terça-feira, 18 de outubro de 2016

Linha M

Foto do Livro.


Autora: Patti Smith.
Editora: Companhia das Letras.
Ano: 2016.

" Depois do cultuado Só garotos, a lendária cantora e escritora Patti Smith volta à sua odisseia pessoal neste Linha M, que ela chama de 'um mapa para minha vida'. O livro começa no Greenwich Village, o bairro que tanto marcou sua história. Todos os dias a artista vai ao mesmo café e, munida de seu caderno de anotações, registra suas impressões sobre o passado e o presente, a arte e a vida, o amor e a perda. É desse café que ela nos conduz ao México, onde visita a Casa Azul de Frida Kahlo em Coyoacán; a uma conferência dos membros do Instituto Alfred Wegener, na Alemanha; e ao bangalô em Rockway Beach que ela compra pouco tempo antes de o furacão Sandy atingir o país.
   Patti Smith, uma leitora voraz, nos conduz também pelo labirinto de suas paixões literárias. Conhecemos, de um ponto de vista privilegiado, sua opinião sobre escritores como Murakami, Jean Genet, Sylvia Plath e Rimbaud. As ideias de Smith abrem uma janela para sua arte e seu processo de criação, que são revelados com candura e sinceridade tocantes. Em meio a essas leituras, ela costura também as próprias memórias, desde a vida em Michigan até a dor irremediável pela perda do marido, Fred Sonic Smith, num depoimento ao mesmo tempo emocionante e honesto sobre o amor."
   Resumo no Livro.

O que achei do Livro:

   O que eu achei? Eu já gostava dessa pessoa, agora que acabei de ler já posso dizer que me identifico e gosto muito mais. O que se espera de um livro sobre o nada? E antes que você pense que eu enlouqueci, deixe-me perguntar uma coisa: será possível reunir um conjunto de ideias sobre o nada? Seria um bom tema? Patti achava que sim, durante um sonho ela encontra um vaqueiro e no sonho ele dizia que não era fácil escrever sobre o nada. Um ser arrogante e que  a deixa de lado. Ao acordar Patti decide escrever sobre isso. E é ao começar que ela percebe o quão certo aquele vaqueiro estava. 

   Pense em uma mulher fodona, essa é a Patti. Uma pessoa que adora cafés e já pensou em ter uma cafeteria só para ela. Que escreve suas ideias, seus pensamentos, resumos, listas e tudo o que vai em sua cabeça em guardanapos de papel. Que ama ler e tem um carinho especial por vários escritores. Que viaja pelo mundo e tem histórias peculiares para contar. Que sabe escrever sobre solidão, sobre dor, sobre coisas perdidas, sobre respeito aos mortos e sobre saudade. 

   Uma das coisas mais tocantes no livro é quando Patti escreve sobre o marido Fred, sobre a saudade que sente dele, sobre momentos que passaram juntos. Sobre os filhos dos dois. E tudo isso compõe um livro recheado de fotos e com uma escrita linda demais. Vale muito a pena a leitura. 

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