quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Jogando pro outro lado...

Foto: Arquivada no blog. Google.


Para: "J". Retaliação.

Autora: Ana Paula Damasceno de Aguiar.

   Ele odiava estar ali sentado, preso naquele maldito lugar. Sorria, falava casualmente, sorria de novo, bocejava opa! Isso foi uma careta que escapou? Droga! Precisava se proteger dos olhares curiosos dos outros! Explicou o que tinha para explicar e sentou-se novamente esperando alguém que não o houvesse entendido. Sempre havia dúvidas! Sobre coisas tão óbvias! E o que eram aquelas meninas no fundo da sala dormindo enquanto ele explicava tão bem como era o trabalho? Era o fim! Odiava aquele lugar! Queria ir embora! Queria sair dali! Jogar aquela maldita peteca pra outro cara!
   Passou as mãos pelo rosto. Merda! Havia se esquecido de fazer a barba... pela terceira vez! E tudo porque se perderá no tempo da sua mente. Lembrava claramente agora, estava com o gilete na mão, e com espuma por boa parte do rosto, mas quando olhou-se no espelho, pensou que na verdade contraíra uma doença que seria fatal para ele, como se fosse uma das personagens de Resident Evil! E esquecera-se de se barbear de novo! Merda!
   Bufou de desgosto, quando viu uma mulher se locomover na sua direção. A dúvida surgira. Shakespeare? Ser ou não ser? O que Shakespeare diria para solucionar as dúvidas daquela dondoca? Não! Shakespeare não! Sherlock Holmes conseguiria detê-la e salvá-la de um assassino cruel! Sorriu, e percebeu que ela lhe sorria. O que diabos aquela menina estava dizendo? Droga! Sorriu amarelamente. Merda, merda, merda! Quando tudo se tornara difícil? Suspirou e passou as mãos grandes pelo cabelo. Mas, o quê? Por que não se penteou direito? Ah, tinha parado para comer um delicioso bolo de chocolate que sua amiga lhe fizera, e deixará o gel cola em algum lugar... um lugar bem longe de seus cabelos rebeldes! Inferno!

   E a garota falou, falou, falou... e ele hora ouvia, ora se tele transportava para um dos filmes dos anos oitenta. Droga! Tinha que ser feliz e fugir dali rápido! Foi quando o sinal soou, lhe dizendo que era um homem livre de novo. Sorriu dessa vez feliz por ter suportado aquele dia fatídico!

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