sábado, 3 de setembro de 2016

5 Motivos para você assistir: Clube de Compras Dallas

Foto: Cena do Filme.


Ano: 2014.
Direção: Jean-Marc Vallée.

5º A atuação brilhante de Matthew McConaughey e Jared Leto.

   Não tem como não se impressionar com esses atores. Eles não só sofreram uma modificação extrema para dar vida a esses personagens, como também conseguiram passar toda uma série de mensagens durante o longa de mais de 2hrs. Sofremos, choramos, rimos junto com eles; não tem como não acabar se emocionando. 

4º  Observamos como uma sociedade preconceituosa se comporta diante de uma doença pouco conhecida na época: o HIV.

   O filme se passa no ano de 1986 no Texas. Acompanhamos a vida de Ron Woodroof, um eletricista machista, preconceituoso, um apostador em rodeios, que tem vício em drogas e daí ladeira abaixo. Ao levar um choque no serviço e ir parar no hospital, Ron descobre que é portador do vírus HIV e só tem 30 dias de vida. Ele se revolta com esse diagnóstico, principalmente porque nessa época quem tinha essa doença eram considerados gays. Ele nunca levou em consideração que poderia ser contaminado por drogas injetáveis ou sexo sem proteção. Ao contar para um colega de serviço sobre esse diagnóstico "errado" que o médico dera-lhe, Ron tem sua vida completamente mudada. As pessoas pensam que ele é gay e por isso tem a doença. Que se tiver qualquer tipo de contato com ele pode ser contaminado também. Que ele não pode nem trabalhar com eles, e muito menos viver entre eles. Ou seja: ele perde o emprego, os "amigos", a casa, tudo. Não tem estimativa de vida e não tem condições de inscrever-se num suposto tratamento para ter sua saúde de volta.

3º O não conformismo com a morte iminente.

   O médico que atendeu Ron, diz para ele resolver todas as suas pendências porque ele tinha um mês de vida e tinha que se preparar para morrer. Ou seja, ele não dera estimativa nenhuma de tratamento, nem chance do paciente digerir a notícia. Quem não se conforma com isso é o Ron, então ele passa a pesquisar sobre a doença, sobre os sintomas, sobre o contágio e o possível tratamento. Ele nunca se deu por vencido. Quando lhe disseram que existia um tratamento experimental ele contrabandeia os medicamentos. E quando percebe que não funciona e que o hospital realmente não pode ajudá-lo, ele procura um outro médico em território mexicano para um novo tipo de tratamento. Quando percebe que esse novo tratamento está funcionando, e que o antigo o estava destruindo por dentro, Ron decide contrabandear esse medicamento para o território americano e vender em comunidades gays. Ou seja, ele sempre está tentando alguma coisa, nunca passa pela cabeça dele desistir e simplesmente morrer. É lutar ou lutar.

2º O amadurecimento de um personagem preconceituoso.

   Ron era muito preconceituoso. Muito, muito mesmo. Ele é briguento, com vocabulário pra lá de escroto, homofóbico, machista, se acha o rei de qualquer situação. Ele não tem respeito por ninguém, só por si mesmo. Quando conhece Rayon, um travesti, no hospital quando foi internado, ele o trata muito mal, não o cumprimenta, não quer que o outro o toque, nem qualquer tipo de relação. Ele só muda de ideia quando Rayon pergunta se ele quer jogar cartas valendo uma grana. E mesmo assim, não é lá essas coisas. Já quando ele se torna contrabandista de medicamentos e precisa que Rayon o ajude, porque ele não consegue vender as drogas, Ron não se comporta melhor, ele aceita o outro por pura necessidade, mas não perde a oportunidade de ofendê-lo. Está ali por necessidade, não por companheirismo com pessoas com a mesma doença que ele. Essa ligação de negócios só melhora conforme eles convivem durante um certo tempo. E é aos poucos. Acredite, quando você chegar no final do filme, vai se surpreender com o amadurecimento dessa pessoa. Ele vai crescendo durante o longa, vai mudando de opinião e isso é uma das coisas mais legais que eu vi.

1º A luta por uma vida melhor.

   Acho que essa é uma das melhores mensagens do filme. A quebra de preconceitos e mais uma explosão de sensações: a dor, a rejeição, o amor, o companheirismo, os defeitos, os vícios, a morte. Sem contar que a parte mais difícil da vida não é apenas sentar, esperar e morrer. A parte mais difícil da vida é viver. É lutar por aquilo que você acredita, mesmo que não seja um caminho feliz e fácil. 



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