segunda-feira, 29 de agosto de 2016

5 Clichês Literários que eu odeio

Foto: Cena do Seriado: Penny Dreadful.
   

   Aproveitando minha onda de mau-humor da semana decidi listar uma série de enredos que eu não aguento mais ler em ficção. Aquele tipo de "clichê" que quando você bate o olho já suspira de aborrecimento e mentalmente vai narrando a cena toda sem nem precisar consultar o livro. Então, amores de minha vida, a não ser que seja absolutamente necessário ou sua forma de contar uma história seja fantástica, parem com isso. 
   Bora conferir?

5º O cara durão e arrogante que no final é um "amorzinho" e só quer ser compreendido.

   Já suspirei de aborrecimento. Gente, eu estou completamente cansada desse tema, se eu comprar um livro e perceber que é sobre isso que vai tratar o assunto principal da trama já desisto e passo pra frente. Eu não aguento mais ler sobre caras fortes e arrogantes e ultra-ricos e terrivelmente sexy que se apaixonam por uma garota pobre e sem auto-estima e que vai deixá-lo "massacrá-la", porque no fundo, bem fundo, tipo no volume três ele ressurgirá como um homem bom, livre de qualquer trauma do passado, terrivelmente apaixonado e pronto pra casar. 
   E acreditem que esses caras podem ser desde os mais "normais" até um ser sobrenatural possessivo.


4º A garota bonita que se acha feia e que apaixona-se pelo garoto mais bonito da escola. 

   Eu não sei se choro com isso ou se dou risada. Francamente. Na maioria dos casos essa garota é linda, com cabelos encaracolados e maravilhosos, mesmo ela não usando nenhum produto de marca cara, com lindos olhos claros e um corpo sedutor. Mas pra si ela é horrorosa e sem graça e acaba se apaixonando pelo garoto atlético da escola. Isso mesmo que você pensou: o mais popular. - Quer desgraça maior? - E quando ele corresponde e ela fica surpresa e insegura, a gente que tá lendo está achando super normal, afinal os dois são lindos e ficarão juntos até o final do livro. É claro que para isso precisamos de outras pessoas más, terrivelmente más, que lutarão para que esse casal fique bem longe um do outro.


3º Entidades demoníacas que querem se apossar das crianças.

    Na boa, eu amo literatura fantástica, logo já perdi as contas de quantas vezes li sobre demônios ou qualquer coisa bem ruim mesmo que deseja se apossar da alma de uma determinada criança. Tudo bem, você me dirá: "Ah, mas é porque a alma de uma criança é inocente e nunca pecou." E eu não estou tão convencida disso já que conheci crianças mais terríveis do que qualquer adulto, acredite. Mas não é sobre isso que eu quero falar no momento. Vocês vão perceber quando ler algo do tipo, que até o final do livro tudo o que o demônio quer é destruir coisas, controlar a criança, destruir uma possível família já com crises e depois matá-la. Essa entidade não tem um plano maior. E na boa, se eu fosse um demônio iria querer me apossar de uma pessoa no poder de um determinado local para poder criar o caos por toda a parte. Pra que eu ia querer uma criança? Não ia sequer me divertir! 
   Ou seja se você for um escritor e estiver lendo isso, pode por favor criar uma história onde o demônio quer uma pessoa já no poder de uma cidade para tocar o terror geral? Ficarei muito contente lendo algo do tipo.

2º  Efeito Smurfete.

   Sabe aqueles livros onde há geralmente uma mulher fodona que se dá bem, é super decidida, forte e incrível, mas que só se relaciona com homens, e não estou falando fisicamente? Geralmente ela é retratada de maneira fria e calculista e que não perderia a chance de estraçalhar colhões pelo mundo afora. É aceita pela maioria dos personagens masculinos e respeitada por isso, mas ela não se relaciona com nenhuma mulher. E se relaciona-se é para competir entre as duas para saber quem é melhor. Esse tipo de personagem não tem amigas, não tem papos descontraídos e está sempre na defensiva. 
   Parem com essa bobagem. Mulheres têm amigas e que torcem uma pelo sucesso da outra. Existe companheirismo, não só competição, competição, competição. E falamos sobre todos os assuntos, não só sobre homens. 

1º Triângulo Amoroso.

   Meu coração já doeu! Não é por nada não, mas na vida real a possibilidade de se viver um triângulo amoroso é muito pequena. Principalmente porque um relacionamento já exige uma certa atenção, agora imagine dois ao mesmo tempo. Difícil, né? Então é por isso que quando estou lá firme e forte gostando de uma história, torcendo por um casal e que quando entra outro cara na história já sei que vai dar merda. Já sei que vou odiar e arremessar o livro pela janela mais próxima. 
   Triângulo amoroso é tão enrolado, é tão desgastante e tão chato que só por Deus! Aquele lance de: Eu não sei quem eu amo. Aquele é bonzinho e me trata bem. Mas aquele outro é um bad boy filho da puta que faz meu coraçãozinho explodir no peito. Acho que amo os dois, mas preciso escolher um lado. - Sabe, tipo jogo de futebol? A diferença é que no futebol amamos um e odiamos o outro. 
   Então, me escuta, por favor, se você está escrevendo algo, por favor mesmo, não coloque um triângulo amoroso. Acredite em mim, sua personagem pode amar um cara e ser feliz e se esse relacionamento não der certo, ela pode sim partir pra outra e não ficar sofrendo amargamente por aquele amor perdido. Obrigada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário