sábado, 28 de janeiro de 2017

Rose Madder

Fotos do Livro.


Autor: Stephen King.
Editora: Objetiva - Ponto de Leitura.
Ano: 2011.

" A história de uma mulher que acreditou que o mais forte nem sempre vence.

   No dia em que saiu de casa, dando as costas a um casamento de 14 anos, Rosie sabia que não seria fácil escapar do marido. Norman Daniels é um policial experiente, irascível e violento. Mas preferiu arriscar. Depois de 14 anos de torturas diárias e violências sexuais, vendo seus sonhos destruídos pela loucura cruel do marido, não tinha nada a perder. Ao fugir, levou apenas o cartão de banco de Norman e o desejo de desaparecer. No entanto, ela sabia que estava entrando em uma guerra sangrenta que lhe poderia ser fatal."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Essa foi uma releitura de um dos livros do Stephen que eu gosto muito. Aqui vamos ter cenas sobrenaturais e meio loucas, mas nenhuma vai se comparar com o relato de medo e de violência que Rosie sofre diariamente nas mãos de um marido cruel, que gosta de vê-la sofrer. Não porque a ama, não, nada disso, mas porque acha que ela é sua. E gente, essa frase indica "posse" e de nenhuma forma é romântica. Aqui nesse livro eu acho que ele conseguiu fazer um relato sobre violência contra as mulheres do jeito que muitas pessoas já tentaram relatar e nunca conseguiram. Ele não vai poupar seus frágil coração e estômago ao descrever cenas grotescas de tortura e submissão. E francamente, lendo tudo o que li, não duvido que qualquer uma dessas coisas realmente tenha acontecido com alguma mulher pelo mundo. Dê uma chance a esse livro e perceba o quão cruel pode ser esse mundo no qual vivemos.

   Começamos essa história com Rosie jogada num canto da casa tendo um aborto depois de ser brutalmente espancada pelo marido por ler um romance. Isso mesmo que você leu. Além de rasgar seu livro, ele a espanca especialmente na barriga onde ela tentava se proteger em vão. Ao vê-la sangrando, liga para a emergência, para dizer que sua esposa sofrera um acidente, caíra da escada. Norman a coloca perto do degrau da escada, limpa o sangue que estava numa parte onde ninguém poderia ver, e enquanto a esposa sangra e perde o seu bebê, ele fica a encarando comendo um sanduíche. Porque não tivera tempo de jantar ainda. (Parece forte eu contando pra vocês, mas vai ser pior quando forem ler.)

   Rosie perde o bebê, mas fica naquele estado de "dormência" mais alguns anos com o marido, aguentando episódios de maus tratos, espancamento, abuso sexual, sem contar quando ele resolve espetá-la com um lápis de escrever várias vezes, e ainda a mordia até sangrar. Costelas quebradas e inúmeras entradas em hospitais. Até em um dia que Rosie vai fazer a cama e percebe que tem uma gota de sangue num lençol, que escorrera do seu nariz enquanto dormia, depois de mais um espancamento. Só que essa gota de sangue a apavora de uma maneira imensa e é nessa hora que ela realmente "desperta". Ela queria mesmo ficar ali até o marido matá-la? Ou pior até aleijá-la de tantas pancadas? Seria capaz de aguentar mais 14 anos com ele, sofrendo do jeito que sofria? Nessa hora, mesmo com uma voz temerosa dentro da cabeça dela, Rosie deixa a casa somente com a roupa do corpo, uma bolsa e o cartão de crédito do marido. Tinha que ser rápida para que ele não chegasse cedo da delegacia; caso eu tenha esquecido de dizer Norman é um detetive policial. Mesmo com medo, com os rins doendo, e com o coração descompassado, Rosie, saca 350,00 doláres e ao chegar na rodoviária joga o cartão fora para que não possa ser rastreada por ele. Porque ela sabia que ele iria atrás dela. Pegou o ônibus e foi para o mais longe que conseguiu. Precisava deixar esse pesadelo para trás.

