Clássicos Zahar.
Fotos do Livro.
Autor: Bram Stoker.
Tradução, apresentação e notas: Alexandre Barbosa de Souza.
Editora: Zahar.
Ano: 2015.
" Vampiro mais famoso da literatura, marco fundador de um gênero, inspiração para um universo, infinito de artistas das mais diversas áreas. Drácula é o maior ícone do imaginário do terror. Há mais de um século, leitores são seduzidos pelo pavoroso combate entre o Bem e o Mal travado neste clássico, obra máxima de Bram Stoker. De um lado o conde Drácula e sua legião crescente de mortos-vivos. De outro, um grupo unido e decidido a caçá-lo: Jonathan e Mina Harker, o médico holandês Van Helsing e seus amigos. Romance epistolar ágil e bem-construído, Drácula é uma dramática corrida contra o tempo - e você é a próxima vítima.
Essa edição traz o texto integral de Bram Stoker, mais de 200 notas, apresentação e cronologia de vida e obra do autor - tudo isso no padrão de qualidade dos Clássicos Zahar."
Resumo no Livro.
O que achei do Livro:
Eu me surpreendi e muito. A primeira vez que li Drácula eu estava no Ensino Fundamental e achei terrivelmente massante, longo demais e estranho. E essa primeira impressão me acompanhou durante anos, eu gostava da ideia "Drácula", mas não da obra. E depois de adulta, nunca quis reler para ver se agora eu gostava. E aí eu assisti o seriado "Penny Dreadful" e por causa da literatura de horror contida na trama, eu quis fazer um projeto para o blog, e para o projeto dar certo, Drácula precisava estar na minha lista. Pesquisei várias edições e a que mais chamou a minha atenção, e confesso que a capa me lembrou muito uma cena do filme com o Bela Lugosi, foi a da editora Zahar. Era a mais cara? Era. Mas ela tinha o que as outras não tinham: notas. As abençoadas notas de rodapé. Além do acabamento de luxo. Ou seja, ou eu gostava, ou esquecia de vez essa história. E agora, aos 25 anos de idade, posso falar que eu li aquelas inúmeras cartas que compõe a trama e amei a história. E amei ainda mais o filme baseado nessa obra dirigido por Francis Coppola. Finalmente entendi a ameaça que era Drácula.
É claro que ainda havia as inúmeras cartas, entradas de diários, recortes, memorando e coisas do tipo, mas dessa vez eu estava preparada e acredito que a tradução desse livro ajudou muito. Cada personagem tem a sua vez de falar sobre os infortúnios que os estavam acometendo desde que Jonathan Harker foi tratar de negócios com o Conde Drácula. Um mal envelhecido e obscuro estava solto Londres. E como espantar uma ameaça há tantas vidas se eles sequer sabem do que estão tentando se proteger? Jonathan estava preso em um castelo em ruínas, com três belas mulheres famintas e imortais, seu único consolo era escrever em seu diário todo o relato de sua viagem e seu encontro com o conde, para que se não pudesse se salvar, Mina, sua noiva, saberia que ele a amou até o último dia de vida.
Claro que também temos o Conde Drácula, alguém isolado, que queria mudar de território, conquistar novos lugares, um ser tão antigo que não tinha mais limites morais. Temos Mina e Lucy, duas grandes amigas, que vivem enviando cartas uma à outra. Mina esperando o retorno do adorado noivo e Lucy indecisa entre três amores. Temos o Dr. Seward, perdido de amor por Lucy, e obcecado com o seu paciente mais psicótico chamado Renfield, o comedor de moscas e aranhas. É claro que também temos Van Helsing, o comandante de todos ali contra o mau que o conde representava para a vida, não só deles, mas de todos. E mais outros personagens que aparecem em papéis secundários.
