logo depois vem a imagem do médico obcecado e cheio de certezas, que ousou superar a morte e a dar vida para um ser feito de partes mortas. Esse é um caso onde a Obra superou sua Criadora. Primeiro lembramos do Criador e a sua Criatura, depois da Autora que deu vida à essa obra. 

   Essa edição está maravilhosa, pois além de trazer a última versão da história escrita por Mary Shelley, traz também mais quatro contos escritos por ela, nota introdutória, mini biografias e ilustrações sensacionais. O livro é capa dura, com fitinha de cetim para marcar as páginas.  



   Quem é Frankenstein: "o médico ou o monstro"?

   Antes que vocês me digam que essa pergunta não tem cabimento, vou ressaltar que isso não é verdade. Não sei se é um erro por causa dos filmes ou informações trocadas, mas tendemos a achar que "Frankenstein" é o nome do monstro-criatura, e isso não é a verdade. O médico chama-se Victor Frankenstein, quando ele consegue fazer com que a vida supere a morte e cria um ser humano feito de partes de corpos mortos, ele fica horrorizado com o que criou e "aborta" a sua criação, não dando nome algum a nova espécie. 



   Quem é o mais humano nessa história?

   Começamos a narrativa com um punhado de cartas de R. Walton para sua irmã Margaret, contando seus desafios e suas tristezas para conseguir chegar ao Polo Norte. Seus tripulantes estão desanimados e o frio é cortante e intenso. E é assim que ele acaba encontrando um homem febril e delirante, chamado Victor Frankenstein. Que ao descobrir a loucura que rodeia os pensamentos de Walton, decide relatar toda a sua transgressão para ele, como uma forma de fazê-lo desistir da estúpida ideia de perder todas aquelas vidas de bons homens por nada. Por uma ideia, um capricho. 

   Victor conta sua história desde a infância, os tempos felizes com sua mãe, seu pai, seus irmãos e com sua adorada Elizabeth, uma órfã adotada pela sua família quando não passava de uma garotinha. Como foi uma criança feliz e como com o tempo tornou-se dedicado demais com certos estudos. Aos dezessete anos ingressou na Universidade de Ingolstadt, depois de perder sua mãe para a escarlatina. Esse episódio fixa-se na sua mente, e ele mergulha de vez nos estudos para que de alguma forma ele vença a morte. 



   De aluno cheio de ideias antiquadas, passa a ser um dos melhores cérebros da Universidade, o mais dedicado e o mais inteligente. Mas a ideia de vencer a morte está cada vez mais enraizada na sua cabeça, e ele decide roubar corpos para que assim consiga criar a criatura perfeita. Um ser que nunca morreria. Um filho. Só que ao olhar para a criatura desfigurada com mais de dois metros que ele mesmo criara, Victor fica horrorizado, e abandona-o sozinho, sem ajudá-lo a entender quem e o que era. Assim começa o ódio entre os dois.

   A criatura sentia-se abandonada, um aborto mal sucedido, não conseguia nem encarar-se em um espelho d´água. Não sabia falar, só emitia sons, não sabia o que era e para onde ir, tinha medo dos homens, principalmente por se mostrarem incapazes de entendê-lo e amá-lo. Por mais que seja um homem feito, a criatura é como se fosse uma criança. Precisava de ajuda para tudo, não sabe o que é bem ou mal, não tem um limite. Sabe que ama, mas não entende esse sentimento muito bem. Amor e ódio nunca estiveram tão tênues em alguém, como nele.



   A sensação que temos quando lemos esse livro é de duplicidade, às vezes entendemos e perdoamos Victor, outras vezes o odiamos e o condenamos por rejeitar e abandonar totalmente a própria sorte alguém incapaz. Sofremos também com a criatura, e também ficamos horrorizados com a noção de justiça que ele tem. Há momentos e momentos.

Contos Imortais:



   Essa edição, publicada pela Darkside Books, traz quatro contos sobre a imortalidade escrito pela própria Mary. O que achei muito legal, principalmente porque eu não conhecia nenhum desses contos. O meu favorito foi "Transformação", mas eu não vou citá-los aqui em um mini resumos, porque acho que deve ser lido sem saber de nada das histórias.

***

3 Dicas de Filmes baseados nessa Obra:

Filme: Frankenstein de Mary Shelley.
Direção: Kenneth Branagh.
Ano: 1994.

Foto: Cena do Filme.


   Eu preferi assisti esse filme ao clássico, em preto e branco, por considerar esse mais fiel a obra do que o antigo. Aqui temos tudo, o início com a tripulação em um navio encontrando Victor Frankenstein e depois o médico contando a sua história de amor e perversão. Sem contar com aquele elenco de peso: Robert De Niro, Helena Bonham Carter, Kenneth Branagh, entre outros. 
   Recomendo muito que assistam, é sensacional.


Filme: A Noiva de Frankenstein.
Direção: James Whale.
Ano: 1935.

Foto: Cena do Filme.


   Eu amo muito esse filme, principalmente por causa daquela imagem da companheira para a criatura. É fantástica. Mas lembrando que esse filme não é de forma alguma fiel a obra de Mary Shelley, o filme abusa um pouco de elementos góticos, como um castelo, um doutor que faz miniaturas de pessoas e que obriga o Dr. Frankenstein a criar uma mulher monstro, entre outras coisas. 
   Vale destacar aqui a cena que eu mais gosto que é o início do filme, quando vemos um grupo de amigos: Mary Shelley, Percy Shelley e Lord Byron em uma reunião, durante uma noite chuvosa, para relatar contos de horror. No caso para que Mary faça uma sequência magistral do seu Frankenstein. 


Frankenstein: um clássico sombrio. BBC
Direção: Jed Mercurio.
Ano: 2007.

Foto: Capa do dvd.


   Não é meu filme favorito do gênero, principalmente porque tem algumas coisas que eu não curti muito. Mas a melhor parte é que uma mulher que ao lutar para salvar a vida de seu filho, acaba criando um monstro. Não temos um Victor, temos Victoria Frankenstein, e esse filme aborda como uma mãe é capaz de tudo para salvar seu filho. Tem partes boas, mas também tem cenas desnecessárias. 

Projeto Literário: Penny Dreadful:

Fotos: Cenas do Seriado.


   Penny Dreadful é um seriado que eu amo muito, e quem assistiu sabe o porquê. É um seriado que transborda de literatura e poesias, que reconta grandes clássicos do horror de forma original, muito bem desenvolvida, com exceção daquele final da terceira e última temporada, com uma trama rica e que soube muito bem interligar as vidas de personagens marcantes da literatura clássica de horror. 



   E foi pensando nisso que eu decidi colocar no blog, postagens sobre todos os livros, ou quase todos, em que o seriado foi baseado. E não tinha como começar de outro jeito que não fosse pela história de Frankenstein. E na minha opinião, Penny Dreadful tem a melhor caracterização do Frankenstein e sua criatura. O apartamento onde ele vive, como ele quer superar a morte, como ele é obcecado por isso sendo ainda tão jovem. Sem contar no relacionamento entre os dois: criador e criatura. Percebemos o ódio e a amargura que a criatura tem pelo seu "pai", como ele ama ler, como é inteligente e sensível, como ele tem a esperança de ser amado por alguém. Temos que destacar que a criatura é inteligente e foi autodidata, para que as pessoas parem de relacioná-la a um "zumbi": que não sente, não entende, não sabe conviver com a sociedade. 

   O mais legal de Penny Dreadful foi nos mostrar que "ser humano" é apenas uma questão de princípios. 


   Espero que vocês tenham gostado desse tipo de resenha e que leiam e assistam tudo sobre essa obra, que é tão rica e vital para a literatura clássica de horror. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Assistidos dos últimos meses:

   Quem me conhece sabe que eu amo um bom filme, mesmo que na maioria das vezes eu não tenha paciência de sentar e assistir. Conhece alguém de fases? Sou eu. Às vezes eu assisto muitos filmes em sequências e outras fico meses sem assistir nada. E enquanto eu reassisto todas as temporadas de Penny Dreadful para fazer um projeto bem legal aqui no blog, que tal se eu contar para vocês tudo o que eu assisti nos últimos tempos? 

