quarta-feira, 22 de março de 2017

A Hora das Bruxas vol. I (As Bruxas Mayfair) + Projeto Literário: Lendo Anne Rice

Fotos do Livro.


Autora: Anne Rice.
Tradução: Waldéa Barcellos.
Editora: Rocco.
Ano:1994.

" A Talamasca, um grupo com poderes extrassensoriais voltados para o bem, durante séculos pesquisou a vida da família Mayfair, uma dinastia de bruxas que começou no século XVII, na Escócia, transplantou-se para o Haiti e de lá para a fantasmagórica Nova Orleans. É através dos seus volumosos arquivos que vamos descobrir essa saga de seres decadentes e mórbidos, convivendo pacificamente com o incesto e as tempestades e um espírito, meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher. 
  Anne Rice mais uma vez prova por que é a mestra do gótico contemporâneo, dominando, ao mesmo tempo, as rédeas do drama, da inspirada sexualidade e do fantástico."
   Resumo no Livro.



O que achei do Livro:

   Essa é a melhor história sobre bruxas que eu já li, principalmente por se tratar de uma família imensa, com um enorme poder aquisitivo e inúmeros segredos e mistérios os envolvendo. Essa foi a terceira vez que eu li a primeira parte e hoje estarei falando um pouco sobre essa história para vocês. Não pense em mulheres asquerosas e cheia de rituais estranhos, as bruxas Mayfair são mortalmente belas e de pulso forte. Vocês não iam querer se aproximar dessa família por livre e espontânea vontade. A não ser que queira conhecer o poder imenso de um espírito conhecido como "o homem", ou na família como Lasher. 

   Começamos essa história conhecendo como A Talamasca consegue os relatos para inserir no arquivo das Bruxas Mayfair. Um médico está apavorado porque acha que viu coisas demais dentro daquela imensa casa em ruínas na First Street, quando foi examinar a inválida Deirdre Mayfair. Uma mulher que há anos fica sentada na varanda daquela imensa casa, morando com aquelas tias estranhas e muito velhas, sem falar, sem andar, com os olhos fixos em algum ponto do jardim. Ela teria ficado assim quando teve que dar sua única filha para ser criada por um prima distante? Ou enlouqueceu como as velhas diziam? E quem era aquele homem lindo, vestido sempre elegantemente, sempre a confortá-la, com uma expressão triste? E por que esse homem não parece ser natural? Ele não queria ser indiscreto, mas precisava contar tudo o que viu para aquele senhor idoso britânico, Aaron, afinal ele coletava relatos de assombrações. Essa é a principal função da Talamasca, coletar dados, observar o objeto de estudo, mas nunca se envolver com eles de maneira direta. 

   Logo depois conhecemos Michael Curry, que está isolado em casa desde que se afogara. Michael foi resgatado por alguém numa lancha, mas esse alguém está sendo impossível de localizar. Seus médicos querem fazer mais exames e não concordam em lhe dar o endereço e o nome da pessoa que o salvara. É claro que ele estava bastante bêbado e há dias não comia direito, mas ele não conseguia se lembrar do que viu do outro lado, da missão que ele aceitara antes de voltar para o próprio corpo, e isso o estava matando lentamente. E como se tudo isso não bastasse, Michael voltou com um estranho poder: ao tocar em qualquer coisa (objeto, pessoa, etc) automaticamente ele via imagens vinculadas a isso. A mídia estava a sua procura, afinal alguém que não era uma fraude era uma imensa novidade. Agora suas mãos estavam vestidas em grossas luvas de couro, porque senão as imagens o deixaria louco de verdade. E tudo o que ele queria era engatinhar, com as mãos nuas, pelo convés da lancha que o havia salvado, porque quem sabe assim ele não conseguisse relembrar as pessoas maravilhosamente boas que estiveram com ele quando estava tecnicamente morto. Ele só não entendia o porque estava com tanta ânsia para voltar para Nova Orleans, era lá que ele tinha que estar. Na sua terra Natal. Era lá sua missão. E estranhamente vinha-lhe na cabeça a imagem daquele homem vestido antiquadamente, parado junto a uma árvore, a olhá-lo com carinho. Por que estava lembrando-se disso agora? De algo relacionado a sua infância?

   E nos deparamos também com Rowan Mayfair, uma incrível neurocirurgiã, filha adotiva de Ellie Mayfair e Graham, a única família que ela conhecia e amava. Rowan consegue fazer milagres nos centros cirúrgicos, e sabe que um lado seu pode ser cruel e mortal também. Um lado fatal. Agora ela estava sozinha em uma casa imensa, com seu barco: o Sweet Christine, estacionado nas margens da casa. Seus pais estavam mortos, Ellie nunca lhe falara sobre a sua família, só a fizera prometer que nunca iria à Nova Orleans. Nunca. Ela nunca poderia querer saber quem era sua mãe, ficaria para sempre ali, naquela casa imensa e mergulhada no trabalho. Eventualmente poderia levar os seus homens para a cabine no barco, seus homens fortes e verdadeiros. O único problema era que estava obcecada pelo afogado Michael Curry, o homem que ela havia salvado. Aquele homem lindo e que estava enlouquecido por causa das mãos. Rowan sabia que nada dentro dele estava errado, aquele seu sentido especial captara isso quando ele voltou. E ela não sabia porque concordara em encontrá-lo para deixar que ele visse o barco. O tocasse. O que afinal ela queria realmente dele? 

   Caminhos estão entrelaçados e Michael ficará surpreso ao embarcar nessa missão da vida dele. Algo relacionado as bruxas Mayfair. E ele ainda precisava voltar para a sua Rowan. O que ela faria quando descobrisse o segredo imenso que era sua verdadeira família?


   Esse livro é maravilhoso, muito bem construído, com personagens fortes e cativantes. E com uma história incrível sobre bruxas, incesto, riquezas, magias, inquisição e por que não Amor? Leiam, recomendo muito mesmo.


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