   Ao ser ajudada por um senhor que estava na estação de ônibus, Rosie encontra a instituição Filhas e Irmãs, que ajuda mulheres que sofreram qualquer tipo de violência. E é assim que sua vida realmente muda. Consegue um emprego, tem a ajuda de várias mulheres que a entendem e não a ridiculariza e ao entrar numa loja de penhores, apaixona-se por um quadro estranho. Havia uma estranha mulher pintada de costas no quadro, uma mulher que olhava para uma ruína que se encontrava a sua frente. E o nome da pintura era Rose Madder. E é nessa hora que a história adquiri um teor sobrenatural, tudo relacionado ao quadro. 



   Acho que muitas pessoas precisam ler esse livro, precisam passar por essa experiência para ter uma noção do que ocorre com mulheres que sofrem violência doméstica. Leiam, por favor. 

P.S.: Esse livro vai ter referências a outros livros do Stephen King, como quando ele fala sobre Ka, e eu já relaciono com a Torre Negra, e quando a Rosie e a Anna dizem que gostam de ler livros da Misery, escrito por Paul Sheldon. Quanto mais livros dele lemos, mais referências pegamos.

Cujo

Fotos do Livro.


(Biblioteca Stephen King)

Autor: Stephen King.
Editora: Suma de Letras.
Ano: 2016.

" Nos arredores de uma pacífica cidade do Maine, um monstro está à espreita. 
   Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. 
    Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites.
   Nos limites da cidade, Cujo - um são-bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber - se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde acaba sendo mordido por um morcego raivoso.
   A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesadelo de Tad Trenton e de sua mãe, e como destrói a vida de todos à sua volta, é o que faz deste livro um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Apesar de um monte de pessoas que conheço terem detestado esse livro, o que me deixou com os dois pés atrás, eu gostei bastante da história. Achei o começo maçante demais, mas gostei do desenrolar da história e de alguns personagens. Incluindo aquele são-bernardo enorme. Mas também detestei algumas partes por ser totalmente desnecessárias à história. E isso eu explico abaixo.
  


   No começo do livro somos apresentados a muitas pessoas, muitas mesmo. Tanto que às vezes temos que voltar a página para saber qual a diferença entre "esse" e "aquele" personagem. Primeiro temos a lenda macabra de Frank Dodd, um policial maluco que na verdade era um serial killer. Castle Rock agora está livre desta ameaça, mas para que os filhos se comportem, os pais vira e mexe usa esse ser horrível como se ele fosse o novo "bicho papão". Logo depois nos deparamos pela primeira vez com Tad, um garotinho de seus quatro anos de idade, que acha que existe um monstro dentro do closet. O autor relaciona esse medo do garoto ao Frank Dodd, e algumas coisas peculiares acontece, como: a porta do closet que se abre sozinha, cheiro estranho e coisas do tipo. (Essa parte que cita esse serial killer eu achei totalmente desnecessária, mesmo, se tirassem não faria a menor diferença na narrativa, ficaria até melhor. Se o espírito assassino de Frank realmente estivesse 100% presente na narrativa, aí era outra coisa, mas não é. Ele aparece bastante no começo, mas depois some completamente.)

   Depois conhecemos tia Evvie, a mais velha da cidade, George, o carteiro mau humorado, a família Camber, essa sim necessária a história, principalmente por ser a dona do Cujo. Roger, o sócio de Vic Trenton que é pai do Tad e marido da Donna. Tem o escroto e nojento Gary, que vive pouco se fodendo para qualquer pessoa, menos o seu amigo Joe Camber. E vai aparecendo mais alguns personagens pelo caminho. Incluindo o que mais odiei na história inteira, o Steven. 

   Donna Trenton e Steven tinha um caso, até o dia em que ela decidiu terminar e ele bancou o machão que não aceita um rompimento. Não por amá-la, mas por se sentir rejeitado. E nessa rejeição ele decide contar tudo sobre eles para o marido dela, o Vic. Esse que já estava com problemas na empresa e desconfiado de alguma coisa acontecendo com a sua esposa. Sem contar no pequeno Tad, que sente um pavor enorme só de olhar para o closet e saber que há um monstro lá. Essa é a nossa família principal nessa história, cheia de dramas menores, como: infidelidade, infelicidade, amor, e mais algumas coisas.  (E vão por mim, vocês odiarão o Steven, o ego dele é tão grande que se ferido pode massacrar uma pessoa sem pensar duas vezes.)