Os Oito Odiados

Foto: Cena do Filme.


Direção: Quentin Tarantino.
Ano: 2015.

   Eu amo os filmes do Tarantino e desde que eu fiquei sabendo que iria ter esse filme quis muito ver. Mas só consegui agora, e demorou dois dias porque são mais de 2h de duração. Isso mesmo que você leu, então se for assistir esse filme, prepare os lanchinhos, apesar do banho de sangue que irá jorrar pela tela. 
   Pense em oito pessoas muito diferentes e com objetivos ocultos juntas em um casebre. Entre essas pessoas está um caçador de recompensas, conhecido como Carrasco, já que ele sempre leva as pessoas vivas para serem enforcadas. E dessa vez ele está levando uma bem perigosa e que vale uma excelente grana. Só que o Carrasco não contava com uma nevasca medonha no meio do caminho e desconhecidos por todos os lados. 
   E lembrem-se: Sangue, sangue, sangue. 


10 Coisas que eu Odeio em Você.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Gil Junger.
Ano: 1999.

   Mas Ana, você já assistiu esse filme e já indicou aqui! Sim, eu sei, mas eu assisti de novo, porque eu amo muito e eu sempre me emociono quando ela vai dizer 10 coisas que odeia nele. Gosto como a Kate e o Patrick são grosseirões com todo mundo e fofos juntos, apesar das ressalvas que eu tenho sobre algumas coisas nesse filme. Gosto do seriado também, me diverti assistindo tudo. 


A Casa dos Espíritos

Foto: Cena do Filme.


Direção: Bille August.
Ano: 1993.

   Eu demorei pra assistir esse filme porque ele tinha mais de 2hrs de duração e eu estava com preguiça, confesso. Mas quando comecei a ver essa história com pitadas de sobrenatural, não consegui mais parar o filme. E me emocionei muito com a história da vida da Clara. Um ser único.

   Esse filme é baseado em um livro, mas como ainda não o li não posso dizer se faz jus ou não. Aqui conhecemos Esteban, um homem pobre, mas que sonhava em ter uma condição de vida melhor para poder se casar com Rosa, uma moça bem abastada e encantadora. Ele só não contava em voltar para casar-se e descobrir que a mulher de sua vida estava morta. Abatido e triste, ele decide comprar uma fazenda caindo aos pedaços e reconstruir sua vida afastado dali.(Valendo lembrar que Esteban é um homem detestável em várias partes. Vocês verão isso quando assistirem ao filme.)

   E conhecemos Clara, irmã mais nova de Rosa, e claro especial. Uma garotinha que sabia ver além do que todos, fazia objetos flutuarem e desde menina era apaixonada por Esteban. Esse é o começo de uma história cheia de magia, mistérios, dor, sofrimentos e paixões avassaladoras. 


Juana Inés.

Foto: Cena do Seriado.


Criadora: Patricia Arriaga-Jordán.
Ano: 2016.

   Em sete episódios meu coração foi parar na garganta umas dez vezes, me emocionei muito com a história de uma moça pobre, inteligente e que precisava da proteção de outros para conseguir ser o que ela era. Juana Inés, ama ler e escrever, sabe compôr versos como ninguém e tem uma língua super afiada. Essa minissérie vai relatar toda a dor, a paixão pelo saber, o machismo escancarado, as promessas quebradas e todas as pequenas coisas que fazem de uma mulher ser o que ela é. Mas calma, que eu vou fazer uma postagem só sobre isso, principalmente porque eu tenho muita coisa pra falar sobre ela. 


The Rocky Horror Picture Show.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Jim Sharman.
Ano:1975.

  Gente, quem assistir esse filme e não amar as canções, deve ter algum problema. Filme maravilhoso, cheio de referências a filmes de horror e a literatura também, porque não. Toda vez que o Dr. Frank N Furter aparece é um show a parte. Amo e recomendo.


