O menino que desenhava monstros

Fotos do Livro.

Autor: Keith Donohue.

Editora: Darkside Books.

Ano: 2016.

   "Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais. Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas."

   Resumo do Livro.

O que achei do Livro: 

   É um dos livros com o final mais surpreendente que eu já li. E podem apostar que eu já li muita coisa. Gostei bastante da história desse livro e assim que sair o filme, com certeza, verei. 

   Os pais de Jack ou Jip, como o chamam, é aquele típico casal com problemas, a gente senti isso desde o começo da história. A maioria das discussões são sempre sobre o filho que tem a Síndrome de Asperger e sofre de Agorafobia. A mãe quer mandar o filho para uma instituição, principalmente depois que ele lhe dá um soco quando se assustou ao acordar; e o pai dele quer o filho por perto porque ainda tem esperança da criança ser normal, como Nick, o único amigo que seu filho tem. Sem contar que o tempo todo enquanto lemos essa história, sentimos que tudo o que os pais do Jack querem é uma criança normal. Ao ponto de desejarem inúmeras vezes que Nick fosse o filho deles. É tão angustiante essa sensação que dá vontade de entrar na história e tomar conta do menininho que é sempre deixado de escanteio. E outro fato dessa história é que nunca acreditam no garotinho, ele diz que existem monstros do lado de fora querendo entrar e ninguém acredita nisso. Mesmo quando o pai e a mãe dele começam a vivenciar coisas estranhas, tanto dentro da casa como fora, eles também não acreditam que seja monstros. 

   Já a amizade dos garotos: Jack e Nick está sempre na corda bamba. Às vezes Nick age como se fosse um irmão mais velho cuidando de Jip, brincando com ele, mesmo não tendo real interesse na brincadeira em questão. E outras vezes tudo o que ele queria era nunca mais sequer entrar naquela casa, com aqueles adultos estranhos e aquele menino doente. Queria viver em outro lugar, qualquer um, bem longe de Jack. 

   Já o nosso menininho que ainda acredita em monstros e os desenha e espalha pela casa inteira, vive em um mundo a parte. Jack acredita no impossível e sabe muito bem o porque está se comportando estranho. Ele sabe que os pais querem mandá-lo embora e por isso vai fazer o impossível se tornar real. 

Recomendo muito esse livro. A história é bem louca, mas envolvente. E vocês não querem perder isso, não é?