Foto: caveiras mexicanas Sylvia Ji
Autora:
Ana Paula Damasceno de Aguiar
Ela escutava os
pequenos sons do vento, como se ele estivesse brincando de escovar-lhe o cabelo.
Um sorriso faceiro insistia em brincar em seus lábios. Seus olhos eram de um
verde profundo, que de tão bonito parecia absorver as cores e a vida de todos
ao seu redor. Mas se perguntasse se ela
realmente via alguém... eu arriscaria um sonoro “não”, pois sua mente flutuava
pelas areias do universo; ela era feliz em qualquer lugar. E se não fosse
feliz, ela imaginava que era, e seu sorriso se ampliava.
Nos
caminhos tortuosos da mente dela, ela era dona de uma personalidade forte e marcante.
Havia nela algo que a tornava diferente de qualquer outra pessoa. Vários a
amavam, poucos a teriam. Às vezes tudo que ela podia lhes dar era um olhar
desconfiado, que parecia aos olhos alheios sensual demais. Um jeito perdido de
menina, num corpo de mulher. Ela queria amor? Paixão? Liberdade? Nem ela sabia
ao certo o que queria. Sabia que nada poderia detê-la, enquanto nos seus olhos
brilhasse a sombra de um futuro encantado. Enquanto não achasse o que procurava
há anos, mesmo sem saber ao certo o que seria.
Conheço alguém assim ;-)
ResponderExcluir"...pequenos sons do vento, como se ele estivesse brincando de escovar-lhe o cabelo."
ResponderExcluirnossa, uma das coisas mais bonitas que já li...
parabéns, minha querida...
AH, eu TAMBÉM conheço alguém assim! hehehe
¬¬ Conhecem é???
ResponderExcluir