Sugar Mountain.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Richard Gray.
Ano: 2016.

   Ah, gente, eu não curti muito esse filme não. Achei bem arrastado e o pior foi o triângulo amoroso. Triângulo amoroso não dá, nem na literatura, nem em filmes e muito menos na vida. O que começa como um plano de trapacear uma "cidadezinha" inteira, dois irmãos mais a namorada de um deles, decidem fingir um desaparecimento de um deles por uma trilha na montanha. Esse irmão vai ficar escondido em uma caverna por alguns dias, até que ele volte milagrosamente, disposto a contar toda a sua história de superação e perda. Tudo isso para que eles ganhassem uma boa grana por essa história e saíssem da pior. Só que as coisas começam a sair erradas e tudo fica por um fio. 

   Assistam e me digam se gostam ou não, eu não curti nada. 


Gangues de Nova York.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Martin Scorsese.
Ano: 2002.

   Que filme foi esse? Quando falam que o filme é sobre gangues, já paro o que estou fazendo e assisto. E esse não foi diferente, o que não falta nesse filme são pequenos grupos de gangues, que compõem dois grandes grupos rivais. Sem contar com a história de um órfão que jurou se vingar do homem responsável pela morte do seu pai: O Açougueiro. 

   O que foi a atuação do Daniel Day-Lewis? Eu já gostava dele desde que assisti ao filme: "O Último dos Moicanos", mas nesse filme, a atuação dele está impecável. E sim, eu sei que só eu gosto do filme dos Moicanos. 


Sob as Sombras.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Babak Anvari.
Ano: 2016.

   Filme maravilhoso, mas que não é pra todo mundo. Ou não é para as pessoas que eu indiquei porque odiaram com todas as forças. A realidade desse filme é aterradora, a forma como a sensação de opressão vai crescendo e ganhando forças durante a trama é muito legal. Faz você ficar ali querendo saber o que está acontecendo com aquela mãe e a filha. E o horror pior não é o sobrenatural, é a realidade que o filme mostra: a guerra, o desespero da população, a opressão que as mulheres sofrem diariamente, o abandono. 

   Recomendo muito esse filme.


Clinical.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Alistair Legrand.
Ano: 2017.

   Não percam seu tempo, o filme até que começa muito legal, mas depois só vai ladeira abaixo. Fica monótono, arrastado, meio sem pé nem cabeça e tem poucas coisas boas de verdade. Não curti.

Visões do Passado.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Michael Petroni.
Ano: 2015.

   Se ao perder o controle de sua própria vida, depois da morte da sua única filha, você começasse a ter "visões", o que faria? Para o psicólogo Peter, seus pacientes são seu único elo com a realidade e quando até isso fica ameaçado, ele decide voltar para sua cidade natal e passar uma temporada com seu pai. 

   Eu gostei desse filme, levei alguns sustos, mas não foi nada de novo. Foi ok, legal.


Time Lapse.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Bradley King.
Ano: 2014.

   Se uma máquina fotográfica enorme, pudesse lhe mostrar seu futuro, o que faria? Três amigos que moram numa casa pequena, com pouco dinheiro e vários projetos frustrados, decidem usá-la para proveito próprio. O que tinha tudo para dar certo, começa a ir terrivelmente mal. 

   Tem algumas cenas até legais, mas não convence e acaba ficando previsível.

I am not a Serial Killer.

Foto: Cena do Filme.


Direção: Billy O´Brien.
Ano: 2016.

   Eu quase não assisti esse filme por puro preconceito, achei que seria chato e previsível. E foi totalmente ao contrário. Esse filme é bem original, curioso, com pitadas sobrenaturais. Um adolescente sociopata, que tenta se adaptar a vida na sociedade, tem uma família bem peculiar e um trabalho bem diferente, mas que diz para si mesmo que vai descobrir quem é o serial killer que está atacando toda aquela vizinhança. 

   Muito bom, super recomendo. 

