Foto: Cena do comercial do perfume da marca Chanel.
Autora: Ana Paula
Damasceno de Aguiar
Eu estava novamente
sonolenta. Meus pensamentos se perdiam entre simples piscadas de olhos. Eu estava
só. Mas ao mesmo tempo estava com alguém. Alguém que só existia na minha mente.
Alguém que me fazia dormir, quando a histeria ameaçava me engolir. E que
cuidava de mim, quando ninguém podia.
Enrosquei-me em meio as
minhas cobertas e sussurrei para o vento que chamasse aquele que nem o nome eu
sabia, mas que eu precisava sentir que ele estava ali... perto de mim. Colocando-me
pra dormir. Embalando-me.
Fechei os olhos novamente.
Franzi a testa. Onde estaria? Em qual parte da minha mente ele se metera dessa
vez? Não percebia que eu estava acabada e que precisava de consolo? Foi quando
senti um vento leve se movimentando entre as minhas cobertas. Senti a sua
respiração no meu pescoço, como se ele sorrisse da minha necessidade. Sorri
também. Não estava disposta a deixá-lo escapar pelos meus dedos outra vez. Então
me forcei a dormir para poder vê-lo em meus sonhos.
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