domingo, 30 de abril de 2017

Irmão Lobo

Fotos do Livro.


Crônicas das Trevas Antigas.

Autora: Michelle Paver.
Tradução: Domingos Demasi.
Editora: Rocco.
Ano: 2007.

" O ferimento no braço arde e, a cada movimento para respirar, as costelas machucadas doem loucamente, mas ele não se atreve a parar.
   A floresta está cheia de olhos.
   Os pés de bétula sussurram à sua passagem. 
   Ele lhes implora que não contem ao urso. Torak está sozinho... ferido, amedrontado e fugindo. Um proscrito como o pai, vem evitando qualquer contato com os clãs. Até este momento. Agora o pai está morto, massacrado por um demônio em forma de urso. De algum modo, ele precisa continuar em frente.
   Seu único aliado é um filhote órfão de lobo.
   Sua única chance de sobrevivência é a habilidade como caçador. Mas a fome não é a única coisa a se temer na floresta.
   Através dos sussurrantes abetos-do-norte surge um mal mais terrível do que qualquer clã é capaz de imaginar, quanto mais derrotar. A Lua de Salgueiro Vermelho aproxima-se rapidamente.
   Em breve Torak - e apenas ele - precisará enfrentar um inimigo do qual não pode escapar nem superar, um inimigo que o espreita tão silenciosamente quanto o simples ato de respirar."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Bom, primeiro que essa saga do Torak é feita para jovens leitores, então se seu filho quiser ler, ele vai entender boa parte sem problema algum. É uma trama muito bem construída, no começo pode parecer complicado por causa da limitação do conhecimento de Torak sobre ele próprio e sobre suas origens. Torak e seu pai viviam só, não sabemos se eles foram expulsos do seu clã de origem: os Lobos, ou se ele decidiu seguir com o garotinho pelas florestas. O que sabemos realmente é que um enorme urso-demônio feriu mortalmente o pai dele e agora com a sua morte, o jovem rapaz deverá achar um lugar chamado Montanha do Espírito do Mundo e nesse lugar ele encontrará algo ou alguém para ajudá-lo a matar esse "urso". Se ele não conseguir matar esse ser maligno, o mundo e todas as coisas vivas morreram. 

   Quando Torak, machucado e com fome, busca um abrigo para pernoitar, ele encontrar um jovem lobinho que havia acabado de perder toda a sua família. Por algum motivo esse lobo acha que Torak é um semelhante, só que sem rabo e sem andar direito. E como sabemos o que o lobo pensa dessa criança? Simplesmente porque Lobo é uma das vozes durante a trama. E ele é o único capaz de mostrar o caminho verdadeiro para o menino. 

   O que poderia ser simples, tendo somente os dois como companhia, torna-se complicado quando ambos são capturados por um dos clãs da floresta. Agora para viver e honrar as almas de seu pai, Torak e Lobo vão precisar convencer essas pessoas que eles têm uma grande missão para cumprir. 


   O que eu mais gostei nesse livrinho é sobre o ritual da morte das pessoas desses clãs. Eu sei, muito mórbida essa informação, mas no livro todo mundo acredita que cada pessoa possui várias almas e que elas precisam passar por um ritual antes da morte, para que as almas não se percam e acabem vagando pela terra eternamente. E eles não podem citar o nome da pessoa que morreu durante cinco anos. Sem contar que eles não comem animais que são verdadeiros caçadores, achei isso fascinante. 

   Recomendo o livro para todo mundo. 

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