   Temos também a família Camber: Joe, um mecânico que vive bêbado e maltrata a mulher Charity e o filho Brett. Por ser sempre oprimida no casamento Charity ao ganhar 5.000 doláres na loteria, decide fazer um trato com o marido para que ela e o filho fossem visitar sua irmã mais nova e seu cunhado em outra cidade. Ela queria dar a chance ao filho Brett, para que ele visse que existia outra forma de viver, não só aquele que ele presenciava diariamente. E claro temos Cujo, um enorme são-bernardo, que durante uma perseguição a um coelho, acaba sendo mordido por um morcego, e depois disso contrai raiva. Brett percebe que Cujo está doente, mas sua mãe, por medo de Joe cancelar a viagem, pede que o filho não conte nada ao pai. (O legal do Stephen King nesse livro é que ele nos descreve como esse cachorro se sente, o que ele quer fazer e coisas do tipo. Acompanhamos a incubação da doença nele. E o que ele encara como ameaça quando acha que aquelas pessoas que ele vê são as causadoras de sua doença. Do seu sofrimento.

   Poderia contar mais pra vocês? Poderia, mas como esse livro tem um ritmo lento, o legal é ir acompanhando o desenrolar dos eventos aos poucos. E o mais legal, existe uma adaptação cinematográfica para esse livro. Só que tudo é muito mais angustiante e claustrofóbico. Eu já assisti várias vezes, gosto muito desse filme e recomendo pra vocês. A atuação da mulher que faz a Donna e o garotinho que faz o Tad é incrível. Eu nunca vi uma criança pequena atuar tão bem, eu olhava pra ele e sabia que ele estava em pânico, era visível. 



   Então espero que vocês tenham uma ótima leitura e um bom filme.  ^~ Dê uma chance ao livro, pode ser que você seja como eu e goste realmente dele. Não espere sentir medo, não sentirá. O livro tem uma entrevista com o Stephen King no final.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Sangue e Ouro

Foto do Livro.


Crônicas Vampirescas Livro: 10.
Autora: Anne Rice.
Editora: Rocco.
Ano: 2002.

" Dando sequência às célebres Crônicas Vampirescas, Anne Rice conta a história de Marius e Thorne, dois poderosos Filhos das Trevas. Marius deseja vingança contra um antigo inimigo, enquanto Thorne anseia pelo reencontro com sua adorada criadora. 
   Revelando o sombrio mundo destes seres imortais, Sangue e Ouro aborda de maneira única os sofrimentos inerentes à vida eterna."
   Resumo no Livro.

O que achei do Livro:

   Não precisam me avisar que demorei pra continuar a leitura da saga dos Vampiros da Anne Rice, eu sempre dou uma pausa em sagas para não ficar cansada da leitura e acabar desistindo. Confesso. 
   O que eu mais gosto nos livros sobre vampiros da Rice é que a meta da vida eterna deles não é procurar o verdadeiro e único amor e depois se aquietar, mas viver plenamente, com companheiros por perto ou não. O limite entre ódio e amor entre esses vampiros é bem tênue. Eu gostei muito desse volume 10, que traz a história do Marius por ele mesmo, sem que algum outro vampiro esteja contando, e um breve resumo da vida de Thorne. Quando eu peguei esse livro pra ler, achei que seria capítulos intercalados entre a história de Thorne e sua criadora, e a história do Marius. Mas não é, começamos com Thorne despertando para mais uma fase de sua vida imortal no gelo. Ele sonhava com outros vampiros, por isso sabia de tudo o que acontecera enquanto ele dormia, mas agora no seu despertar ele quer procurar por sua criadora, que no caso é a Maharet, num misto de amor e ódio. 

   Ao sair para andar e caçar nas terras próximas a sua prisão de gelo, Thorne ouviu um chamado de Marius, ele o ajudaria nessa nova era. Ou seja, a partir do momento que ele e Marius chegam até a casa deste último, o Filho dos Milênios vai desabafar com nosso vampiro nórdico, Thorne. Para fazer com que ele desista de querer matar Maharet, já que agora ela é muito mais poderosa. Nesta mansão também encontramos o vampiro Daniel, que sejamos justos, eu já estava me perguntando aonde ele estava esse tempo todo, e sobre a fascinação que esse vampiro tem por maquetes de casas, montanhas e coisas do tipo. 

