segunda-feira, 24 de abril de 2017

Rebecca: A Mulher Inesquecível (Livro + Filme)

Fotos do Livro.


Autora: Daphne du Maurier.
Tradução: Mariluce Pessoa.
Editora: Amarilys.
Ano: 2012.

" A heroína de Rebecca - A mulher inesquecível é uma jovem insegura de si. Ao pedi-la em casamento, Max de Winter, um belo e misterioso viúvo rico, altera para sempre o seu destino.
   O que seria o final feliz é apenas o início de uma trama de enganos assombrada pela memória de Rebecca, a falecida esposa de Max, e pela senhora Danvers, a soturna governanta devotada à antiga patroa.
   O delicioso romance de Daphne du Maurier tornou-se um clássico da sétima arte ao ser adaptado por Alfred Hitchcock numa produção vencedora do Oscar de Melhor Filme estrelada por Joan Fontaine e Laurence Olivier."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Bom, eu quis ler esse livro porque em todo livro que eu lia os personagens discutiam sobre o filme ou o livro chamado Rebecca. Era Rebecca isso, Rebecca aquilo. E eu, que nunca tinha lido nada dessa autora, fiquei boiando. Por que eles amavam tanto essa obra? Por que a "casa" é tão importante nessa história para que esse personagem, desse outro livro que estou lendo, amá-la tanto? De tanto que houve referências, eu tive que comprar e ler. Afinal, que livro é esse pra ser tão falado? E que história é essa sobre plágio? 

   Pra quem não sabe, a Daphne foi acusada de plagiar um livro nacional chamado "A Sucessora" de Carolina Nabuco, já que as duas obras apresentavam muitos quesitos em comum, sendo "Rebecca" lançado bem depois. Mas essa acusação, por algum motivo, não deu em nada. Eu estou tentando conseguir um exemplar de "A Sucessora" para dar minha opinião sobre esse assunto. O que posso dizer é que muitas pessoas que leram as duas obras, concordam que elas são parecidas, mas as narrativas ocorrem de maneira diferente. Hoje falarei sobre Rebecca, e assim que eu ler o livro da Carolina, falo sobre ele aqui no blog. 

   O que mais me surpreendeu nesse livro foi a passividade e a submissão da narradora. Toda a força que Rebecca, a ex-mulher, tem durante a trama é justamente por causa desse comportamento dela. Durante a leitura sabemos que acompanhamos uma jovem mulher que trabalha para uma senhora "rica" e bem esnobe, que desfaz dela a maior parte do tempo, enquanto a ensina a se comportar na sociedade e a exercer melhor a sua função de "dama de companhia". Essa personagem não nos lhe dirá seu nome, porque em sua cabeça isso não é importante, não é relativo o bastante para sabermos. Ela relata seus dias com essa senhora que só a envergonha por querer meter o nariz na vida dos outros hospedes nesse hotel em que estão hospedadas. Em um dia acontece de aparecer alguém importante, importante demais para a senhora Van Hopper deixar em paz: um viúvo chamado Max de Winter. Essa senhora quer saber o porque dele estar ali, o que estava fazendo e com quem, e para saber disso não se importará de colocar a jovem tímida para oferecer-lhe um álibi. E é assim que a nossa tímida narradora conhece esse homem envolto em mistérios. 

   Max de Winter e ela passam tardes juntos quando a senhora Van Hopper adoece. Desde o começo desse relacionamento entre eles temos a sensação que ela gosta muito mais dele do que ele dela.  Ela o idealiza quando se apaixona, imagina inúmeras coisas românticas e doces entre eles. E quando sua patroa diz que elas devem partir para Nova York, ela fica desesperada por causa desse amor que ela sente por esse viúvo e acaba recorrendo a ele. Max  oferecê-lhe casamento e uma mansão muito conhecida. De uma garota pobre, sem família e muito reservada, ela passaria a ser a senhora de Manderley, rica e invejada por todos. Mas é claro que ele não faz essa oferta com sentimento e romanticamente, é uma proposta: ou ela vai para Nova York e trabalha para a velha ou vai com ele viver esse sonho. E adivinhem quem ela escolhe? Claro, Max; mas tenham em mente que ela decide isso não pela mansão, mas por amor. 

   O grande problema de nossa narradora começa realmente quando ela se casa com esse viúvo rico e vai viver nessa mansão dos sonhos. Primeiro porque os empregados não a encaram como Dona da Casa, já que ela se comporta como um deles, não como a Antiga e Majestosa, além de Caridosa Sra. de Winter, Rebecca. Segundo problema: a Sra. Danvers, a governanta da mansão, que vai fazer da vida da nossa mocinha um inferno. Sem contar as inúmeras vezes em que a comparam com a Bela Rebecca, a que dava verdadeiras festas e que contagiava todo mundo com o seu sorriso. Por que Max se contentaria com ela, se teve uma mulher perfeita a seu lado?

   Enquanto nossa narradora sofre inúmeras injustiças e comparações maldosas, um mistério permanece no ar. Que mistério é esse? Vocês terão que ler para saber qual é. Mas devo dizer que gostei muito desse livro, me surpreendi em algumas partes, e é claro fiquei com muita raiva pela nossa narradora estar vivenciando um relacionamento abusivo, camuflado como "amor entranhado". Diria muito mais sobre isso, mas acabaria contando o que eu não posso. Iria estragar a experiência de leitura de vocês. Recomendo o livro e talvez o filme. 

O que achei do Filme:

Foto: Cena do Filme.


Filme: Rebecca.
Direção: Alfred Hitchcock.
Ano: 1940.

 Assisti esse filme para fazer uma resenha comparada com o livro, e gente, tirando algumas cenas, esse foi o primeiro filme do Hitchcock que eu assisti e não gostei nem um pouco. Livro mil vezes melhor. Talvez seja o fato que eu não gostei muito da atuação de um dos atores principais, me irritava muito. Mas tirem suas próprias conclusões ao assistirem. 

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