  Dicas aí, sejam felizes. A maioria desses filmes estão no catálogo da Netflix. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Flavia de Luce e o Segredo das Sombras

Fotos do Livro.


Autor: Alan Bradley.
Editora: Saraiva / Benvirá.
Ano: 2014.

" Há tempos o Coronel de Luce está tentando driblar a falência, mas parece que não há mais saída. Para evitar que a sua família seja despejada das terras de Buckshaw às vésperas do Natal, o pai de Flavia é forçado a ceder parte da casa como cenário para uma produtora de cinema.
   Em pouco tempo, a notícia da chegada da equipe de filmagem se espalha por Bishop´s Lacey. E, com a ajuda de Flavia, o vigário aproveita a oportunidade para pedir que a grande estrela do cinema Phyllis Wyvern reproduza uma cena de Romeu e Julieta com a intenção de arrecadar fundos para a paróquia de São Trancedo. Mesmo em meio a uma forte nevasca, todo o povo da cidade se reúne em Buckshaw ansioso pela apresentação, mas à medida que a tempestade aumenta os convidados se convencem de que não há como voltar para casa. 
   É claro que Flavia não consegue pegar no sono com tanta gente dormindo no salão principal e, perambulando pela madrugada, se depara com algo que já lhe é quase familiar: um cadáver - provavelmente morto por estrangulamento - com um elaborado laço negro enrolado no pescoço."
   Resumo no Livro.



O que eu achei do Livro:

   Esse é o quarto livro da série Flavia de Luce, essa garotinha maravilhosa que ama química e seu ponto forte é criar venenos. O único problema é que sempre há um cadáver perto dos seus olhos curiosos. Dessa vez não foi diferente, há muitas pessoas, incluindo atores famosos, hospedados no casarão da família e ela está sempre se esgueirando por todos os cantos. Tendo como proteção a atriz Phyllis Wyvern, que consegue afastar a sua irmã mais velha de perto dela, Flavia planeja dessa vez pegar o Papai Noel, ele não conseguiria escapar dessa vez. Ela faria uma cola para colocar na chaminé para prendê-lo. Suas irmãs não poderão mais dizer que o velhinho não existe. O único problema é que alguém morreu, e o lado detetivesco da nossa querida Flavinha está em estado de alerta. Com tantas pessoas em casa, quem seria o assassino?

   Eu amo muito esses livros, amo essa personagem. O único ponto ruim é que ela continua com seus 11 anos, em quatro livros. Eu quero vê-la crescer na trama, quero saber tudo o que ela ainda pode aprontar. 


Sepulcro

Fotos do livro.


Autora: Kate Mosse.
Editora: Objetiva / Ponto de Leitura.
Ano: 2011.

" Em Rennes-les-Bains, uma charmosa vila do sul da França, as lendas sobre seres estranhos correm de boca em boca. Mas seriam mesmo apenas rumores espalhados pelos ingênuos moradores? Algo maligno parece haver despertado... Os acordes de uma obra de Debussy saem de um antigo sepulcro e os fantasmas do passado dançam ao compasso da música. Tudo começa com uma leitura de cartas de tarô, que marcará os destinos de Léonie e Meredith, duas mulheres que vivem em dois séculos diferentes. Dois destinos que, segundo as cartas, são apenas um.
   Música, amores infelizes, assassinatos, perseguições, esoterismo e autores malditos tecem os fios deste fascinante romance. Dentro desse sepulcro encontraremos as respostas que suas protagonistas perseguem e que determinarão os caminhos de suas vidas para sempre."
   Resumo no Livro.



O que eu achei do Livro:

   É sempre difícil falar sobre um livro que amamos, nem sempre dá para expressar sentimentos. Apenas sentimos e isso deveria ser simples, mas quase nunca o é. Kate Mosse é uma das minhas escritoras favoritas. Não só pelos temas que ela aborda nos seus livros, mas como sempre há protagonistas mulheres diferentes e que estão dispostas a lutar pelo que quer. Elas nunca estão somente buscando um amor e um homem ideal, até porque isso dificilmente define a vida de mulheres reais. Elas lutam por elas, pelo que acreditam, pela família, por justiça. Nesse segundo volume da trilogia, vamos conhecer Léonie e Meredith, ambas mulheres decididas e de épocas diferentes, mas que tem mais coisas em comum do que podem imaginar.