   Quando Marius conta a sua história, por mais que boa parte dela já saibamos pelos outros vampiros, é diferente. A visão que eu tinha do Marius como um ser insensível morreu nesse livro. Ele contando sobre o que sentiu, como sofreu, como buscou os companheiros que perdeu conforme avançava pelo tempo e como foi usado pela Rainha dos Vampiros, Akasha, é incrível. Conseguimos entender o porquê de determinadas escolhas que ele fez e isso é muito legal. Sem contar no desfecho dessa história, preparem-se. 

   Eu preciso comprar os outros livros que ainda me faltam dessa coleção, mas assim que ler continuo contando o que achei pra vocês. Boa-leitura. ^~

A Mulher Calada

Fotos do Livro.


Sylvia Plath, Ted Hughes e os limites da biografia.

Autora: Janet Malcolm.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2012.

" Considerada uma das poetas mais originais do século XX, Sylvia Plath se suicidou numa madrugada de inverno, em 1963, poucos meses depois de se separar do marido, o também poeta Ted Hughes. Esse gesto último selou definitivamente, em torno de sua vida e sua obra, um campo de forças tão poderoso que por muito tempo opôs não só os vivos aos mortos, como todos aqueles que sobreviveram à tragédia.
   Neste livro, Janet Malcolm - um dos maiores nomes do jornalismo americano, autora de O jornalista e o assassino - se debruçou sobre todas as biografias já escritas sobre Sylvia Plath e sobre as entrevistas com os Hughes, além de adentrar um intricado mundo de cartas, arquivos e delicadas situações familiares. Assim pôde demonstrar, a cada linha, como é tênue o limite que demarca fato e ficção, trafegando o tempo inteiro entre as várias versões do mito. Dotada de elegância e senso narrativo excepcionais, Malcolm mescla psicanálise, poesia, biografia e reportagem, num ensaio de amplitude e profundidade surpreendentes, capaz de envolver o leitor com o magnetismo de uma trama policial."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Quem me conhece sabe que eu odeio ler biografias, não por desconfiança. mas eu nunca fui chegada muito em ler esse tipo de coisa. A última que eu havia lido foi a do Stephen King, publicado aqui no Brasil pela Darside Books, que eu achei legal, mas não amei. E então eu me deparei com "A Redoma de Vidro", não amei, mas achei bem impactante, e ao saber um pouco sobre a vida da escritora Sylvia Plath, fiquei com uma curiosidade me corroendo. Quem seria a autora por trás daquele livro? Foi assim que encontrei o livro "A Mulher Calada".

   Nesse livro além de lermos sobre o que a autora Janet Malcolm achou de algumas biografias detalhando a vida da escritora Sylvia Plath, temos também uma discussão enorme sobre o poder de uma biografia. Tanto para o bem como para o mal. Além daquela pergunta que não quer calar: Todas as biografias podem ser consideradas como uma verdade absoluta sobre a vida inteira de uma pessoa? O quanto uma pessoa morta pode assombrar a vida de seus familiares? -E não pergunto isso me baseando em histórias paranormais, não, nada disso.

   É um livro complexo esse, aqui você não vai seguir uma linha do tempo sobre a vida da Sylvia, Janet vai e volta sobre os temas várias vezes, ela pesquisou, leu e entrevistou várias pessoas importantes para escrever essa biografia. Além de conter algumas partes de poemas, diários e etc que a sra. Plath escreveu. 

   Recomendo a leitura para que vocês possam tirar suas próprias conclusões. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Diário de Leitura: Grandes Contos H.P. Lovecraft - Editora Martin Claret (Parte IV) + Conclusão

   
Fotos do Livro.

   E chegamos a parte final. Ufa! Vou demorar um tempão até fazer outro Diário de Leitura, simplesmente porque dá trabalho demais. E a demora? Nem vou comentar. Espero que gostem das resenhas e que comprem esse livro porque vale muito a pena. Aqui no Brasil é o livro mais completo sobre a obra do Lovecraft. As páginas são meio amarelo esverdeadas, a fonte é boa, há alguns erros de digitação, mas nada que vá prejudicar a leitura, é em capa dura, com fitinha de cetim pra marcar páginas. E é um livro pra ler em casa, porque ele é pesado e acredito que ninguém vai aguentar levá-lo pra cima e pra baixo. Mas vamos lá?

