Foto: Cena do Filme: "Orgulho e Preconceito".
Autora: Ana Paula
Damasceno de Aguiar
Ele sentia imensamente a
falta que ela fazia em sua vida. Sentia falta do cheiro adocicado do perfume
dela. Da cor do batom que manchava sempre o seu travesseiro. Do jeito dela de
sorrir somente com os olhos. Do jeito
como dizia o nome dele... como se fosse uma prece.
Agora, enquanto vagava
descalço pela casa, tocando as paredes com as pontas dos dedos, fechava os
olhos apertados. Obrigava o seu cérebro a mandar as imagens dela de volta pra
ele, como se ela nunca houvesse ido embora.
Ele já havia chorado tudo o
que tinha pra chorar. Estava cansado, farto de toda aquela dor. Estava farto de
acordar de manhã e não ter o par de olhos claros o encarando.
Se pudesse ao menos
implorar pelo perdão dela! Se soubesse o que ela queria que ele fizesse como
forma de reparação pelo erro que cometera!
Seus olhos lacrimejaram
novamente. Ele iria definhar! Iria amargar a dor de um amor perdido! Iria morrer
aos poucos por não tê-la! Iria morrer de saudades dela...
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