   Léonie é uma adolescente de 17 anos, com gênio forte, decidida, e que vive uma vida "pacata" com o irmão Anatole e a mãe Marguerite Vernier. A mãe está flertando com um coronel, o irmão vive cheio de mistérios depois que a mulher que ele amava morreu, e ela ficara sentindo-se uma parte solta da família. Queria que o irmão mais velho voltasse a sorrir e quem sabe eles não poderiam finalmente deixar aqueles tempos ruins para trás? E essa oportunidade surge quando uma tia viúva que ela nunca vira na vida lhe manda um convite para passar uma temporada com ela na Herdade do Cade, no interior. De inicio Léonie não quer ir, mesmo sabendo que a tia é uma mulher "moça" ainda, mas seu irmão Anatole, que estava novamente com problemas, a convence a ir para essa nova aventura. E é lá que ela conhece a doce e sensível Isolde, uma jovem mulher que quer ser aceita naquele casarão antigo na propriedade do Cade, e para isso precisa da ajuda dos sobrinhos. Isso tudo em 1.891.

   Daí pulamos para 2007 - esse livro é separado em passado e presente, até que todas as tramas se entrelacem e tenham um desfecho no final ligando as duas personagens -  e conhecemos Meredith, que está recolhendo material para escrever A Biografia de Debussy, e também para descobrir mais coisas relacionada a sua família biológica, já que fora adotada quando a mãe dela se matou. Ela quer descobrir quais são os seus reais laços, e para isso marcou uma temporada numa "pousada" na Herdade do Cade. É claro que ela não contava em se envolver com uma investigação misteriosa envolvendo um tarô, que pelo destino veio parar em suas mãos. -Esse tarô também estará ligado a Léonie, e existe todo um mistério que as cartas revelam quando contam uma história. 

   Esse livro é cheio de mistérios: temos o tarô, o passado de Meredith, as tramoias de Anatole (e confesso que ele me irritou muito nessa história, casal mais sem sal nem açúcar. Que casal? Seria spoiler se eu contasse pra vocês) injustiças, obsessão, e muita magia relacionada a essa propriedade. E claro como é o livro dois, temos aqui também o Baillard e a Shelagh O´Donnell, quem leu o primeiro livro sabe do que estou falando. Mas não precisa necessariamente os ler na ordem, é legal se você ler para não pegar um ou outro spoiler, mas nada de mais. O romance desse livro me irritou um pouco, mas a Léonie, que é disparada a melhor personagem de toda a história me fez amar cada vez mais esse livro. Essa foi a primeira releitura que eu fiz, e continuo amando. Leiam, é maravilhoso.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Os Pequenos Perpétuos

Fotos dos Livros.


Os Pequenos Perpétuos - 1 
por Jill Thompson.
Editora: Panini Books.
Ano: 2013.

   Quem não gosta dos Perpétuos é porque nunca leu Sandman, porque eles são maravilhosos. E como se não bastasse a versão adulta deles, agora existe também a versão infantil. Que é uma gracinha! No primeiro livro, a pequena Delirium está perdida e o cãozinho dela, Barnabás precisa percorrer os outros reinos fabulosos dos irmãos dela para encontrá-la, antes que alguma coisa aconteça. A história é um amorzinho e com ilustrações maravilhosas. Não só as crianças vão amar, como nós adultos também. 



   A Festa de Delirium - 2
  Por Jill Thompson.
  Editora: Panini Books.
  Ano: 2013.

  A Pequena Delirium desta vez decide dar uma grande festa para que sua irmã Desespero possa rir. Porque não há coisa melhor a fazer e ela nunca, nunca mesmo, viu a irmã sorrir, nem um pouquinho sequer! E o que ela faz? Convida todos os seus irmãos para essa festa surpresa, que tem tudo para ser muito louca.