   Tradução e notas:
   Alda Porto.
   Vilma Maria da Silva.
   Lenita Rimoli Esteves.
   Paulo Cezar Castanheira.



   Da página 879 à 1.174.

   "A Sombra Sobre Innsmouth", esse é o conto com o final mais surpreendente do livro inteiro. O autor ali jogando na minha cara todas as pistas e onde eu estava? Não sei. Quando li o final, fiquei meia hora olhando pro nada e balançando negativamente a cabeça. Que conto! Aqui neste conto temos uma população de um determinado local que é evitada e mal vista por todas as outras cidades vizinhas. Algo naquele povo causa asco, eles têm uma aparência horrível e ninguém sabe explicar o porquê daquela região dar tantos peixes, enquanto nas redondezas as pescas eram poucas. E as pessoas continuariam sem saber de nada, se um determinado e curioso estrangeiro não fosse passear e descobrir os mistérios sombrios de Innsmouth. 

   "Através dos Portais da Chave de Prata", falei em Chave de Prata, de quem vocês tem que automaticamente se lembrar? Sim, Randolph Carter. Confesso, que de todos os contos em que ele apareceu, eu gostei mais desse. É bizarro e medonho, gostei muito. Aqui familiares e amigos estão decidindo se vão ou não, depois de quatro anos, finalmente fazer a partilha de bens que eram de Carter. Principalmente porque ele sumiu do nada há quatro anos e era dado como morto. E gente, o que acontece nessa reunião é incrível. Leiam. 



   "O Perverso Clérigo", apesar de uma coisa bem estranha que ocorre com o personagem principal nesse conto, eu não gostei muito não. 

   "O Livro", também não curti muito esse não, gostei mais do citado acima do que esse. 

   "A Sombra Vinda do Tempo", quando um ser estranho adentra sua mente e o "expulsa" por um determinado tempo de seu próprio corpo por motivos que ninguém sabe dizer bem porquê, é bem normal que quando você volte a ser você, fique obcecado com os anos perdidos e sonhos de outro mundo que assombram sua mente.  É bem legal esse conto, recomendo.

   "O Assombrador das Trevas", essa é a história de como Robert Blake morreu de forma estranha após ter ficado obcecado com uma antiga igreja numa cidadezinha. Quando ele adentrou aquele local maligno e despertou algo que não devia.

   "O Navio Misterioso", é um conto bem gostoso de se ler, e traz um jeito de contar diferente. Mas o mistério maior é um mistério, porque o autor não nos contou o porque aconteceu tudo aquilo. 

   Apêndice: "O Horror Sobrenatural em Literatura", H.P. Lovecraft aqui vai nos relatar o que ele sabe sobre esse tipo de literatura, vai nos contar sobre os contos, romances e relatos que leu e que indica, sem deixar de criticar o que ele acha que deve: pontos negativos e positivos. Bem legal e curioso. Tem uma parte só sobre o Poe. 




   CONCLUSÃO:

   O que posso dizer dessa leitura? Que eu gostei e muito. Eu já tinha lido vários desses contos e reler foi uma coisa muito boa. Fazia tempo que eu não lia contos de horror, cheio de suspense e coisas assim. 
   A capa desse livro é sensacional, quanto mais você olha para aquela parede atrás da poltrona, e que você não dava nada, mais detalhes e coisas monstruosas você percebe. Reparem. 
   Eu ainda acho que os contos com o personagem Randolph Carter deviam estar um seguido do outro. E eu ainda queria ilustrações sobre as criaturas no conto sobre Kadath. 
   É um livro que você pode ler aos poucos, sem pressa. Pode fazer uma meta de ler um conto por dia, a maioria dos contos são curtinhos, mas existem as novelas também, então leva um tempo. Ou pode ser tão louco quanto eu e ler o livro todo de uma vez. H.P. Lovecraft é um autor incrível e merece ser lido. 
   Aos poucos conhecemos as lendas, os mitos, o mundo onírico, os personagens e as criaturas. Além de existir os Seres Ancestrais. É uma mitologia muito rica.
   Enfim, leiam, só isso que posso dizer.

