domingo, 11 de dezembro de 2016

Dicas de Documentários:

Janis - Little Girl Blue.
Ano: 2015.
Direção: Amy Berg.

Foto do Documentário: Janis - Little Girl Blue.


  O que eu mais gostei nesse documentário é que traz um lado humano da Janis Joplin. Vai mostrar seus medos, acertos, sua relação familiar, o início de carreira, namorados, como ela se importava com a própria aparência na adolescência, o abuso de álcool e drogas e a morte inevitável. Vai mostrar o poder da voz dessa grande mulher e vai nos trazer dezenas de pessoas que foram seus amigos e que a amaram durante sua curta vida. Recomendo muito. 

She´s beautiful when she´s angry.
Ano: 2014.
Direção: Mary Dore.

Foto do Documentário: She´s beautiful when she´s angry.


   Esse é o tipo de documentário que deveria passar nas escolas durante o Ensino Médio, faria uma total diferença na educação não só das garotas, como dos garotos também. Ver a luta daquelas mulheres na década de 60 que queriam igualdade, que lutavam por um emprego digno e que queriam ser vistas como eram. Queriam creches, queriam conhecer seu próprio corpo, já que nenhum médico comentava isso com as próprias pacientes; queriam empregos e salários iguais aos dos homens. O irônico nisso é que é quase as mesmas coisas que estamos lutando para conseguir hoje também. Melhorou? Melhorou, mas falta muita coisa ainda. 
   Vale muito a pena ser visto.

Aileen: Life and Death of a serial killer
Direção: Nick Broomfield / Joan Churchill.
Ano: 2003.

Foto do Documentário: Aileen.


   Tudo o que vocês gostariam de saber sobre essa famosa assassina em série dos EUA. Dados, entrevistas que ela cedeu para o Nick, principalmente porque ela o considerava um amigo. A vida difícil que ela teve quando foi expulsa de casa, grávida, sem apoio familiar, dormindo na floresta na época de um inverno rigoroso. E ela conta tudo sobre os crimes e assassinatos que ela cometeu. Uma das partes mais chocantes nesse documentário e a mais triste é quando perguntam pra ela uma lembrança feliz; a gente vê que ela para pra pensar, mas não acha nada que tenha sido feliz pra ela. E a loucura que a acomete na prisão, nas últimas entrevistas isso é visível. 
   Recomendo pra quem gosta de saber e estudar esses tipos de casos. 


Amanda Knox.
Direção: Rod Blackhurst / Brian McGinn.
Ano: 2016.

Foto do Documentário: Amanda Knox.


   Quando a gente pensa que nas investigações criminais tudo é sempre certinho e controlado, nos deparamos com esse caso: Amanda Knox. Temos um caso de assassinato com uma suposta tentativa de roubo numa casa onde moravam duas garotas que estavam fazendo intercâmbio na Itália. Nos deparamos com o despreparo total da polícia em recolher provas e indícios dos crimes. Uma polícia que sofreu pressão de todos os lados e por isso optou por se focar em duas pessoas: a Amanda que dividia a casa com a moça assassinada e o namorado dela. 
   O que mais choca nessa investigação foi o homem responsável pelo caso, ele bancava o Sherlock Holmes total. O corpo da moça estava coberto, aí ele já considerou que era uma mulher a assassina. Ele tinha tantas ideias descabidas que eu fiquei chocada enquanto assistia. Além daquela imagem dele fumando um cachimbo que eu não sabia se eu chorava ou ria. 
   A Amanda foi taxada como vagabunda, que fazia orgias, que não gostava da moça morta porque ela era uma santinha. Pensa numa mulher que foi jugada de todas as formas, essa foi a Amanda. O namorado dela era um pobre coitado já que havia caído nas garras daquela ninfomaníaca. Sabe aquelas ideias que cansam só de você olhar? Ela teve toda a sua intimidade publicada em todos os jornais por qualquer lugar do mundo. O rapaz quase não era citado, e se era, ele fora enganado porque a Amanda foi seu primeiro e único amor.
   Assistam e vejam o cara que queria ser Sherlock Holmes. 


Audrie & Daisy.
Direção: Jon Shenk / Bonni Cohen.
Ano: 2016.

Foto do Documentário: Audrie & Daisy.


   Esse foi o único documentário que eu chorei e várias vezes. Tive que pausar pra tomar uma água e deixar a raiva passar de tudo o que eu estava vendo e ouvindo sobre as garotas. É um documentário que vai relatar diversos abusos, mas especificamente os abusos sofridos contra a Audrie que infelizmente não aguentou a pressão e se matou, e da Daisy, que está passando por isso e só não conseguiu se matar porque a família estava sabendo do que aconteceu e estava com a atenção toda voltada para ela. 
   É necessário que vejam esse documentário, que parem de colocar uma quantidade enorme de pressão em cima das garotas abusadas. A vítima nunca tem culpa. O fato de uma mulher beber e sair não te dá o direito a se aproveitar dela. Quando alguém vai dar queixa de um abuso, não é pra que ela seja investigada e a outra pessoa não. E no caso da Daisy, tinha atestado médico, ela estava quase entrando em coma alcoólico; mas toda a cidade ficou contra ela e a família. 
   São fatos pesados e tristes demais. 


The Hunting Ground.
Direção: Kirby Dick.
Ano: 2015.

Foto do documentário: The Hunting Ground.


   Vamos falar agora sobre os abusos sofridos dentro de grandes universidades americanas. Universidades que não apoiam as vítimas, que abafam o caso até não poder mais e que tentam convencer as vítimas a não dar queixa do agressor na delegacia. A maioria dos casos são de mulheres que sofreram abusos, e uma minoria de homens que também sofreram. E no caso dos garotos abusados, o que falavam pra eles era muito absurdo, tipo: Homens de verdade não se deixariam se abusados. 
   A única coisa boa aqui nesse documentário é que as garotas se uniram para alertar e para lutar contra essa atitudes das pessoas responsáveis pelas universidades. Abuso é um crime sério e deve ser tratado como tal. 

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