O livro é tão bem embasado, que se não contassem que é ficcional, poderíamos achar que realmente ocorreu tudo aquilo. Nada acontece de um dia para a noite, há o tempo certo para tudo. Mas é claro que também há algumas coisas que me incomodaram bastante, como: quando qualquer personagem elogia Mina, ele acrescenta que ela tem o cérebro de um homem, afinal como poderia haver uma mulher inteligente? Ou quando Mina tem as melhores ideias para capturar o Conde, e assim que eles embarcam nesse plano, logo a jogam de escanteio dizendo que os homens fortes a protegeriam. Era tudo horrível demais para uma mulher vivenciar e por isso a estavam poupando. Ou ainda o melhor, o erotismo disfarçado de doçura de Lucy, a bela mulher que está morrendo, mas continua elogiando seus salvadores. Temos mulheres fortes e marcantes nesse livro? Temos, mas a maior parte do tempo são jogadas de escanteio. Sei que é uma ideia da época em que o livro foi escrito, mas isso não justifica que irei gostar de tudo o que eu ler. O conjunto da obra é maravilhoso e eu recomendo a leitura. Mas nunca aceite tudo o que joguem na sua frente sem pensar por si próprio.
DICAS DE FILMES E SERIADOS:
Filme: Drácula de Bram Stoker.
Direção: Francis Ford Coppola.
Ano: 1992.
Foto: Cena do Filme: Drácula de Bram Stoker.
Considero esse a adaptação mais fiel a obra. É um filme maravilhoso e cheio de bons atores. Não tem como não pensar em filmes sobre o Conde Drácula e não lembrar de Gary Oldman, no papel do conde. É claro que florearam boa parte com um romance imortal, mas adoramos mesmo assim. Principalmente que a história de amor que o filme conta sobre a Mina e Drácula ficou muito crível. (Valendo lembrar aqui, que não há esse tipo de romance no livro). Recomendo muito.
Filme: Drácula: A História Nunca Contada.
Direção: Gary Shore.
Ano: 2014.
Foto: Cena do Filme: Drácula - A História Nunca Contada.
Eu gostei bastante desse filme, mas não amei não. Ele vai nos mostrar como o Príncipe Vlad se tornou o Conde Drácula. Bem legal, recomendo.
Seriado: Drácula.
Criado por: Cole Haddon, Tony Krantz.
Ano: 2013.
Foto: Cena do Seriado: Drácula.
Eu gostei muito desse seriado. Achei muito legal a ideia do Conde Drácula em Londres com o objetivo de se vingar de quem o transformou no que ele era agora. E é claro que é lá que ele reencontra o grande amor de sua vida: Mina.
PROJETO LITERÁRIO: PENNY DREADFUL:
Fotos: Seriado: Penny Dreadful.
Quem assim como eu amou o seriado, que acabou precocemente na terceira e última temporada, pode se consolar lendo os livros nos quais ele foi baseado. Dessa vez o nosso livro resenhado foi Drácula e está na hora de o relacionarmos ao seriado.
De início já sabemos que Mina Harker corre perigo por estar ao lado do "mestre". Vanessa Ives e Sir Malcolm, amiga e pai de Mina respectivamente, estão desesperado para encontrá-la e salvá-la, mesmo que morressem durante esse processo. Algo obscuro está em Londres e eles precisam descobrir o que é e onde está esse mestre. Preste atenção que desde o início não sabemos quem é esse mestre, é tudo muito subliminar. E não há uma Lucy, Lucy é a Vanessa Ives, amiga e confidente desde a infância de Mina.
Sir Malcolm e Vanessa estão ligados pela busca e não por laços, não de início. Há ressentimentos demais envolvendo as duas famílias. E claro há a Mina, que misteriosamente está enviando sinais para Vanessa, para que ela a encontre e a livre do mal. Mas é claro que o que eles encontram é criaturas, que se parecem muito, vejam só! Com o vampiro Nosferatu, aquele filme antigo alemão. O mais legal é que essas criaturas não falam e lembram muito aquele filme, é claro que com um toque mais mórbido, e também há as muitas mulheres vampiras que acompanham essas criaturas. Jonathan Harker também é citado algumas vezes, mas nunca aparece na trama.
Outra característica que lembra bastante o livro é a presença de animais noturnos, como os lobos. Podemos relacionar o personagem Ethan Chandler com o texano Quincey Morris presente no livro. Temos também o Dr. Van Helsing, apesar dele ser secundário ao Victor Frankenstein. O Conde só irá realmente aparecer na terceira temporada, existiu todo esse relacionamento com a Mina, mas não aquela ideia de "amor imortal" que aparecia em dezenas de filmes anteriores ao seriado. E claro temos quem? O comedor de insetos, Renfield. Todos juntos, numa nova versão dessa obra grandiosa.
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