   Parte Final.

Diário de Leitura: Grandes Contos H.P. Lovecraft - Editora Martin Claret (Parte III)

   
Fotos do Livro.

   É, Ano Novo chegou e hoje eu posso dizer que ontem a noite terminei de ler o maior livro que já li na vida. Quase 1.200 páginas. Estou meio cansada e sim senti falta de alguns contos que eu amo escritos pelo H.P. Lovecraft, mas que não estavam nesta edição. Mas acho que a editora Martin Claret vai lançar o resto esse ano... Espero! Mas, deixa eu contar logo pra vocês o que eu achei dos últimos contos lidos. 

   Tradução e notas:
   Alda Porto.
   Vilma Maria da Silva.
   Lenita Rimoli Esteves.
   Paulo Cezar Castanheira.




Da página 599 à 877.

   "A Cor que veio do Espaço", é um conto que eu gostei muito de ter lido, cheio de um mistério muito maior vindo do espaço. Quando ninguém consegue viver em um determinado local e as pessoas que por lá pernoitam têm sonhos muito estranhos, é motivo mais do que suficiente para se ficar longe. Nosso narrador está fazendo um levantamento topográfico para a criação de um novo reservatório no lugar, e todo esse mistério o está deixando muito curioso. Por que temiam tanto aquela charneca? E ninguém vivia perto dali? Foi ao conversar com o "velho louco", Ammi Pierce, que todos da cidade evitavam, que ele soube de um certo caso envolvendo um meteorito que caiu numa bela casa e arruinou tudo. 

   "O Descendente", confesso que não gostei desse. Nada me fascinou, e eu acho que é por ser um conto bem curtinho, não tive tempo de me preocupar ou sentir empatia pelos personagens. 

   "A História do Necronomicon", esse apesar de curtinho, é sensacional. Nos conta um pouco sobre a origem desse livro maldito escrito pelo árabe louco Abdul Alhazred, sobre as reedições desse livro posteriormente e sobre quantos ainda estão nesse mundo. Bem poucos, mas o suficiente pra dar uma bela dor de cabeça. 



   "O Povo Muito Antigo", esse eu não gostei, confesso. Tem algumas coisas boas, mas no geral não curti não. O que não significa que você não vai gostar. O gosto é diferente pra cada pessoa.

   "O Horror em Dunwich", esse é maravilhoso. No livro inteiro, esse foi o único conto que eu senti uma certa apreensão ao ler. Tem toda uma aura sinistra e medonha. É um conto com um maior número de páginas, então leia com calma. Mais uma vez temos aqui uma "cidadezinha" sombria, meio despovoada, com sons e ruídos estranhos e com uma história sensacional. Uma mãe albina, de uma família estranha e evitada pela população local, uma gravidez que quase ninguém sabia e uma criança que crescia de forma rápida e parecia saber de rituais mais antigos do que ela. (Leiam, sério. É incrível. E tem o Necronomicon aqui sim.)

   "Sussurros na Escuridão", se eu lhes contasse que tudo começou com uma enchente, vocês acreditariam? É, é assim que o nosso conto começa. Criaturas estranhas e corpos avistados boiando nos rios. Nosso narrador começa a se envolver nessa história ao receber cartas de um certo Henry Akeley, um senhor que vivia perto das florestas e rios onde ocorreram as enchentes e que disse ter provas de que aquelas criaturas existiam de fato. O mais legal sobre esse conto é todo o "mito" que Lovecraft cria entorno do Planeta ou Ex-Planeta agora conhecido como Plutão. (Confesso que acreditei e temi esse lugar alienígena.)



   "Nas Montanhas da Loucura", antes de mais nada deixa eu confessar que tenho medo de lugares com muito gelo e nevascas. Acho que foi depois de eu assistir filmes apocalípticos. E esse conto se trata de uma expedição à Antártica. Um lugar que muitas coisas grotescas vão acontecer e cheio de seres ancestrais. Toda uma história sobre uma raça antiga vindo de "Outro Lugar" é sensacional. Nunca espere que Lovecraft vá lhe dar tudo sobre todas as criaturas que ele criou de bandeja, você vai descobrindo aos poucos e conforme irá lendo os contos. É sensacional. Recomendo. 

   Final da Parte III.